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906 DIÁRIO DAS SESSÕES - N.º 106

Joaquim doa Santos Quelhas Lima.
José Dias de Araújo Correia.
José Esquivei.
José Maria Braga da Cruz.
José Maria de Sacadura Botte.
José Martins de Mira Galvão.
José Nunes de Figueiredo.
José Penalva Franco Frazão.
José Pereira dos Santos Cabral.
José de Sampaio e Castro Pereira da Cunha da Silveira.
José Soares da Fonseca.
José Teodoro dos Santos Formosinho Sanches.
Luís António de Carvalho Viegas.
Luís da Câmara Pinto Coelho.
Luís Cincinato Cabral da Costa.
Luís da Cunha Gonçalves.
Luís Maria Lopes da Fonseca.
Luís Maria da Silva Lima Faleiro.
Luís Pastor de Macedo.
Luís Teotónio Pereira.
Manuel de Abranches Martins.
Manuel Beja Corte-Real.
Manuel da Cunha e Costa Marques Mano.
Manuel Hermenegildo Lourinho.
Manuel José Ribeiro Ferreira.
Manuel de Magalhães Pessoa.
Manuel Maria Múrias Júnior.
Manuel Marques Teixeira.
D. Maria Luísa de Saldanha da Gama Van Zeller.
Mário Borges.
Mário Correia Carvalho de Aguiar.
Mário de Figueiredo.
Paulo Cancela de Abreu.
Pedro de Chaves Cymbron Borges de Sousa.
Bui de Andrade.
Salvador Nunes Teixeira.
Sebastião Garcia Ramires.
Teotónio Machado Pires.
misses Cruz de Aguiar Cortês.
D. Virgínia Faria Gersão.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 78 Srs. Deputados. Está aberta a sessão.

Eram 16 horas.

Antes da ordem do dia

Deu-se conta do seguinte

Expediente

Exposições

Subscrita por João de Azevedo Vasconcelos, Manuel Gil e Eurico Vieira da Costa, o primeiro na qualidade de delegado dos lavradores e os dois últimos na de dos comerciantes da ilha Graciosa, distrito de Angra do Heroísmo, em que justificam e documentam os seus telegramas à Assembleia Nacional a propósito do mercado livre para a cevada naquela ilha.

Subscrita por José Gonçalves, Armindo Augusto, João Lopes Alves e Francisco Oliveira, antigos componentes da direcção da extinta Casa do Povo de Rossio ao Sul do Tejo, em que, a propósito do relatório geral da comissão de inquérito aos elementos da organização corporativa, aplaudem a parte do mesmo relatório que se refere à actividade das Casas do Povo e as suas conclusões.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Ribeiro Cazaes.

O Sr. Ribeiro Cazaes: - Sr. Presidente: por n* de uma vez, a palavra eloquente de ilustres membros desta Assembleia, soando como toque vibrante de e rins, tem despertado em nossas almas as visões grandiosas do passado, tornando miais sólidas as energias que no presente nos animam e mais firme, mais segura a nossa confiança no futuro.

Como verdadeiros representantes do povo português os Deputados da Nação têm, desta forma, aproveite iodas as oportunidades que se apresentam para afirmarem que Portugal sabe para onde vai, principalmente porque sabe de onde vem.

O culto pelo que fomos e que nos permite recordar orgulhosamente, que a nossa terra foi tanta vez, longa caminhada de séculos, o facho sagrado que guiou o Mundo pela estrada da vida está enraizado mi ai do todos os portugueses, mesmo daqueles a quem a cegueira de paixões loucas desnorteia e o espectáculo e deslumbrante do artificial e efémero perturba.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Haverá algum português que, ao sentir os perigos rondando a nossa casa, não pense seus pergaminhos de oito séculos, não invoque o nome dos seus santos, dos seus apóstolos, dos seus heróis como se do fundo da alma uma voz se erguesse "brado de armas" - apelo aos que Deus levou - para a seu lado formarem na defesa do solo sagrado em nasceu?

Haverá algum português que não sinta inesgotáveis energias para todos os sacrifícios, para todas as br lhas da vida, se a sombra das grandes e poderosos parece querer toldar ò céu da nossa terra, recordando longo caminho andado, e em que, desde Ourique, tantas e tantas vezes o passo bíblico de David e Golias materializado em feitos imorredouros?

Só quem não é digno de chamar-se português ignora o que fomos e perde a fé no futuro - tantas são as páginas da história a demonstrarem que Deus é o a timoneiro da nossa barca.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Pois são estes mesmos sentimentos culto pelo passado, de respeito pelo património sagrado de séculos, de fé e confiança no futuro, que me fora erguer hoje a voz nesta Casa paira falar da terra que nasci.

E que, Sr. Presidente, a minha terra é uma miniatura perfeita da nossa Pátria, na sua longa vida de séculos, nas heranças sagradas que possui, no contributo prestado à civilização cristã, na sua impressionante beleza e até no exemplo reconfortante do sente, neste passo histórico de ressurgimento nacional
Terra de S. Frei Gil, o Fausto português; terra apóstolo Simão Rodrigues, um dos companheiros Santo Inácio de Loiola e, depois, de S. Francisco vier; terra de Duarte de Almeida, o decepado Toro, o heróico alferes-mor do Rei Africano - Vouzela, jóia engastada no coração da Beira, é, incontestavelmente, como que um pequenino resumo da história de Portugal. Faz lembrar uma princesa adormecida entre os braços do Vouga e do Zela, uma, princesa cantada ..., aã patine dos séculos, os castelos ruínas que a cercam, as belezas sem par que a rode são como véus de mistério, que nos fazem sonhar lendas da moirama e feitos de cristãos.

Correu sangue, correu pranto:
Ai Alafão! Ai Vouzela ...
Como os cristãos a adoravam
E os moiros gostavam