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26 DE MARÇO DE 1960 4643

«batalha sem quartel e sem fim que o Governo pela melhoria da vida moral e material daqueles quatro continentes, nasceram em terra portuguesa trabalham e se batem e vivem e morrem para que em cada dia, se engrandeça e se faça ainda a que se referiu o Ministro Correia de sua recente tomada de posse
Sr Presidente Permite-me o parecer sob Gerais do Estado de 1963 um ponto de algumas considerações sobre a actual panorama nacional - objectivo essencial desta convenção
Logo no primeiro parágrafo da introdução de estudo, que periodicamente vem trazer-nos nossa síntese o juízo crítico da actuação dos produtores da actividade nacional nos seus aspectos e financeiro, diz-se
A atenuar as fraquezas verificadas na interna, com reflexos nas receitas e deseje e no déficit da balança do comércio, que se fixado já há anos em cifra muito altas possibilidades nacionais e ainda se agravou houve o esperado surto da indústria do produziu rendimentos dignos de relevo e maiores resultados nos anos mais próximo
Na p 174, depois de considerar-se pouco tório o estado actual da indústria do turismo, bem, que
Por um lado, poderia estai mais adiantada a tarefa de construção de novos alojamentos, por outro lado, não há estreita coordenação entre os diversos organismos relacionados com o problema
E logo a seguir denuncia-se a situação paradoxal que levou à carência de terrenos a preços razoáveis, a ias dificuldades inerentes a essa carência, sugerindo-se a compra ou congelação de valores de terrenos em zonas que ma s cedo ou mais tarde venham a ser ocupadas por instalações turísticas, como forma de resolver alguns pró
E acentua-se a certa altura que o turismo problema de conjunto que envolve a colaboração dei muitos serviços, como os de urbanização, hidráulica, transportes, estradas, além da propaganda e outros relacionados com o abastecimento, é uma modalidade económica que faz parte do conjunto económico nacional»
A transcrição de um passo do parecer das Contas do 1955 mostra-nos a clarividente previsão então feito pelo ilustre relator sobre a importância e as perspectivo; que a indústria turística poderia vir a representar ,para o nosso país, a necessidade de planificação da muna os erros que nela deviam evitar-se
«Deixámos passai - diz-se com justiça - excelentes ocasiões de estabelecer os bases de uma estrutura He turismo que levasse a indústria a grau de prosperidade cada vez maior A criação de um organismo dinâmico que resolvesse em conjunto os diversos problemas relacionados com o turismo continua a ser uma exigência fundamental»
Isto foi dito em 1955
Sr. Presidente Há a maior unanimidade, segundo creio, acerca da importância do turismo sua resolução dos problemas a longo prazo da balança de pagamentos pela entrada altamente compensadora de divisas, e no crescimento que fomenta a ritmo acelerado, do produtos (formado em vários ramos da actividade económica»
Também me parece não haver discordância quando ao tempo perdido em Portugal no impulso e na estrutura desta jovem, original e perturbadora indústria, em relação aos outros países e no impulso dado ultimamente para recuperá-lo
Daí o discurso do Sr Dr. Paulo Rodrigues ter vindo ao encontro da opinião pública e do sentimento nacional ao marcar a posição e a vontade do Governo em incrementar o turismo e ao falar da consciência que temos de que em 1964 havia de ganhar-se a batalha do turismo português», sem deixai de acrescentar que os planos u realizações do fomento turístico tinham que basear-se sem estudo técnico esclarecido»
E sabemos que esses estudos têm sido e continuam A ser realizados por equipas de técnicos estrangeiros e portugueses Quanto a mim, este fenómeno humano -o turismo -, sobre o qual se baseou inevitavelmente uma indústria, pouco tem de transitório, contingente ou irreversível
A ânsia de viajar, de correr mundo, de conhecer povos, ambientes, paisagens e monumentos diversos daqueles que nos são familiares é complexo humano com tendência cada vez mais a expandir-se no futuro, sem risco de contracção, tanto quanto pode atingir a mais ponderada, cautelosa e tímida previsão
A subida do nível de vida, a ascensão das massas, n vida trepidante obrigando à evasão periódica para ambiente diverso do meio em que se trabalha, na procura de repouso compensador, a necessidade de férias aceite por governos e povos, as facilidades crescentes de fronteiras e até a simplificação e proletarização que o camping veio trazer, logicamente nos coloca nas pisadas dos raciocínios anteriores A indústria que se baseia sobre este fenómeno humano -o turismo- não é, assim, em si própria, de carácter contingente e transitório, ou pelo menos não o ó mais que qualquer outra
Está sujeita sim, como outras, a fenómenos de adaptação a procura, a necessidade de variar e melhorar as acções da oferta, a maleabilidade nos processos de propaganda, a probabilidade que pode admitir-se ao longo do futuro nas numerosas peças de engrenagem que a constituem
Está sem dúvida sujeita ainda, como outras, a colapso, quando se desencadeiem guerras mundiais generalizadas, aliás cada vez menos prováveis, à medida que aumentam os meios ofensivos de destruição e que abundam as guerras e conflitos parcelares, triste e glande moda da nossa actualidade
Mas, nestes domínios, qual a indústria em qualquer por do Mundo que lhe pode atirar a primeira pedra?
Não corremos o risco de sei atingidos pelas tais contingências do turismo indústria, antes do tempo de amortização suficiente para a máquina que venha a montar-se
O vim, sana and soa das nossas próis do Sul será por muito tempo aspiração de quantos, vindos de ásperos climas, forem atraídos pelas belezas do nosso país r o encanto da sua gente
Em relação às multidões que viajam, os contingentes que- poderemos receber serão sempre parcela limitada, isto é, não haverá perigo próximo de a oferta ultrapassar muito a procura
Vêm estas considerações a propósito de alguns períodos insertos no relatório da Lei de Meios para 1965 e ainda de certos equívocos que vi surgir nesta Assembleia quanto ao estabelecimento de duas zonas de turismo permanente no País, na medida em que elas possam, pelas verbas ali gastas, desequilibrar o desenvolvimento regional, também com fins turísticos, a que todos as regiões devem com justiça aspirar
No relatório da Lei de Meios a que me referi considera--se o turismo como um fenómeno contemporâneo de ca-