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19 DE ABRIL DE 1961 587

Num entretempo, e por conta do mesmo I Plano do Fomento, programaram-se e despenderam-se as seguintes verbas (em contos):

[ver tabela na imagem]

Mas os grandes aproveitamentos estão agora em curso, destacando-se o Cuanza, com o escalão de Cambambé, em cuja 1.ª fase se prevê uma produção anual da ordem dos 700 000 000 kWh.
5) Construção civil. - As estatísticas relativas à construção civil nas dez (Luanda. Benguela, Lobito, Moçâmedes, Nova Lisboa, Luso, Silva Porto, Carmona e Sá da Bandeira) principais cidades de Angola em 1959 salientam:
603 edifícios construídos, com 288 557 m2 de superfície coberta e 368 587 contos de investimento.
É um sector que tem especial sedução para alguns grupos de capitalistas e, por vezes, parece menos recomendável para o desenvolvimento económico.
Já, há anos, Hans Singer escrevia a este propósito:

Acredito que a abstenção de consumo ë consequente aplicação de recursos financeiros na expansão da propriedade imobiliária, como principal método de economizar, é a pior atitude possível num país que deseja desenvolver-se economicamente. A expansão dos mercados internos é reduzida pela abstenção ou pela desigual distribuição de rendas; as economias assumem uma forma que prejudica o investimento produtivo, em vez de promovê-lo.

É claro que em Angola há a ter em conta:

1) Que se traia de um país novo;
2) Situado nos trópicos;
3) Onde se quer realizar a instalação de grandes massas deslocadas da metrópole.

Esta característica do povoamento pode dar certa direcção nos investimentos.
Ainda aqui se podiam também reproduzir estas considerações de um ensaio publicado lia anos:

Anotemos, de passagem, que, dado o grau de especialização de mão-de-obra rural, ela tem maior adequação natural para os trabalhos ligados aos investimentos não lucrativos, de base (estradas, barragens, obras de irrigação e drenagem de terrenos, etc.), pelo que uma boa parte dos investimentos novos terá de dirigir-se para o sector do que chamamos infra-estruturas económicas.

(6) Transportes. - Os números seguintes dão mm a ideia da rede de comunicações em Angola no ano de 1959:
Quilómetros
Rede de estradas ........... 35 509
Rede fluvial ............... 1 200
Rede aérea (percursos
simples em exploração)...... 14 023
Rede ferroviária ........... 2 790

Os caminhos de ferro, por sua vez, distribuem-se assim:

Quilómetros
Caminho de ferro de Benguela ..... 1 348
Caminho de ferro de Moçâmedes .... 713
Caminho de ferro de Luanda ....... 606
Caminho de ferro do Amboim ....... 123

A exploração destes caminhos de ferro deu em 1959 as seguintes receitas:

Contos
Passageiros .............. 30 647
Mercadorias ..............471 303
Diversos ................. 15 753

correspondentes ao movimento que consta, deste quadro:

[ver tabela na imagem]

O confronto entre 1959 e 1960 revela o aumento de perto de 1 000 000 t em transporte de carga no caminho de ferro de Benguela, cujas receitas totais também subiram de 450 209 contos em 1959 para 593 471 contos em 1960.
Tal acréscimo deriva não só dos minérios de Catanga como da intensificação da exploração do ferro em Cuima e Cassinga.
Os 35 509 km de estradas atrás referidos classificam-se assim:

8 800 km de estradas de 1.ª classe.
9 718 Km de estradas de 2.ª classe.
1 560 km de estradas de 3.ª classe.
15 351 km de outras estradas.

Essas estradas teriam sido percorridas pelos seguintes veículos (números registados em 1959):

Ligeiros ............... 2 865
Pesados ................ 829
Motociclos ............. 552
Tractores............... 184

O total das embarcações entradas nos quatro principais portos em 1959 consta dos seguintes números:

[ver tabela na imagem]

Estas entradas apoiaram-se no movimento de passageiros e de carga expresso como se segue.