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/Sessão de 10 de Março de 192o

Dos Srs. Cunha Baptista, Dias de Andrade e Francisco Vicente Ramos, determinando que continue a ser considerado monumento nacional o histórico palácio dos condes de Almada.

Para a %.a Secção.

Dos Srs. Costa Júnior e Silva Barreto, desdobrando em du.-is a assembleà eleitoral de Alvorgti, distrito de^Leiria.

Para a 2.a Secção, "

Do Sr. Procópio de Freitas, determinando que as vagas de sargentos ajudantes do exército sejam preenchidas por primeiros sargentos.

Para a 2.a Secção.

c

O Sr. Presidente:—O Sr. juiz da 6.a vara cível de Lisboa pede que a Câmara autorize o Sr. Aprígio de Serra e Honra a comparecer naquele tribunal no dia 24, a fim de depor como testemunha.

Autorizado.

Antes da ordem do dia.

A Câmara autoriza o Sr. Júlio Ribeiro a tratar, em negócio urgente, do conflito entre a Câmara Municip«l do Porto e a Companhia 'Carris de Ferro, quando estiver o Sr. Ministro do Interior.

O Sr. Rego Chagas : — Sr. Presidente: peço a V. lix." a fineza de consultar o Senado se permite "que entre em discussão o projecto n.° 832, sem prejuízo dos oradores inscritos.

Aprovado,

O Sr.Machado Serpa: — Sr. Presidente: peço a V. Iíx.a que consulte o Senado sôore se permite que na próxima sessão entre em discussão o projecto n.° 783.

Aprovado.

O Sr. Procópio de Freitas : — Sr. Presidente: o Governo, na sua declaração ministerial, prometia tratar do problema dg. carestia da vida, e, se bem me recordo, fazia até uma-s considerações sobre este assunto, dizendo que os negociantes, a pretexto dó agravamento cambial, aumentaram os preços dos géneros, mas, quando

o câmbio melhorou,'ò preço desses géneros não deminuíu.

" Quando se apresentou nesta Câmara ó' Governo, preguntei aovSr. Presidente da' Ministério, ou por outra, pedi ao Sr. Presidente do Ministério o favor de me dizer concretamente quais as. medidas que o GovPrno tencionava pôr em prática para obstar à constante exploração que se está fazendo com o preço da vida. ,

Este meu pedido, Sr. Presidente, não logrou resposta.

Estou convencido que o motivo por que o Sr. Presidente do Ministério nada disse acerca dôste gravíssimo assunto é porque q Governo não tinha nenhumas ideas sobre a forma de proceder para obstar a essa exploração.

Escrever palavras bonitas na declaração, ministerial, destinadas a impressionar a .opinião pública é fácil, mas a verdade é que o povo já não se deixa iludir com, palavras, não acredita nas promessas das declarações ministeriais, e tem toda a razão para assim proceder porque está farto de ver todos os Governos, na sua declaração ministerial, prometerem toda a. sua atenção ao importante problema da carestia da vida, sem que na realidade se vejam medid.as de espécie alguma postas em execução contra esses traficantes e gananciosos que parece não estarem ainda suficientemente.satisfeitos com a exploração que têm feito ao povo consumidor.

Sr. Presidente: é absolutamente indispensável que o Governo tome enérgicas providências para obstar a este estado de cousas. •

Ainda há pouco tempo era o próprio jornal O Século,-órgão das forças vivas, que no seu artigo de funda increpava aqueles que, sem motivo iustificado, tinham elevado o preço de certos e determinados géneros. " -.

É, pois, necessário, Sr. Presidente, que o Governo alguma cousa-faça para punir esses exploradores, alguns dos quais, talvez, pretendem também ,com o seu procedimento causar embaraços à boa marcha dós negócios da República, porque há muitas maneiras de conseguir certos e determinados -fins e --quem sabe se uma dessas maneiras será produzir o descontentamento nas camadas populares.