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1022 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 107

fizessem, como até aqui, largamente desprendidas de certas realidades económicas, de renovação contabilística, de segurança geral e, sobretudo, social, muito à escala da grandeza empresária;
5) Que ficou inexplicavelmente flutuante na sombra o magno problema das 1 minas ferroviárias suburdanas, especialmente a do Estoril, cujo arrendamento e a necessidade de fiscalizarão técnica ferroviária não afugentavam este problema do seu enquadramento num plano especial, embora lateral ao esquema, ferroviário;
6) Que não se atentou ao momentoso problema dos transportes urbanos que a extensão citadina e a sua concentração populacional intensamente exacerbaram, de modo a que não deveria ficar exclusivamente ligado a soluções municipalistas; teria antes de ser encarado num ponto de vista nacional que lhe permitisse revisões concessionárias por imprevisão, nos moldes ingleses, e em que se conseguisse alcançar enèrgicamente:

a) Transportes baratos para os operários;
b) Boas ligações no entrelaçado variável e caprichoso dos nexos urbanos;
c) Num serviço nocturno e de horas de ponta eficiente;
d) A manutenção da regularidade de carreiras em que a menor afluência de passageiros poderia parecer aconselhar aos interesses empresários a espaçá-las;
c) Tarifas que não menosprezassem o transporte de famílias numerosas;
f) A revisão dos impostos que pesam sobre a gasolina, de modo a poder permitir um certo equilíbrio na concorrência dos curros de aluguer com os autocarro* de concessionária que vivem, por emprego de óleos pesados, quase isentos tributàriamente no regime de concorrência imperfeita, apesar de o seu trilho ser mais oneroso, por desgaste da via pública;

7) Que o agravamento indiscriminado dos impostos, lançados sobre os «transportes automóveis» colectivos e de aluguer não vem alcançar o fim paro, que foi estabelecido;
8) Que o regime corporativo se renega a si próprio quando indirectamente protege, por via tributária, formas monopolistas laterais de concorrência imperfeita.

Sala das Sessões, 18 de Junho de 1951. - O Deputado, Pinto Barriga.

IMPRENSA NACIONAL DE LISBOA