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CONCLUSÕES
1. Durante o ano continuaram os sobressaltos em algumas províncias ultramarinas, provocadas por influências de origem externa. Apesar das circunstâncias anormais, os resultados de 1967 revelam progressos de natureza financeira, e nalguns casos melhorias nos saldos da balança do comércio.
Ainda há a notar fraquezas na balança de pagamentos de Angola, com alto deficit em 1967, que teve de ser colmatado pela intervenção do Fundo Monetário da Zona do Escudo. B os saldos em outras províncias obtiveram-se, de um modo geral, através de financiamentos dos planos de fomento facultados pela metrópole.
0 caso de Moçambique, que ainda apresenta um deficit de algumas centenas de milhares de contos, apesar do nível de receitas dos invisíveis, em especial dos que provêem dos transportes, deriva do grande desequilíbrio do comércio externo, que melhorou em 1967.
Sem poderem considerar-se plenamente satisfatórios os resultados económico-sociais do ano, pode dizer-se que, no conjunto, o ultramar manteve a linha tradicional de progresso, apesar das condições políticas difíceis em algumas províncias.
Comércio externo
2. Inesperadamente, Angola, que nos últimos anos fechara o seu comércio externo com saldos positivos, apresentou um desequilíbrio negativo volumoso em 1967. Os resultados do comércio externo neste ano em todas as províncias de além-mar foram os seguintes:
Contos
Cabo Verde............ — 227 900
Guiné.............. — 379 900
S. Tomé e Príncipe........ + 70 600
Angola.............. — 1 060 900
Moçambique............. — 2 255 300
Macau.............. — 512 000
Timor.............. — 71900
Total...... — 4 407 300
0 deficit total agravou-se, em relação a 1966, devido principalmente ao resultado de Angola (saldo positivo de 411 800 contos em 1966). Mas..todas as outras províncias, com excepção de Cabo Verde, reduziram os saldos negativos ou melhoraram o positivo (S. Tomé e Príncipe), cabendo referência especial a Moçambique, com o saldo negativo de 2 755 100 contos em 1966.
Deste modo, a importação e exportação totais, em 1967, foram as seguintes, em números redondos:
Contos
Importações............. 15 888 000
Exportações.............. 11 480 000
Deficit....... 4 408 000
Este resultado implica o agravamento do deficit, em relação ao ano anterior, de 565 000 contos, devido essencialmente aos resultados de Angola.
Do comércio total, de 27 368 000 contos, pertencem ao estrangeiro 10 206 000 contos contra cerca de 5 682 000 contos a territórios nacionais, na importação. Deveriam ser feitos esforços no sentido de desviar maiores importações para territórios nacionais.
Receitas e despesas
3. As receitas totais das províncias ultramarinas atingiram 13 934 200 contos, repartidas do modo seguinte:
Contos
Ordinárias.............. 11 951 400
Extraordinárias........... 1 982 800
Soma........13 934 200
Cabem a Angola e Moçambique, de receitas ordinárias, espectivamente, 5 173 500 e 5 977 900 contos.
4. As despesas totais, por sua vez, elevaram-se a 3 270 100 contos, repartidas como segue: contos
Despesas ordinárias......... 11 251 700
Despesas extraordinárias....... 2 018 400
Soma....... 13 270 100
As receitas e despesas extraordinárias incluem 1 138 934 contos de empréstimos.
Financiamentos
5. A conta geral da metrópole resulta de financiamentos do Tesouro ao ultramar, num total de 635 980 contos, distribuídos da forma seguinte:
Cabo Verde.............. 25 728
Guiné................. 18 910
S. Tomé e Príncipe........... 13 719
Angola................. 170 345
Moçambique.............. 398 425
Timor................. 8 853
Total........ 635 980
Os financiamentos somaram 545 000 contos em 1966.