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15 DE MARÇO DE 1967 1465

as necessárias artérias económicas indispensáveis ao seu desenvolvimento
Só temos que nos regozijar, nestes últimos anos, pelo impulso registado na abertura e consolidação de estradas que se registou na legião, e especialmente naquelas três que nós consideramos de interesse primordial por serem as de penetração no distrito
A estrada Braga-Chaves beneficiado- pela edificação de monumentais barragens ao longo da sua trajectória, está praticamente utilizável faltando preencher aquele quantum indispensável à sua plena e eficiente utilização
A via que do Arco de Baulhe conduz a Vila Pouca de Aguiar, após um traçado e construção que se afirma nas melhores condições, acusa uma pausa nos trabalhos por causa que ignoramos, fazendo votos por que os obstáculos surgidos brevemente se removam para a sua integral realização
Resta-nos, por último a estrada do Marão que de Amarante leva a Vila Real, durante largos anos a única via do acesso distrital em razoáveis condições de utilização. E uma estrada de montanha, pitoresca e rescendente a sortilégio para mais agora que a florestação da serrania lhe emprestou um novo toque de beleza Mas não sei se, nas actuais condições de vida, não seria preferível levar o seu pitoresco dando-lhe garantias de eficiência e sacrificando o seu pitoresco aos benefício -, de uma, via aberta e rápida.
E não posso deixar de citar também a estrada internacional Orense-Chaves que convinha, tanto na área de um país como de outro, que fosse integrada na sua autêntica missão
É nossa convicção que se tem minimizado o movimento da fronteira de Vila Verde da Raia para o qual alerto a atenção das entidades competentes, apesar de ser uma fronteira afastada das grandes notas de movimento internacional, mas revelando, quanto a este, um apreciável escoamento e atentando sobretudo um intercâmbio turístico á escala regional cujo valor económico não deve ser despiciendo
Quase não valia a pena referimo-nos ao transporte ferroviário, deixando de reserva a linha do Douro, para nos atei mós simplesmente à conveniente exploração da linha do vale do Corgo
De há muitos anos a esta parte que a CP , que evidentemente terá os seus problemas e dificuldades, vota a um ostracismo confrangedor aquela linha ferroviária, absolutamente indiferente às queixas e críticas mais que justas da imprensa regionalista
E muito haveria rever no capítulo de actualização da referida via férrea, desde o seu traçado até ao material circulante.
Mas o silêncio ou a conformação sei ao as atitudes mais indicadas, uma vez que uma ia7oável rede de camionagem supre muitas das deficiências e nos pode i estar olimpicamente a saborosa satisfação de, nestes tempos desvariados de recuperação da técnica em que se chega a marcar a data da alunagem no nosso satélite, placidamente, no distrito de Vila Real continuamos a viajar de comboio a uma estonteante média que chega a roçar os 20 Km horários
Mas se o problema ferroviário se nos afigura praticamente insolúvel, outro tanto se não nos apresentam as ligações aéreas, agora de interesse actualizado, já que sabemos estar em estudo o estabelecimento de uma lede de táxis aéreos que cobra á o Norte do País
O campo de aviação de Chatos está simplesmente condenado, quer pela sua péssima localização quer pelas suas diminutas dimensões. E se só por isso urgia pensar na construção de uma nova unidade muito mais a sua urgência se impõe pela anunciada ligação aérea - e será uma ligação libertadora - ao Norte do País, onde a cidade de Chaves, como natural centro económico do Norte do distrito, tem as suas exigências e a necessidade de determinadas satisfações.
Aliás, a localização do novo aeródromo não assume qualquer carácter de controvérsia, uma vez que o local indicado parece o planalto da Campina, a cerca de 10 km da cidade, no limite dos concelhos de Chaves e de Boticas, e que para alem de servir directamente o centro catalisador da região nortenha do distrito oferece ainda a vantagem de ficar relativamente próximo dos estabelecimentos termais de Salus Vidago e Carvalhelhos, quase centro de um triângulo de interesse turístico-termal.
Para este assunto empenhadamente solicito a boa atenção dos respectivos serviços da Direcção-Geral da Aeronáutica Civil.
Sr. Presidente:- Todo o longo arrazoado que viemos desenvolver se destinava afinal e em última análise, a demonstrar o alcance e o profundo significado de um despacho do titular das Obras Públicas.
Demonstração que, nesse aspecto, quase se tornaria inútil, dada a agudeza mental do Sr. Eng.º Arantes e Oliveira e a sua comprovada visão na estruturação e desenvolvimento das obras de interesse colectivo.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Qualidades raras a que se adicionam outras mais preciosas ainda - a de uma humana afabilidade e a de uma singeleza exemplar que faz reduzir a linhas esquemáticas todo o complexo dos problemas, insuflando-lhes uma invulgar naturalidade e uma rara força executiva.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Por isso, reitero ao ilustre membro do Governo, em nome de toda uma região, os meus agradecimentos e a expressão sentida da minha mais viva admiração.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Elmano Alves: - Sr Presidente. Srs. Deputados. Em 24 de Setembro de 1043 - estávamos então em plena segunda guerra mundial - o Governo, a braços com difíceis problemas de rearmamento, de manutenção do corpo expedicionário e de abastecimento público pensando nas finanças do Estado, abalou as portagens nas, últimas pontes em que ainda se pagavam
Com efeito, o Decreto-Lei n.º 33090 determinou a abolição do regime de pagamento de portagem nas, pontes do Porto (D. Luís I) e da Régua, sobre o no Douro e nas do Abrantes e Santarém, sobre o no Tejo
Esclarece o relatório do estado do citado decreto-lei que as empresas concessionárias das pontes da Régua, Abrantes, e Santarém não podiam já cumprir as cláusulas das suas concessões - designadamente as que se pretendiam com a conservação - pelo que a cobrança directa das taxas passou para o
Estado, assumindo, porém, este os encargos da conservação das pontes, e bem assim da grande reparação do que algumas necessitavam ingentemente
E continua o mesmo relatório «atingido assim o momento em que é o próprio Estado que explora as portagens nas únicas pontes do País ainda sujeitas a tal regime, e considerando que as razões determinantes ou as van-