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390 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 184

João Ameal.
João Luís Augusto das Neves.
João Mendes da Costa Amaral.
Joaquim Dinis da Fonseca.
Joaquim Mendes do Amaral.
Joaquim de Oliveira Calem.
Joaquim dos Santos Quelhas Lima.
Jorge Botelho Moniz.
José Dias de Araújo Correia.
José Diogo de Mascarenhas Gaivão.
José Gualberto de Sá Carneiro.
José Guilherme de Melo e Castro.
José Luís da Silva Dias.
Luís Maria Lopes da Fonseca.
Manuel Colares Pereira.
Manuel Domingues Basto.
Manuel França Vigon.
Manuel José Ribeiro Ferreira.
Manuel Lopes de Almeida.
Manuel Maria Múrias Júnior.
Manuel Maria Vaz.
Manuel de Sousa Meneses.
Manuel de Sousa Rosal Júnior.
D. Maria Baptista dos Santos Guardiola.
D. Maria Leonor Correia Botelho.
Mário de Figueiredo.
Ricardo Malhou Durão.
Ricardo Vaz Monteiro.
Salvador Nunes Teixeira.
Sebastião Garcia Ramires.
Tito Castelo Branco Arantes.
Vasco Lopes Alves.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 69 Srs. Deputados.
Está aberta a sessão.

Eram 15 horas e 55 minutos.

Antes da ordem do dia

Deu-se conta do seguinte

Expediente

Telegramas

De Filipe Requexa, em nome da comissão da União Nacional de Cantanhede, congratulando-se com as palavras proferidas pelo Sr. Deputado Santos Bessa aquando da discussão do Plano de Fomento.
De Lino Cardoso de Oliveira, em nome da Câmara Municipal de Cantanhede, no mesmo sentido.
De Casimiro Correolo, presidente do Grémio do Comércio de Viana do Castelo, a afirmar a sua inteira concordância com as palavras do Sr. Deputado Silva Dias aquando da discussão do Plano de Fomento.
Do presidente da Junta Autónoma dos Portos do Norte, a apoiar as considerações do Sr. Deputado Silva Dias no mesmo sentido.
Do Grémio da Lavoura de Évora e Viana do Alentejo, a aplaudir as considerações do Sr. Deputado Nunes Mexia aquando da discussão do Plano de Fomento.
De Azeredo Pereira, presidente da Câmara Municipal de Castro Daire, a apoiar as considerações do Sr. Deputado Cerveira Pinto acerca da região de Vale de Paiva.

Exposição

Do presidente da Federação Nacional dos Produtores de Trigo, relativa à intervenção do Sr. Deputado Manuel Domingues Basto na sessão de 4 do corrente.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra antes da ordem do dia a Sr.ª Deputada D. Maria Guardiola.

A Sr. D. Maria Guardiola: - Sr. Presidente: não assisti à sessão de 20 de Novembro próximo passado, em que o Sr. Deputado Dr. Jacinto Ferreira se ocupou da Mocidade Portuguesa. E porque só há poucos dias pude voltar aqui, só agora também me é possível esclarecer a Câmara sobre a acção desenvolvida pela Mocidade Portuguesa Feminina, o que de certo modo vem responder a algumas das considerações aqui produzidas por aquele nosso ilustre colega.
Não vou ocupar-me, Sr. Presidente, das razões que levaram o Governo da Nação a organizar em 1937 as raparigas portuguesas, enquadrando-as num movimento racional de sentido educativo. Expu-las nesta Assembleia, com a clareza de que fui capaz, na sessão de 8 de Abril de 1943, e nada tenho a acrescentar ou corrigir no que disse nessa altura, tanto no que diz respeito ao panorama da vida familiar e social dos nossos dias, como no que se refere ao sentido ou conceito educativo da Mocidade Portuguesa Feminina, que julgo corresponder às nossas tradições familiares e aos anseios da alma das nossas raparigas, e, por isso, me parece ser aquele que melhor satisfaz o interesse nacional.

Vozes: - Muito bem!

A Oradora: - Ocupar-me-ei apenas, Sr. Presidente, dos meios que a Mocidade Portuguesa Feminina utiliza para dar corpo e vida ao seu sentido educativo, da extensão do trabalho que lhe cumpre realizar e das dificuldades a vencer, entre as quais não é das menores e que resulta ainda da incompreensão de tantos.
Caracteriza-se este movimento por um trabalho em profundidade, o número sacrificado à qualidade. Foi por isso que, não obstante o seu valor convincente, se puseram de lado, desde a primeira hora, preocupações de ordem estatística. E assim se explica também porque só há pouco, em Setembro último, isto é, decorridos cerca de quinze anos sobre a publicação do decreto que criou a Mocidade Portuguesa Feminina, em 8 de Dezembro de 1937, se tivesse fundado ainda uma delegacia, e, da Horta, com ela se estendendo, só então, a Mocidade a todo o continente e ilhas.
À hesitação e incerteza dos primeiros passos, numa obra que não tinha tradição entre nós, cheia de dificuldades pelo excessivo número de raparigas a atingir e pela impossibilidade de recrutamento imediato de dirigentes idóneas que quisessem e pudessem realizar nos sectores a elas confiados a educação moral, física, familiar e social das filiadas, adentro dos princípios cristãos e tradicionais que a informam, seguiu-se, pouco a pouco, segurança maior na escolhia dos meios a empregar e na perfeição dos métodos de trabalho a adoptar.
O caminho foi-se desbravando à medida que se preparavam dirigentes, se esclareciam problemas e se resolviam dificuldades.
O movimento não abarcou ainda senão uma percentagem mínima das raparigas portuguesas, e mesmo da população escolar feminina do Paia só uma parte foi atingida. O censo populacional de 1950 acusava a existência, nesse ano, em todo o continente e ilhas, de 323 701 escolares portuguesas, 276 594 do ensino primário, 41 934 do secundário e médio e 5 263 do superior. A expansão do movimento traduz-se pêlos seguintes números, referidos a Outubro próximo passado: 11 províncias no continente e 4 nas ilhas, com 92 alas e 1251 centros, enquadrando 105 043 filiadas organizadas.
Não consta nestes números o grosso da massa das escolas primárias, actualmente em organização, cujas alunas, com a remodelação de actividades em vigor