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182 DIÁRIO DAS SESSÕES - N.º 52

Conhece-se também, quanto a Lisboa, a discriminação do referido tráfego, que em 1938 foi a seguinte:
Automóveis, 58:310; motociclos, 2:336; camiões, 24:336; carroças, 10:098; o que totaliza 95:080 veículos, competindo a Vila Franca a diferença para a totalidade acima enunciada.
A estes números, já de si impressionantes, há que juntar o do movimento de passageiros, enorme em qualquer dos locais citados, e ainda o dos gados, quer destinados a Lisboa, quer resultando da movimentação das lavouras existentes na região, o que em Vila Franca atinge números avultadíssimos, visto ser êsse o local de passagem quási forçada de grande parte do gado que abastece Lisboa, que à sua parte consumia em 1939 311:044 ovinos e caprinos e 53:136 bovinos.
Estando quási concluída a estrada Pôrto Alto-Pegões, que coloca Vendas Novas a 79 quilómetros de Lisboa, encurtando respectivamente de 14 quilómetros o percurso, por comparação com a variante Vendas Novas-Montijo-Barreiro, e cêrca de outro tanto em relação à variante Vendas Novas-Setúbal-Cacilhas, de prever é que o tráfego se intensifique de uma forma geral e venha no futuro a deslocar-se parcialmente para Vila Franca, o que vem conferir novo interêsse à ponte sobre o Tejo na referida localidade.
Acrescentem-se a estas razões o que possa constituir contraindicações de ordem militar e a diferença no tamanho, tipo e custo da ponte a construir em Lisboa, por comparação com a necessária em Vila Franca de Xira, e eis as razões por que, reconhecendo a imensa influência que ambas teriam sôbre o desenvolvimento do País, me refiro especialmente à passagem do Tejo em Vila Franca, para ela solicitando:
1.º A conclusão dos estudos e a concessão a curto prazo das verbas indispensáveis à construção da referida ponte, para a qual, mercê da patriótica actividade do Ministério das Obras Públicas, se acha já concedida uma verba para as fundações;
2.º O conserto e ligeira ampliação dos cais de Vila Franca e do Cabo, como solução transitória, e a remodelação das actuais tabelas de passagem no que respeita aos gados, especialmente a espécie suína, que se acha injustifiecadamente onerada;
3.º O estudo de disposições que acautelem o futuro de quantos se ocupam nas respectivas carreiras fluviais e possam vir a ser prejudicados com a construção da solicitada ponte.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Sr. Presidente: - Vou designar os Srs. Deputados que hão-de fazer parte da sessão de estudo da proposta de lei relativa às casas de renda económica. São os seguintes: Álvaro Salvação Barreto, António Carlos Borges, Ângelo César Machado, Artur de Oliveira Ramos, João Luiz Augusto das Neves, João de Espregueira da Rocha Páris, João Xavier Camarate de Campos, José Teodoro dos Santos Formosinho Sanches e Pedro Inácio Álvares Ribeiro.
Vai passar-se à

Ordem do dia

O Sr. Presidente: - A Assemblea passa a funcionar em sessão de estudo da proposta de lei sôbre a Convenção Ortográfica Luso-Brasileira.
A ordem do dia da sessão de amanhã é a discussão, em sessão plenária, dessa proposta de lei.
Está encerrada a sessão.
Eram 16 horas e 45 minutos.

Srs. Deputados que entraram durante a sessão:

Alberto Cruz.
José Pereira dos Santos Cabral.
Ulisses Cruz de Aguiar Cortês.

Srs. Deputados que faltaram à sessão:

Acácio Mendes de Magalhãis Ramalho.
Albano Camilo de Almeida Pereira Dias de Magalhãis.
António Hintze Ribeiro.
Artur Proença Duarte.
Artur Rodrigues Marques de Carvalho.
Jacinto Bicudo de Medeiros.
João Duarte Marques.
Joaquim Mendes Arnaut Pombeiro.
Jorge Viterbo Ferreira.
José Gualberto de Sá Carneiro.
José Maria Braga da Cruz.
José Nosolini Pinto Osório da Silva Leão.
José Ranito Baltasar.
José Soares da Fonseca.
Luiz José de Pina Ouimarãis.
Luiz Lopes Vieira de Castro.
Manuel Maria Múrias Júnior.

O REDACTOR - Leopoldo Nunes.

IMPRENSA NACIONAL DE LISBOA