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Sessão de 10 de Março de 1925

lutado desesperadamente e por vários meios.

Jti ela a restrição a um único anual que abranja toda a rode, visto quo a rede primitiva se restringia a certas e deter-, minadas ruas, para o qual havia um passe especial, o xlo contrato.

Repare a Câmara que estou narrando sem comentar e procurarei não omitir, ampliar ou modificar qualquer episódio.

O .passe do contrato era uma vantagem, para os anualistus,, visto ser de preço relativamente diminuto.

Para encurtar devo dizer que esse desejo ardente da Companhia, sempre frustado, apareceu uma vez, em Setembro de 1924, quási que oferecido obsequiosamente pela Câmara..

E, assim, uma comissão do senado municipal apresentou em sessão uma proposta ou projecto de alteração e aditamento à concessão feita pela Câmara à Carris.

O artigo 24.° reza assim:

«Será mantido o, bilhete anual mas com a validade para toda a rede da concessão. O preço deste bilhete, devidamente anunciado no primeiro dia do mês anterior àquele em que começa a vigorar, será pago aos semestres e determinado, para cada semestre, pela fórmula P—7õOxT, em que Toa média dos preços das passagens avulsas em vigor à data do anúncio».

Como se vê, é à-própria Câmara que não repugna acabar com o antigo passe e ampliá-lo a toda à rede; r

Em compensação, entre outras cousas, a, Câmara exigia 170 passes e mais 150 a meio preço para os seus empregados.

Eu leio. . ,

«Os concessionários ficam obrigados a fornecer gratuitamente à Câmara 170 passes pessoais, que serão substituídos se os portadores falecerem ou'forem demitidos, e a fa/er um desconto de 50 por cento em. anuais aos funcionários- municipais para quem a Câmara os requisite, até ao número de 150. Além destes passes, e dos que forem necessários para a exploração, não poderão os concessionários conceder quaisquer outros que-não sejam ao Governador Civil, Comissário de Polícia, Comandante da Divisão, Comandante

da Guarda Republicana, Inspector e Chefe do. Corpo de Salvação Pública e às Companhias», ou entidades que actualmente tenham contratos com os concessionários»;

Isto é, a Câmara concordava, em troca do bodo de passes a que ficaria com direito para' oferecer não se sabe a quem, visto que aos empregados- destinava os 150 a meio preço. . "

Uma voz:.—

O Orador: — Não sei. Talvez para os varredores e outros assalariados.

O Sr. Machado Serpa:—É fantástico!

O Orador: — Não é;-não senhor, não é fantástico: ó a verdade. Está aqui. escrito.

Continuando. Mal foi conhecido este belo projecto da Câmara, a imprensa e os anualistas protestam e com tal ruído que a Câmara teve de pôr de banda o projecto, com grande mágoa dos seus autores e principalmente da Carris.

No emtanto é submetida uma reclamação ao tribunal arbitrai, criado por uma lei do dezembrismo, salvo .erro.

A Câmara, vendo que os anualistas se agitavam e lhe juravam guerra de morte, morte política-, bem entendido, afirmando que oâ vereadores'não .seriam.reeleitos, esboçando-se já-.manobras de pescadores .de águas turvas, á'Câmara, promete colocar-se ao lado dos anualistas e sustentar o antigo passe. .

Apesar destas promessas nomeou peritos ao tribunal arbitrai e pediu que lhe fosse explicado o acórdão quando foi.proferida a sentença. • , •

E opondo-se a que a sentença fosse posta em vigor, dizendo ilegítimo o tribunal — depois de o ter reconhecido — resolve passar, ola os anuais pelo preço que entendeu, v •