O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Heasão de 17 de Março de 1925

pelo meu ilustre colega Sr. Ferraz Chaves, para que se consigne na acta .uni voto de pezar pelo desastre da praia do. Furadouro.

O Sr. Vicente Ramos:—Em nome dos Senadores independentes, associo-me aos votos de saudação e de sentimento propostos pelo Sr. Ferraz Chaves.

O Sr. D. Tomás de Vilhena: — Pedi a pala\ra para me associar ao voto de sen timento proposto pelo nosso colega Sr. Ferraz Chaves, e bem assim ao voto de louvor aos beneméritos bombeiros que envidaram todos os seus esforços para pôr termo a esse drama tam deplorável o lancinante.

O Sr. Mendes dos Reis : — Em nome da Acção Republicana, associo-me sentida-mente à proposta -para que se lance na acta um voto de sentimento por esse incêndio da praia do Furadouro.

Igualmente me associo ao voto de saudação e louvor aos bombeiros que acorreram a esse grande desastre.

Q Sr. Roberto Baptista:—Pedi a palavra para me associar, em meu nome pessoal, ao voto de sentimento proposto pelo Sr. Ferraz Chaves, e bem assim ao voto saudando as corporações de bombeiros que, no cumprimento do seu dever, procuraram, salvar os lares e haveres dos seus semelhantes.

O Sr. Presidente : — Em vista da manifestação da Câmara, considero aprovados pur unanimidade os votos propostos pelo Sr. Ferraz Chaves.

Vai ler-se a proposta de S. Ex.a abrindo um crédito especial e para a qual pediu a urgência, isto é, a dispensa do prazo do 24 horas, como manda o nosso Eegimento.

à lida e admitida.

O Sr. Oriol Pena : — Sr. Presidente: aproveito a ocasião de me ser dada cã palavra nesta altura para me associar, com muito entusiasmo, ao voto de elogio proposto por um dos nossos colegas aos beneméritos bombeiros voluntários de Ovar.

j Não podem ser indiferentes a ninguém desastres da natureza deste que atirou para á miséria e.deixou sem abrigo dezenas de famílias l

E sempre de louvar, graças a Deus, o. bom povo, o povo português, na verdadeira acepção da palavra povo, tal como a considero, e sabe mostrar sempre o seu valor e a abnegação da que é"capaz perante um grande desastre ou uma grande calamidade.

•Não é novo para nós, há rnuito habituados a não nos admirarmos de ser assim o nosso povo, mas é boa a opor» tunidade, para prestarmos a nossa homenagem a todos aqueles que no cumprimento do seu dever arriscam á própria vida.

Há um projjecío para acudir'à miséria desses desgraçados pescadores, mas esse projecto terá'de seguir os trâmites usuais e não se ultimará com a rapidez precisa para acudir de pronto a esta gente, sem pão o som abrigo.

Melhor seria, mais autoridade teria o Senado, se quisesse entrar nesse, caminho, na medida das possibilidades de cada um — sem as discutir nem as pretender apreciar — se cada uni dos seus membros tirasse da sua algibeira, como início de socorro, uma quantia, seja ela qual íôr, para acudir de pronto às primeiras necessidades.

Seria bom, decente, nobre e justo, ainda que votemos o indispensável auxílio do Estado, começarmos por fazer esse sacrifício. Assim o entendo e ponho á disposição de qualquer comissão que se organize para acudir a esses desgraçados o vencimento de um mês que eu aqui recebo como' Senador. Terá assim aplicação útil parte do que recebe um Senador que nada faz.

Está à disposição de V. Ex.a para iniciar essa subscrição que tomei a liberdade de lembrar aos meus colegas, por a proposta, ter de seguir os trâmites legais, poder demorar-se, e assim esses desgraçados terem tempo de morrer de fome , antes de lhes chegar uma mínima parcela . desse auxílio.