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668 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 84

Consumidores ligados - 4 176 000.
Energia vendida - 18 820 milhões de kWh.
Consumo específico - 4031 kWh.
Percentagem de herdades electrificadas - 90.

Chama-se a atenção para o valor do consumo específico, que é quase metade do número geral do país mais industrializado do Mundo (8100 kWh) e 80 por cento superior ao dos consumidores domésticos urbanos, que dispõem do mais alto standard de vida que há conhecido.
A R. E. A. tem actuado, sobretudo, da seguinte forma:
Fomentando a constituição de cooperativas, algumas das quais chegam a ter mais de 20 000 consumidores. A cooperativa é uma associação de interessados rurais estabelecida com a finalidade de fornecer energia aos seus membros, ao mais baixo preço, tornado possível pela inter ajuda e pelo financiamento, fiscalização e orientação da R. E. A.
Estes cooperativas eléctricas diferem das outras cooperativas por serem quase integralmente financiadas pelo Governo federal e fiscalizadas e assistidas no seu estabelecimento e exploração.
Os empréstimos silo concedidos a juro baixei, para serem amortizados em vinte e cinco anos, podendo o pagamento de juros ser diferido por período não superior a trinta meses, para ter em conta o pequeno rendimento
das novas redes nos primeiros tempos da sua exploração.
Os financiamentos feitos pela R. E. A. podem estender-se também à execução daí. instalações dos consumidores e até ao fornecimento da aparelhagem, para aumentar o emprego da energia eléctrica, forma mais eficaz de tornar positivos os resultados de exploração das instalações realizadas.
Resumindo: o método americano, que de maneira tão rápida fez desenvolver a electrificação rural, parece assentar na base de que ela só deve realizar através da criação de cooperativas de consumidores, a quem é feito o financiamento quase integral dos investimentos, financiamento reembolsável a juro baixo s num período de vinte e cinco anos, prestando-se a essas cooperativas toda a assistência técnica, comercial e administrativa que exija o desenvolvimento da sua actividade.
Estes empréstimos tombem podem ser concedidos a outros organismos públicos ou privados, mas sempre com a interferência marcada da R. E. A. em todos os aspectos da actividade.
No início do seu programa, a E. E. A. começou por financiar as próprias empresas privadas, com a esperança de mais rapidamente pôr em marcha a obra.
Os resultados não foram animadores porque tais empresas não se interessavam ncan pelo serviço nem pelos empréstimos, que acarretavam a interferência da R. E. A. na sua actividade privada. Indica-se, meramente a título exemplificativo, a distribuição dos empréstimos concedidos pela R. E. A. de ide 1930 a 1941, segundo a natureza das entidades e a (finalidade dos mesmos:

(Ver tabela na imagem)

Acrescenta-se, para finalizar, que, quando se atingem consumos específicos de 4000 kWh por consumidor, as instalações não só se pagam a si próprias, por fraca que seja a densidade dos consumidores e baixas as tarifas de electricidade, como dão lucros, embora pequenos, o que é confirmado pelos seguintes dados estatísticos:

Lucros das explorações financiadas pela R. E. A.

(Ver tabela na imagem)

Inglaterra

Desde longa data que é preocupação nacional a questão da electrificação, rural.
Em 19,26 os comissários da electricidade, prevendo as facilidades de distribuição que a criação da célebre Grui pela Central Electricity Board iria proporcionar, organizaram um congresso de eletrificação rural, verificando-se por essa poça que apenas 1770 herdades dispunham de abastecimento de energia através duma ligação a uma rede de distribuição.
O desenvolvimento deste tipo de electrificação foi bastante lento pelas razões de sempre: falta de rendimento dos grandes capitais necessários.
Em 1947 a Inglaterra nacionalizou o conjunto da indústria eléctrica, e a posição atingida nessa altura em matéria de electrificação rural era aproximadamente a seguinte:
Número de herdades electrificadas - 80 61.10.
Percentagem em relação ao total - 30.
Número de casas aias áreas rurais ligadas às redes - l 100 000.
Percentagem em relação ao total - 55.
Energia vendida ao, consumidores rurais - 248 milhões de kilowatts- hora.
Número de consumidores - 139 000.

A lei da nacionalização de 1947 explicitamente indicava a obrigação dos Área Boards - organismos a que incumbe a distribuição de energia eléctrica em cada uma das catorze zona» em que foi dividido o país- de levarem tão longe quanto possível o desenvolvimento dos fornecimentos nas áreas rurais.
Nos seis anos da sua existência - 1948-1954 - a British Electricity Authority (B. E. A.), lutando contra todas as dificuldades que a guerra e o pós-guerra lhe criaram, procurou cumprir a sua missão, e os Área Boards ligaram 62 000 novas herdades e mais umas 400 000 casas dispersas nas áreas rurais, acelerando desta forma consideràvelmente o ritmo que se tinha verificado antes da nacionalização.
O sexto relatório anual de B. E. A. - 1953-1954 - fornece os seguintes números:
Número de consumidores rurais - 152 000. Consumo de energia - 779 milhões de kilowatts--hora.