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172 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 183

de enorme grandeza, que Lavemos de deixar intacta e engrandecida aos nossos descendentes.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Na hora que passa, em que furioso vendaval de paixões perturba a vida de muitas nações, o ambiente que se respira em todo o território português, espalhado pelas quatro partes do Mundo, é de paz e confiança.
Algumas divergências e pontos de fricção de induzem económica que apareçam, e que são inevitáveis no convívio diário da grande família portuguesa, como são inevitáveis no convívio das outras grandes famílias, isto é, algumas questões domésticas, só serão legítimos na medida, em que não atinjam a unidade nacional.
Hoje, mais do que nunca, é indispensável pôr o interesse da Nação acima das aspirações individuais.
Se todos assim procederem, conseguiremos salvaguardar, apoiados no princípio da unidade nacional, a integridade da nossa pátria.
A Nação é uma herança sagrada e a sua integridade merece todos os sacrifícios.
Sr. Presidente e Srs. Deputados: recentemente o Congresso Mundial das Feiras Internacionais aprovou por unanimidade a admissão de Portugal como membro da União das Feiras Internacionais. Não obstante o nosso país não ter realizado ainda as cinco feiras internacionais necessárias pelos estatutos à qualidade de membro da União das Feiras Internacionais, o Congresso considerou que o êxito da organização da I Feira Internacional de Lisboa justificava desde já a nossa admissão, esta distinção é muito honrosa para Portugal, porque representa caso único na História da Timão das Feiras Internacionais.
A capital portuguesa vai assim alinhar entre as grandes cidades mundiais que apresentam anualmente as mais qualificadas criações da indústria, tanto nacional como de países estrangeiros, e da comparação serena e realista das nossas possibilidades, presentes e futuras, com as das indústrias estrangeiras que à Feira Internacional de Lisboa mandarão certamente o seu melhor, dessa comparação tiraremos ensinamentos que não podemos nem devemos deixar de aproveitar.
Já produzimos muitas coisas, mas ainda há muitíssimas que precisamos de produzir; não podemos causar-nos do esforço feito - e dos avanços conseguidos, precisamos de continuamente olhar para o ritmo e para o mudo como progridem os diversos países do Mundo de hoje para caminharmos com as determinantes impostas pelo progresso. Nessa caminhada muito temos a esperar da Corporação da Indústria, recentemente organizada sob a presidência do nosso inteligente e dinâmico colega Vítor Galo.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Da franca colaboração entre a Corporação da Indústria, o Instituto Nacional de Investigação Industrial, a Associação Industrial Portuguesa e a Associação Industrial Portuense, colaboração que a todos se pede e de todos se espera, vão resultar, por certo, os maiores benefícios para a indústria nacional.
A Associação Industrial Portuguesa, a quem se fira devendo a iniciativa e a realização da Feira Internacional de Lisboa, não vai repousar sobre os louros colhidos, mas, na continuidade de um esforço - que já vem de há um século -, esforço meritório pela dignificação das actividades industriais do País, considerará certamente que o êxito alcançado lhe impõe novos deveres. E será no redobrar do seu trabalho que a Associação Industrial Portuguesa continuará, dentro do dinamismo da vida moderna, a honrar os seus pergaminhos o a bem cumprir as suas obrigações para com o País.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Morais Sarmento: - Sr. Presidente: veio publicado há dias no Diário do Governo um despacho do Sr. Secretário de Estado da Indústria, concordando com o parecer do Conselho Superior de Minas e Serviços Geológicos, no qual se impõem determinadas condições à empresa concessionária das caldas de Chaves, Termas de Portugal, Lda., a fim de melhorar as suas instalações.
Pelas conclusões desse parecer, são impostas à referida empresa umas tantas obras, que se tornam absolutamente necessárias e urgentes para um bom funcionamento daquela estância, tanto do ponto de vista higiénico e turístico como do de conforto para os aquistas, que em número sempre crescente nestes últimos anos têm vindo a procurar alívio dos seus padecimentos nas maravilhosas águas quentes de Chaves.
A notícia causou nesta região justificado júbilo, pois que as obras que se indicam como urgentes, ou seja completar a captagem das nascentes, novo balneário e burette e ainda um bom hotel, muito virão a beneficiar não só aqueles que têm de usar as águas como ainda a cidade de Chaves e toda a região.
É, pois, com grande satisfação que, interpretando o sentir da gente flaviense, venho aqui expressar o meu mais profundo e reconhecido agradecimento ao Sr. Secretário de Estado da Indústria e ao Conselho Superior do Minas, por terem dado resolução a um problema de tão grande alcance e interesse local.
São, sem dúvida, as termas de Chaves, nestes últimos tempos, das mais frequentadas do País, pois ainda este ano tiveram cerca de 2000 inscrições, e se não fosse a riqueza terapêutica das suas águas certamente não teriam tanta afluência de aquistas. Mas, com o crescente aumento e em virtude das curas verificadas naqueles que a frequentam, essa estância não pode permanecer sem instalações condignas e convenientemente preparadas para bem receber quem ali vai e não dar motivo às justificadas reclamações, como tem sucedido até agora. As próprias águas, que os Romanos descobriram e já então usavam e donde derivou o nome Aquae Flaviae, determinam a realização de tais obras, que a efectivarem-se, vêm dar um novo impulso à vida e interesse de Chaves, bem como valorizar o País com uma estância de águas quentes únicas no género, dadas as suas qualidades terá políticas.
É pois de esperar que a empresa concessionária deite quanto antes mãos à obra, apresentando dentro dos prazos estabelecidos os projectos solicitados, e de execução aos planos previstos, a fim de esta instância continuar a prestar a assistência que desde sempre tem dado aos que dela necessitam, em melhores condições. Creio bem que à empresa não lhe faltarão ânimo e recursos para a realização de tal empreendimento, e para tanto pode contar com a boa vontade da edilidade e do povo flavienses, bem como certamente com as facilidades das estâncias superiores, sempre tão interessadas no fomento de obras deste vulto, por se poderem considerar de interesse nacional.
De facto, a sua efectivação, não só vem beneficiar as termas e a cidade de Chaves, como muito particularmente a saúde e bem-estar daqueles que todos os anos ali vão procurar alívio e retemperar forças para a labuta da vida.
Bem haja, pois, Sr. Secretário de Estado da Indústria por ter mandado para o Diário do Governo o refe-