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1662-(662) DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 88

15. Em 1965 a província importou 317 551 t, correspondendo a 1 349 256 contos, sendo as principais mercadorias importadas as seguintes:

[Ver Quadro na Imagem].

A escassez de recursos do solo e subsolo de Macau é compensada pela existência de águas relativamente piscosas e de um porto franco que permite a importação, em condições favoráveis, da maior parte dos produtos indispensáveis à vida de uma população industriosa, e de matérias-primas destinadas a transformações mais ou menos complexas com vista à exportação.
Os farináceos, animais vivos, hortaliças e legumes, bebidas, tabaco e substâncias alimentares diversas, madeira, carvão vegetal, fios, tecidos e outras matérias-primas de origem vegetal têm um peso significativo nas importações, naturalmente diversificadas.
De realçar que, a partir de 1957, a rubrica «Fios e tecidos» subiu ao primeiro lugar, devido à instalação e ampliação de diversas unidades dedicadas à estampagem de tecidos e confecção de vestuário, após a promulgação das medidas que liberalizaram a circulação de mercadorias entre as províncias ultramarinas.

16. Em 1965 a província exportou 31 496 t, correspondendo a 614 623 contos, sendo as principais mercadorias exportadas as seguintes:

[Ver Quadro na Imagem].

17. Desde 1958 até 1965, os dois territórios estatísticos China e Hong-Kong forneceram entre 95,1 por cento e 98,5 por cento no valor global das importações.
Entre 1960 e 1964, a China forneceu mais de 60 por cento do total.
A distância que separa Macau da metrópole tem impedido que a contribuição desta seja significativa, pois limita-se ao fornecimento de 1 por cento a 1,5 por cento.
A parte do ultramar, praticamente preenchida por Timor, que vende especialmente café, é ínfima: 0,2 por cento e 0,6 por cento do total.
Na exportação - onde a diversificação dê mercado é cada vez mais acentuada - o ultramar tem uma posição de relevo a partir de 1957. Em 1960 absorveu cerca de 50 por cento do valor exportado, ultrapassando, assim Hong-Kong, que nesse ano figurava apenas com 37,2 por cento.
Entre as províncias ultramarinas, merecem relevo Moçambique, cujas aquisições variaram entre 32 por cento em 1960 e 13 por cento em 1965, e Angola, .que absorveu um máximo de 18,õ por cento em 1962 e um mínimo de 11,2 por cento em 1965. Das restantes, merece referência Timor, cujas compras alcançaram o máximo em 1965: 1,8 por cento do valor global das exportações de Macau.
Hong-Koug, apesar de não ter como comprador o mesmo peso que regista como fornecedor, continua a ser o maior cliente. O valor relativo das suas aquisições vem, porém, baixando. E, assim, enquanto em 1958 absorvia 60,8 por cento, em 1965 esta percentagem descia para 27,5 por cento.
A esta baixa na posição de Hong-Kong corresponde uma diversificação e consolidação de outros mercados, entre os quais se salientam os Estados Unidos da América, para onde se dirigem dois terços dos artigos pirotécnicos, República Federal Alemã, Canadá, França e Itália.
A participação conjunta destes últimos somava 33,8 por cento do valor das exportações de Macau em 1965.
As compras da metrópole, tal como as vendas, têm valor reduzido, embora em 1965 atingissem um máximo de 20 590 contos - o que corresponde a 3,4 por cento do total.
Menos valor têm ainda as. exportações para a China, que, como se viu, é o principal fornecedor.

18. No quadro seguinte observam-se as percentagens que couberam aos países importadores e exportadores nos referidos anos de 1964 e 1965:

[Ver Quadro na Imagem].