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612 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 145

Este é depois ajustado, tendo em consideração os recursos existentes e os saldos iniciais utilizados. Deste ajustamento resulta o excedente ou deficit contabilístico cumulativo, que vai ser regularizado pela concessão de créditos e entregas de ouro ou apenas pela concessão de créditos segundo as seguintes percentagens:

[ver tabela na imagem]

Exemplo relativo ao caso português (valores em milhares de dólares):

Excedente contabilístico cumulativo no fim de Dezembro de 1950 + 36:802
Percentagem deste excedente em relação à quota 52,6
Este excedente abrangia, portanto, os dois primeiros escalões e parte do terceiro. Porque a quota é de 70:000 milhares de dólares, cada escalão corresponde a 14:000 milhares de dólares.
Cálculo da quantia concedida em crédito à U. E. P. e da quantia recebida desta em ouro:

[ver tabela na imagem]

Crédito Ouro

Chegamos agora à parte dolorosa do saldo que pode desequilibrar o valor interno da moeda se não for reabsorvível e mesmo até o seu valor do externação do escudo:

Operações de Julho de 1950 a Janeiro de 1952

(Valores em milhares de dólares)

Excedente cumulativo líquido + 103:469
Excedente cumulativo contabilístico + 103:469

Crédito concedido por Portugal à U. E. P. 58:735
Ouro pago a Portugal pela U. E. P 44:734
103:469

Passo agora ainda a referir-me a um quadro que tem o seu interesse vital para a compreensão da regularização dos excedentes contabilísticos cumulativos do Portugal.

[ver tabela na imagem]

Excedente contabilístico cumulativo - Milhares de dólares Percentagem do crédito concedida por Portugal à U. E. P.

O Banco de Portugal entregou em notas, por conta do saldo das operações de Julho de 1950 a Janeiro de 1952, a quantia correspondente a 103.469:000 dólares.
As suas reservas subiram, em ouro, 44.734:000 dólares, e 58.735:000 dólares, representados por divisas não convertíveis, foram incorporados nos haveres do nosso banco emissor.
As operações de comércio externo feitas por intermédio da U. E. P. transformaram-se em verdadeiros financiamentos de exportação.
Procuramos perigosamente posições credoras. Para a constituição destes excedentes os nossos importadores, sobretudo colónias, chegaram a exportar géneros que, pelas nações importadoras, eram reexportados abaixo do preço de compra, para assim angariarem dólares que lhes escasseavam.
O relatório do Banco de Portugal, com certo censo de humor chama-lhe «vaga de expansão monetária».
Deixamos o nosso comércio externo ultramarino e mesmo continental inteiramente entregue à acção anár-