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Sessão àe 4 de Fevereiro de 1926

e Artur Augusto Anjos Costa, pedindo para serem reconhecidos como revolucionários civis, ao abrigo da lei n.° 1:691. Para a comissão de petições,

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De Alfredo José da Fonseca, Carlos Jaime Charbel Dumiée GKrardin, Manuel Borrego e João Vieira Rosa, pedindo para serem reconhecidos revolucionários civis, ao abrigo da lei n.° 1:691.

Para a comissão de petições,

De José Rodrigues Lourenço, pedindo a rectificação do nome.

Para a comissão de petições.

Requeiro que, pelo Ministério da Agricultora, me seja fornecida uma nota dos preços dos géneros alimentícios em 31 de Janeiro de 1924 e 31 de Dezembro do mesmo ano.— Joaquim Crisóstomo.

Para a Secretaria.

Requeiro que,' pelo Ministério das Colónias, me seja fornecida uma nota dos funcionários requisitados para prestarem serviço no gabinete do actual Ministro.— Joaquim Crisóstomo,

Para a Secretaria,

Requeiro que, pelo Ministério das F,i-nanças, me seja fornecida uma nota das quantias entregues ao Sr. Alberto Xavier para a sua ida a Londres negociar a venda ou transacção sobre a prata, bem como dos documentos comprovativos (Jas despesas feitas por aquele funcionário no exercício da aludida comissão.—Joaquim Crisóstomo.

Para a Secretaria,

Requeiro que, pelo Ministério da Agricultura, me seja fornecida uma cópia do despacho ott decisão que declarou caduca a concessão feita pelo Ministro Torres Garcia à Câmara da Horta para importar 100 toneladas de farinha.— Joaquim Crisóstomo.

Para a Secretaria.

Antes da ordem do dia

O Sr. D. Tomás de Vilhena:—Sr. Presidente: começo por apresentar os meus

cumprimentos ao Sr, Ministro da Agricultura.

Já disse ontem que lamentava ver o Sr. Ezequiel de Campos nesse lugar, não por1 que não confie na sua competência, não porque não tenha admiração pelas suas qualidades de estudioso, mas porque, como já disse, geralmente os estudiosos, quando a sorte os faz mergulhar em Ministérios com a orientação que este Ministério tem, a sua acção, por melhor que seja a sua boa vontade, há-4e ser contrariada e há-de acarretar-lhe graves desilusões.

E quem lhe diz isto pão lhe quere mal.

Eu desejava que o Sr. Ministro da Agricultura nos dissesse alguma cousa, que nos desse alguma esperança sobre se seria possível modificar as horrorosas condições em que se encontra a vida portuguesa; se há alguma forma de amenizar esta tempestade de carestia que ameaça dar cabo de todos nós.

Não vejo o problema com espírito estreito, nem sectário; não sou pessoa que venha exigir do Sr. Ministro, pelas simples razão de estar nesse lugar que, pró- -duza já uma obra redentora, capaz de transformar este inferno em que vivemos num paraíso celestial.

Desejava que S. Ex.a dissesse alguma cousa em que nós pudéssemos ter a probabilidade de ver num breve período amainada um pouco esta tempestade. \

Eu bem sei que o problema é muito complexo, como todos aqueles que têm por fundamento questões de ordem moral.

É o caso do problema da carestia da vida.

Porque é incontestavelmente esta anciã transbordante de ganância, esta ambição desmedida de riqueza, esta falta de caridade que actua no espírito da gente de hoje, emancipada de crenças religiosas, que complica esta magna questão.

É incontestavelmente isto que tem agravado o problema nacional.

Não há nada mais difícil do que resolver questões quando elas são de ordem moral, e isto é mais nma questão de ordem moral do que propriamente material.