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392 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 184

xovais simples e 83 087 peças várias de vestuário para crianças e velhos. E para a Semana da Mãe, que ontem se encerrou, só as filiadas de Lisboa não tenho ainda elementos das outras terras do País - confeccionaram 54 berços, 16 alcofas, 193 enxovais - dos quais 157, dentro do espírito da campanha do ano, se destinam às missões portuguesas do ultramar - e 1 230 peças várias de roupa;
As «embaixadas da alegria» e os «folares da Páscoa» - visitas festivas realizadas no Natal e na Páscoa aos asilos, hospitais de crianças, creches, institutos de cegos e de surdos-mudos, etc., que levam aos velhinhos e crianças o doce sorriso das nossas raparigas. As filiadas recitam, cantam, dançam, representam pequenas peças teatrais e oferecem os seus presentes - agasalhos, cigarros, brinquedos, doces, rebuçados, etc. A primeira destas visitas realizaram-na as filiadas da ala de Setúbal, no Natal de 1944, ao Sanatório do Outão. As embaixadas generalizaram-se logo no ano seguinte, mas os folares, como actividade organizada, só aparecem em 1950. Não é possível precisar com exactidão o número de embaixadas e folares realizados até hoje no País. Os elementos obtidos acusam já um total de 574 embaixadas e folares, mas faltam ainda informações de muitas subdelegacias;
As exposições que a Mocidade promove ou em que colabora - exposições de berços, feitas anualmente nas subdelegacias; salões provinciais e salões nacionais de educação estética, em colaboração com a Mocidade Portuguesa;
Os concursos promovidos pela Mocidade Portuguesa Feminina - literários, de grupos orfeónicos, de danças regionais e de jogos-, que despertam sempre o maior entusiasmo nas filiadas;
A comparticipação activa da Mocidade Portuguesa Feminina em movimentos de carácter nacional, como, por exemplo, nas Festas Centenárias da Independência de Portugal, em 1940, na concentração nacional de 1942, em Fátima, comemorativa do XXV Aniversário das Aparições, e na, de 1951, por ocasião do encerramento do Ano
Santo;
A realização de festas culturais com apresentação de grupos orfeónicos, grupos de danças regionais e grupos cénicos, com peças que são muitas vezes da autoria das próprias filiadas;
As publicações da Mocidade Portuguesa Feminina (Boletim para Dirigentes dos Centros Primários, Boletim para Dirigentes dos Centros Secundários, Menina e Moça e Lusitas - mensais as três primeiras e quinzenal a última) polarizam a campanha e marcam a orientação a seguir em todas as actividades;
As visitas de estudo e excursões realizadas no País aos locais de maior interesse histórico ou turístico e a centros fabris ou sociais e as duas visitas culturais realizadas por universitárias portuguesas a Espanha, a primeira em regime de intercâmbio com a S. E. U., em 1947, e a segunda em Agosto de 1952;
As escolas de graduadas - escolas de formação de élites -, a que só são chamadas as raparigas mais dotadas, funcionam junto das delegacias e nos campos de férias. Dos cursos de graduadas realizados em campos de férias diz-se num dos relatórios anuais de uma delegada provincial:

Não conheço na Mocidade Portuguesa Feminina ou fora dela qualquer outro meio de formação que tenha dado resultados tão palpáveis.
Há raparigas - e são muitas, graças a Deus - para quem o curso marcou uma hora na vida. Há muitas que não se cansam de repetir que, sem o estímulo recebido no curso de graduadas, não se teriam aguentado nas horas difíceis da vida. E quantas das mais antigas, na família e na profissão, testemunham pela sua vida «diferente» o muito que receberam da Mocidade Portuguesa Feminina.

Muito havia que dizer sobre o trabalho realizado nestas escolas, em cujos cursos de chefes _ de castelo a chefes de falange, foram aprovadas até hoje 2 723 raparigas - 1 469 nos cursos organizados junto das delegacias e 1 256 nos. campos de férias;
Os campos de férias, ou colónias, são uma grande afirmação de vitalidade do, Mocidade Portuguesa Feminina. Funcionam nos meses de Agosto e Setembro, no campo ou no mar, em Casas da Mocidade adaptadas expressamente para este fim - S. João do Estoril, Figueira da Foz, Granja e Apúlia -, e, quando necessário, também em colégios. Os campos de férias são autênticas escolas de formação moral e de integração nacionalista. Tudo ali foi previsto e tudo neles se conjuga para despertar e fortalecer nas raparigas que vivem no campo o anseio duma vida cada vez mais alta, mais cheia de ideal. E as impressões que elas depois nos transmitem sobre o encontro que as deslumbrou e a descoberta que fizeram de si próprias convencem cada vez mais do muito que se pode fazer nos campos de férias e das vantagens, ou, melhor, da necessidade de multiplicá-los, para os poder estender a muitas mais raparigas. Pelos campos de férias da Mocidade passaram, de 1939 até hoje, 7 073 filiadas, 1 256 das quais frequentando os cursos de graduadas que neles funcionavam;
Os lares da Mocidade são outro meio que a Mocidade Portuguesa Feminina utiliza para realizar a sua acção educativa. O primeiro lar foi organizado em 1949, quando se atentou nas deficientíssimas condições que certos meios ofereciam à instalação das raparigas que neles tinham de seguir os seus estudos. Essa instalação, feita na maioria dos casos em precárias condições materiais, caracteriza-se, no aspecto moral, por um abandono, em que a sua dignidade e a sua virtude correm grave risco de perder-se. O problema não podia deixar de impressionar as dirigentes da Mocidade Portuguesa Feminina, que para o ajudar a resolver quiseram dar também o seu contributo. A Mocidade só tem ainda quatro lares em funcionamento: dois para alunas dos liceus e das escolas do magistério primário, em Bragança e Castelo Branco, um em Coimbra, para universitárias, e o quarto em Lisboa, para universitárias bolseiras da Mocidade Portuguesa Feminina e alunas do curso de instrutoras de educação física. Os lares não obedecem a um padrão uniforme. Diferenciam-se segundo a massa escolar que querem servir e os fins de ordem especial a atingir em cada um deles. A Mocidade instala-os e subsidia-os na medida das reduções feitas nas mensalidades de algumas filiadas mais pobres, mensalidades, aliás, sempre módicas e proporcionadas ao custo de vida da região;
As bibliotecas organizadas junto das delegacias, subdelegacias e centros, para dirigentes e filia-