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8 DE JULHO DE 1959 1149

Quero, porém, vincar neste momento que a realização destas obras de tamanho vulto só foi possível com a governação de Salazar.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Na verdade, Sr. Presidente, nunca o porto de Aveiro chegaria a atingir o seu actual desenvolvimento, com grave prejuízo para as populações ligadas à ria e até para o Pais, se não fora a política verdadeiramente nacional em que se tom empenhado o Sr. Presidente do Conselho.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Despenderam-se em tais obras muitas dezenas de milhares de contos, mas com isso determinou-se extraordinário desenvolvimento económico e elevou-se o uivei de vida das populações ribeirinhas.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - É esta, Sr. Presidente, a política que interessa ao Pais, e só tal não vê quem, perturbado por mesquinhas paixões, não consegue distinguir o verdadeiro interesse nacional, nem vislumbrar os autênticos factores do progresso e do desenvolvimento de um povo.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Ao prestar neste momento a homenagem do mais profundo respeito a S. Exa. o Sr. Presidente da República, quero afirmar também, como Deputado pelo circulo de Aveiro, os sentimentos da mais profunda gratidão de toda a população do distrito por S. Exa. o Sr. Presidente do Conselho, pela obra governativa realizada sob a égide deste eminente estadista, na qual se integram as obras inauguradas em Aveiro no passado dia 5 do corrente.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Costa Ramalho: - Sr. Presidente: a Universidade de Coimbra nunca esqueceu a sua antiga Faculdade de Teologia, em má hora extinta, vai para quarenta e nove anos.
Repetidas vezes, em artigos e estudos de professores, em sessões inaugurais pela voz do seu reitor, e, ultimamente, a pedido unanime do conselho da Faculdade de Letras, com a unanime aprovação do Senado Universitário, a alma mater conimbrigensis vem reclamando, sem esmorecimento, a sua Faculdade de Teologia. O último pedido oficial, há porto do seis anos, não obteve até hoje qualquer resposta.
Em estudos que já deram glória no Mundo à Universidade de Coimbra, e ainda hoje continuam a dar, mas só por memória do passado, sempre que se fala dos Conimbricenses, a famosa plêiade de teólogos de outrora, em matérias que já conferiram lustre ao nome português, não temos hoje em Portugal nenhum centro de investigação universitário devidamente organizado. Faltam na Universidade os livros, as revistas, os mestres, os alunos, quer das matérias teológicas propriamente ditas, quer das disciplinas caldas no olvido entre nós, que a existência de uma Faculdade de Teologia faria reviver: as línguas orientais, a história das instituições eclesiásticos, a patrística, a própria história, enfim, do cristianismo.
A existência em Coimbra da Faculdade de Letras proporciona a base humanística indispensável à especialização teológica; por outro lado, a integração de uma escola de teologia no meio universitário conimbricense pode ser tão benéfica aos outros estudantes, de formação variada, como o convívio destes será decerto útil aos alunos teólogos.
Demais, as condições em que se verificou a extinção da Faculdade de Teologia, o conflito que mais de perto lhe antecedeu o fim, não é natural que possam repetir-se nos dias de hoje. E a própria acusação de decadência, feita por vezes à antiga escola teológica, como para justificar o seu desaparecimento, não é das mais convincentes, quando se pensa nos mestres teólogos que vieram a ser grandes professores dos Faculdades de Letras, em Coimbra e em Lisboa, e no papel meritório desempenhado pelos antigos alunos teólogos no renascimento cristão do Pais, depois dos desvios do século XIX.
Sr. Presidente: não deixarei de voltar mais tarde a este assunto e de tratá-lo mais em pormenor do que na ocasião actual, quando a estreiteza do tempo não permite que me alongue sobre tão importante matéria. Mas fique consignado aqui, perante a Assembleia Nacional e a opinião pública do Pois, que a Universidade de Coimbra reclama e reclamará a volta da sua Faculdade de Teologia.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Camilo de Mendonça: - Sr. Presidente: como previra, quando usei da palavra a propósito das facilidades fiscais concedidas pelo Decreto-Lei n.º 42 301, a electrificação de Trás-os-Montes acaba de sofrer um impulso decisivo. Nos próximos seis anos serão construídos cerca de 1000 km de ramais e linhas de alta tensão que permitirão servir um grande número de povoações e habitantes.
Tenho abusado da paciência de V. Exa., Sr. Presidente, e da Câmara falando, insistindo, repisando problemas e questões de que depende a electrificação e desenvolvimento económico da região transmontana. Sei bem que me excedi pela frequência e até pela irreverência. Hoje não enfadarei a Camará. Pretendo apenas agradecer com profunda emoção ao Sr. Ministro das Finanças que, com rapidez e decisão, deu pronta solução a uma das questões decisivas para a vida da pobre gente da minha região.
Pelo realismo, compreensão e carinho com que o Sr. Ministro das Finanças encarou e resolveu tão magno problema fica credor de profunda estima e vivo reconhecimento de todos os transmontanos.
Prestou S. Ex.ª mais um alto serviço ao Pais ajuntar, a tantos outros que ao longo da sua profícua, serena e firme actuação governativa vem realizando em favor do nosso desenvolvimento.
Hoje são os transmontanos que têm de agradecer-lhe, mas creio que outras regiões poderão breve vir a beneficiar igualmente se as companhias concessionárias cumprirem o seu dever e procederem como neste particular agiu a Chenop.
É um grande problema, de cuja resolução se começava a duvidar, que encontrou expressão capaz de lhe dar satisfação. A electrificação de Trás-os-Montes vai deixar de ser privilégio de algumas vilas e meia dúzia de aldeias, vai poder chegar a muitas terras e lares.
Ao Sr. Ministro das Finanças ficamos todos devedores desse alto serviço, que aqui pretendo fazer realçar, como merece, e agradecer vivamente com a expressão bem