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604 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 84

Joaquim dos Santos Quelhas Lima.
Jorge Botelho Moniz.
José Pias de Araújo Correia.
José Garcia Nunes Mexia.
José Gualberto de Sá Carneiro.
José Luís da Silva Dias.
José Finto Meneres.
Luís Filipe da Fonseca Morais Alçada.
Luís Maria Lopes da Fonseca.
Luís Maria da Silva Lima Faleiro.
Manuel Domingues Basto.
Manuel França Vigon.
Manuel Hermenegildo Lourinho.
Manuel de Magalhães Pessoa.
Manuel Maria Múrias Júnior.
Manuel Maria Vaz.
Manuel de Sousa Meneses.
Manuel de Sousa Rosal Júnior.
D. Maria Baptista dos Santos Guardiola.
Mário de Figueiredo.
Paulo Cancela de Abreu.
Salvador Nunes Teixeira.
Sebastião Garcia Ramires.
Vasco Lopes Alves.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 63 Srs. Deputados.
Está aberta a sessão.

Eram 16 horas.

Antes da ordem do dia

O Sr. Presidente: - Está em reclamação o Diário das Sessões n.º 83.

Pausa.

O Sr. Presidente: - Se nenhum dos Srs. Deputados deseja fazer qualquer reclamação sobre o referido Diário, considero-o aprovado.

Deu-se conta do seguinte

Expediente

Telegramas

De um indivíduo pedindo a integração como funcionários públicos dos antigos ajudantes do registo e do notariado excluídos da reforma dos mesmos serviços.
Do presidente da Junta de Freguesia de Arazede pedindo a manutenção do cartório notarial daquela região.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, antes da ordem do dia, o Sr. Deputado Melo Machado.

O Sr. Melo Machado: - Sr. Presidente: costumo ser conciso e incisivo nos meus apartes, porque entendo que os apartes são precisamente assim e não devem ser uma espécie de concorrência aos oradores. E, talvez por isso, às vezes o meu pensamento é atraiçoado ou não é bem interpretado.
Ontem, quando estava a falar o Sr. Prof. André Navarro, eu interrompi-o, parecendo que das minhas palavras podia depreender-se uma divergência absoluta com o que estava dizendo esse ilustre orador.
Simplesmente, Sr. Presidente, a nossa diferença estava em pouco: é que S. Ex.ª falava de um pormenor e eu falava do problema no aspecto geral.
Todavia, um jornal afirmou que eu dissera que queria frigoríficos em todo o País, e isso não é verdade.
O que me fez interromper o Sr. Prof. André Navarro, que eu tenho pena que não esteja presente, foi a afirmação da qual eu podia depreender que S. Ex.ª entendia bem que continuasse a vir gado vivo dos Açores e da Argentina.
Ora, que eu saiba, nenhum país importador ou exportador de gado importa ou exporta gado vivo.
Suponho mesmo que, se nos tivesse sido possível acompanhar a evolução, não teríamos perdido o nosso mercado de carnes em Inglaterra.
O Sr. Dr. Cortês Pinto pôs muito bem a questão, afirmando que a Câmara Municipal de Lisboa fazia aquilo que lhe competia em favor dos seus munícipes, e, sem dúvida, a construção de um grande matadouro, com um grande armazém frigorífico anexo, não pode ser senão um benefício para a economia nacional, o que deve ser agradecido pela lavoura deste País.
Mas daí a entendermos que deve continuar a usar-se este processo de o gado vir a pé pelas estradas, ou ser transportado vivo em navios, perdendo peso nas viagens, vai uma grande distância, e não pode ser.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Esse gado ocupa uma grande quantidade de espaço nos navios e torna-se o seu transporte caríssimo, quando podia ser barato.
Aproveito o ensejo, Sr. Presidente, para manifestar ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, meu ilustre amigo e companheiro nesta Assembleia precisamente na altura em que eu fiz aqui um aviso prévio sobre a questão das carnes, em cuja discussão S. Ex.ª ainda interveio, aproveito o ensejo, repito, para manifestar a S. Ex.ª o alto apreço em que tenho as suas grandes qualidades de trabalho e de inteligência.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Devo ainda acrescentar que a forma brilhantíssima como ele tem exercido o alto cargo de presidente da Câmara Municipal de Lisboa é de tal maneira notável que a sua passagem por ele ficará ali inscrita com letras de ouro.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Por consequência, nas minhas palavras nunca poderia estar uma oposição absoluta a qualquer medida que S. Ex.ª tivesse tomado, como esta do matadouro, que pode ser grande, mas também não se sabe, para uma cidade que cresce por esta forma, quando é que se faz uma obra grande e suficiente e quando é que ela em pouco tempo se torna já insuficiente.
Sr. Presidente: eu queria com estas afirmações tirar quaisquer dúvidas sobre as minhas intenções, mas não deixar passar esta nota, que, quanto a mim, é absolutamente inadmissível, de considerar que seja uma coisa economicamente aceitável o transporte de gado vivo para abastecimento da capital.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente: - Vai passar-se à

Ordem do dia

O Sr. Presidente: - Continua em discussão o artigo 1.º da Organização dos Serviços de Registo o do Notariado.
Tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Cancela de Abreu.