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DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 155 634

Joaquim Mendes do Amaral.
Joaquim doa Santos Quelhas Lima.
José Alçada Guimarães.
José Esquivel.
José Gualberto de Sá Carneiro.
José Luís da Silva Dias.
José Maria Braga da Cruz.
José Martins de Mira Galvão.
José Nosolini Pinto Osório da Silva Leão.
José Nunes de Figueiredo.
José Penalva Franco Frazão.
José de Sampaio e Castro.
Pereira da Cunha da Silveira.
José Soares da Fonseca.
Luís António de Carvalho Viegas.
Luís Cincinato Cabral da Costa.
Luís da Cunha Gonçalves.
Luís Lopes Vieira de Castro.
Luís Maria Lopes da Fonseca.
Luís Maria da Silva Lima Faleiro.
Luís Mendes de Matos.
Luís Teotónio Pereira.
Manuel Colares Pereira.
Manuel da Cunha e Costa Marques Mano.
Manuel França Vigon.
Manuel Hermenegildo Lourinho.
Manuel José Ribeiro Ferreira.
Manuel de Magalhães Pessoa.
Manuel Maria Múrias Júnior.
Manuel Marques Teixeira.
D. Maria Luísa de Saldanha da Gama van Zeller.
Mário Borges.
Mário de Figueiredo.
Paulo Cancela de Abreu.
Querubim do Vale Guimarães.
Ricardo Spratley.
Rui de Andrade.
Salvador Nunes Teixeira.
Sebastião Garcia Ramires.
Teotónio Machado Pires.
Ulisses Cruz de Aguiar Cortês.
D. Virgínia Faria Gersão.

O Sr. Presidente: -Estão presentes 75 Srs. Deputados.
Está aberta a sessão.

Eram 16 horas.

Antes da ordem do dia

O Sr. Presidente:-Tem a palavra o Sr. Deputado Linhares de Lima.

O Sr. Linhares de Lima: -Sr. Presidente: ousei solicitar o uso da palavra, sabendo quanto o pouco tempo que nos resta é precioso, ainda sob a forte e consoladora impressão que deixou no meu espírito e que fez vibrar o meu coração de português, o oportuno, notabilíssimo e como sempre ponderado e esclarecedor discurso do Sr. Presidente do Ministério, ontem proferido perante a representação dos oficiais do exército e da armada.
É que, Sr. Presidente, quando tudo quanto se passa na vida política internacional enferma dum estado psicológico de desorientação, em busca de soluções para o problema da paz, para a reorganização económica do Mundo e para encontrar o caminho do bem-estar social, nos oferece fortes e graves apreensões, tão imprudentes, tão fora das realidades são por vezes as sugestões e alvitres, o notabilíssimo discurso do Sr. Presidente do Ministério, no melo desta extraordinária confusão de ideias, de dúvidas, de incertezas, do controvérsias, marca directrizes seguras, indica-nos o caminho certo, formula princípios e dá-nos um programa de acção sensata e justa, que nos faltava e que faltava ao Mundo.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - O discurso do Sr. Presidente do Ministério é uma sábia e serena lição, que nos enche a nós, portugueses, de orgulho e que oferece ao Mundo e à meditação dos estadistas responsáveis pela defesa da civilização ocidental o ensejo de rever cautelosamente a posição internacional e de encontrar as soluções de equidade e de justiça que o momento exige.
O Sr. Presidente do Ministério no seu discurso de ontem traduziu com superior elevação e clarividência o pensamento, as preocupações, os desejos e as legítimas aspirações da Nação.
Queira Deus dar às suas palavras a força, e o poder que elas encerram na sua sóbria, mas ciará e exacta compreensão dos anseios de todas as nações do Ocidente, procurando encontrar o caminho da regeneração e do ressurgimento, numa colaboração sincera, que as circunstâncias impõem, mas sem abdicação dos seus sagrados direitos de soberania, sem sacrifício do livre exercício das faculdades próprias e inatas da sua personalidade autónoma.
Perdoe-se-me a ousadia, mas tenho a plena certeza de que nas breves e sinceras palavras com que pretendo exaltar mais este serviço, não só ao País, mas à Humanidade, que vem de prestar o Sr. Presidente do Ministério, não me limito a interpretar os sentimentos desta Assembleia, mas sim o de todos os portugueses amantes da sua Pátria, esperançados em que a civilização do Ocidente, de que temos sido esforçados pioneiros, possa vencer as dificuldades do momento presente.
Interpreto esses sentimentos afirmando ao Sr. Presidente do Ministério a nossa inteira e completa solidariedade com o seu alto pensamento de patriota e de homem de Estado.
Disse.

Vozes: - Muito bem, muito bem !
O orador foi muito cumprimentado..

O Sr. Figueiroa Rego:-Sr. Presidente: pedi a palavra para mandar para a Mesa dois requerimentos:
Um solicitando novos elementos pelo Ministério da Economia, pois os que me foram enviados são muito incompletos.
Outro para chamar a atenção do Sr. Ministro da Economia para a suspensão da campanha anti-rábica na maioria dos concelhos do País, ao que me consta inoportuna; esta medida deve ser devidamente ponderada e desejo comentá-la.

Os referidos requerimentos são os seguintes:

Requerimentos

"Requero que, pelo Ministério da Economia, Direcção Geral dos Serviços Pecuários, me sejam fornecidos no interregno parlamentar e com a possível urgência os seguintes elementos:
1.º Efectivos pecuários das várias espécies, por distritos, referentes ao arrolamento geral de gados efectuado em 1945;
2.º Produção, em quantidade e valor, da carne, do leite consumido e industrializado, da lã (churra e não churra) e dos couros referente àquele ano;
3.º Indicação por 1:000 habitantes e por quilómetro quadrado, deduzidos dos efectivos pecuários arrolados em 1945;