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12 DE ABRIL DE 1961 537

gate daquelas que os trabalhadores já possuem, à semelhança do muito que neste sentido se vem fazendo através do País.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Vila do Conde espera e confia que os seus problemas continuem a merecer ao Sr. Dr. Henrique Veiga de Macedo, ilustre Ministro das Corporações, o seu amparo e carinho, aliás prometidos por S. Ex.ª na visita a que acima me referi.
Estão também finalizadas as negociações para a construção do posto médico da Federação de Caixas de Previdência, da maior necessidade, dadas as precárias circunstâncias em que estão a ser prestados os respectivos serviços clínicos naquela vila.
Foi com satisfação que a população local verificou os enormes benefícios resultantes da ampliação aos seus familiares do fornecimento de medicamentos em condições excepcionalmente vantajosas através daqueles serviços.
Nesta região tem importância relevante tal benefício, atendendo ao elevado número de beneficiários que aí se situam, e se cifram nesta data por cerca de 10 000.
Entre outros problemas de real importância para o seu progresso saliento o do seu porto e o da navegabilidade do rio, porque têm constituído desde longa data o seu maior anseio.
Estão também praticamente concluídas as obras da 1.ª fase, constituída pela construção de 90 m de molhe, denominado «Senhora da Guia», que tinham sido autorizadas pelo ilustre Ministro das Obras Públicas depois da visita feita por S. Ex.ª àquela vila para se inteirar das suas necessidades.
O povo de Vila do conde tem acompanhado com grande satisfação e contentamento as obras dos seu porto, as quais, embora constituam uma 1.ª fase, já trouxeram à navegação apreciáveis benefícios. Tais benefícios são testemunhados, de forma bem expressiva, por todos os pescadores que, com as suas embarcações, ali se abrigam, conforme foi constatado há bem pouco tempo por S. Ex.ª o Ministro numa das suas últimas visitas ao Norte do País.
Na opinião autorizada do ilustre comandante do seu porto, primeiro-tenente Turíbio de Abreu, só com a conclusão da 2.ª fase os barcos poderão demandar a barra com segurança, sem necessidade de entrarem atravessados à ondulação.
Teve S. Ex.ª ocasião de verificar, através da visita de agradecimento que lhe fizeram os representantes de Vila do Conde, à frente dos quais se encontrava o seu dedicado presidente da Câmara. Dr. Carlos Pinto Ferreira, quanto lhe estão gratos pela obra realizada e como ficaram sensibilizados com as palavras de S. Ex.ª ao referir-se aos trabalhos em curso e outras realizações que se lhes seguirão!
Foi sobretudo ao vincar a necessidade de se dar início à 2.ª fase do molhe da Senhora da Guia, hoje já autorizada, e à dragagem do rio, para o seu desassoreamento, de forma que se não quebre o ritmo dos trabalhos em curso, que mais vez vibrar â alma do bom povo daquela vila.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - A dragagem do rio, que não se faz vai já para cima de vinte anos, permitirá não só torná-lo navegável durante todo o dia, o que actualmente só acontece durante a preia-mar, como também mudar os estaleiros para a outra margem, conforme é, desde há muito, desejo dá Direcção de Urbanização.
A mudança dos estaleiros irá ao encontro da vontade do povo daquela vila, permitindo-lhe, como é sua vontade, homenagear com uma estátua, a erguer na praça resultante dessa mudança, um dos seus filhos mais ilustres da época dos Descobrimentos, o piloto-mor da carreira da Índia, China e Japão, Gaspar Manuel.
Para além das obras do seu porto, fica ainda Vila do Conde a dever ao Sr. Eng.º Arantes e Oliveira Ministro ilustre que tanto vem prestigiando o Governo no seu incansável esforço de realizações, o novo edifício da Câmara Municipal e também o aproveitamento turístico do Castelo de S. João, estando o projecto do primeiro em estudo e a ultimar-se o deste último.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Nada poderia ser-me mais grato neste momento do que, no cumprimento da minha missão de Deputado, reforçar desta tribuna, em nome dos povos daquela região, o agradecimento ao Governo pela atenção dispensada, através dos diversos Ministérios, às suas justas pretensões, oportunamente por mim aqui expostas e para cuja solução foram tomadas as medidas necessárias.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Augusto Simões: - Sr. Presidente e Srs. Deputados: assumiu altos significados a brilhante manifestação que o distrito de Coimbra, por intermédio dos seus mais categorizados representantes, fez no sábado passado perante o Sr. Presidente do Conselho.
À volta da ideia de trazer a Salazar e ao Governo a expressão do vivo reconhecimento da lavoura distrital pela boa, vontade há pouco manifestada em encarar, com intenção de lhes dar as convenientes soluções, os gravíssimos problemas dos campos do Mondego, tantas vezes aqui trazidos e tão repetidamente debatidos e em vão apresentados perante as instâncias oficiais, formou-se e tomou dimensão o pensamento de fazer acrescer a esse agradecimento, tão largamente justificado, uma demonstração dos sentimentos da arreigada fé nacionalista e da profunda devoção patriótica que anda nas almas e nos corações das gentes do meu distrito de Coimbra tal-qualmente a sentem todos os bons portugueses.

O Sr. Sebastião Ramires: - Muito bem!

O Orador: - E, lançada a ideia, logo apareceram, formando multidão, os representantes das forças vivas do distrito a dar-lhe, espontânea e nobremente, o aplaino da sua adesão cordial.
E fomos mais de meio milhar aqueles que viemos pura agradecer a Salazar e para gritar bem alto que, na hora conturbada que a demência dos senhores do Mundo se compraz em nos fazer viver, nestes tempos em que já parece começar a ouvir-se o pavoroso tropel dos ginetes do Apocalipse, lançados na sua senda de destruição, Portugal, como pioneiro e mantenedor intransigente da civilização cristã, se não teme as arruaças dos inimigos, muito menos se perturba com a dobrez funambulesca dos seus falsos amigos.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - A Casa Lusitana não se estreita nem pode minguar-se segundo as vontades inconscientes de povos que, pomposamente rotulados de nações, apareceram no mundo civilizado como partos monstruosos da