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3744 DIÁRIO DAS SESSÕES Nº 189

dinâmica do desenvolvimento da região exigia soluções rápidas que satisfizessem os solicitações existentes.

Esta obra, cuja entrada em funcionamento é urgente, irá também demonstrar os grandes possibilidades que o porto oferece.

A visita do ilustre titular da pasta das Obras Públicas à Figueira muito contribuirá para a aceleração do seu programa portuário, no qual está incluída a construção da nova ponte sobre o braço norte do Mondego.

O dinamismo que o Sr. Engenheiro Rui Sanches imprimiu ao seu Ministério, a forma objectiva como estuda os problemas, a acção inteligente e ponderada das decisões tomadas ou das orientações definidas, da maior importância para o desenvolvimento do País, não são já hoje desconhecidas dos Portugueses.

E assim, aquela sua visita ao concelho da Figueira e também ao concelho de Montemor-o-Velho constituiu um dia cheio de intenso trabalho e foi também de um alto significado e importância para aqueles concelhos e para o distrito, pelo que puderam mostrar, pelas aspirações justas apresentadas, pelo conselho e pela orientação que assim puderam receber directamente, ou pelas resoluções que imediatamente foram tomadas.

Na manha qualidade de representante dos referidos povos dirijo, no seu nome e no meu, ao Sr. Ministro Engenheiro Rui Sanches, o agradecimento sincero pela visita com que honrou aqueles concelhos, pelas obras realizadas ou em curso, entre as quais sobressai o aproveitamento do Mondego, e que tanto contribuem e contribuirão para a valorização da região e das suas gentes, rendendo-lhe ainda significativa homenagem pela sua acção como Ministro das Obras Públicas e das Comunicações.

Sr. Presidente: Disse atrás do grande incremento que o sector da pesca tem vindo a ter neste porto, da iniciativa das pessoas Ligadas a pesca, dos investimentos feitos na remodelação e ampliação da frota pesqueira e da grande importância, que já representa para o Pais. Mas tudo tem a sua limitação, e para acompanhar este ritmo de crescimento terão de se fazer novas estruturas, capazes o bem equipadas. As existentes, adaptações improvisar das, não comportarão o movimento que se aproxima.

Haverá que programar já da execução de:

a) Um cais acostável para a pesca de arrasto e sardinha;

b) Lotas de arrasto e sardinha;

b) Armazéns de comercialização do pescado;

c) Instalações frigoríficas.

Assim se corresponderá ao esforço que os armadores estão a realizar e que necessita do apoio indispensável para uma maior valorização e aproveitamento dos seus produtos.

E o pedido que deixo ao Governo, vindo de uma classe de trabalhadores caldeados na dura luta com o mar, onde todos os dias arriscam a vida, mas no qual continuam a ter esperança, e ao qual continuam, a dar tudo.

Vozes: - Muito bem!

O Sr. Pontífice Sousa: - Sr. Presidente: No dia 5 de Agosto do passado amo de 1971 chamei a atenção nesta Assembleia para a necessidade de melhorar rapidamente as comunicações e os transportes regulares do distrito de Castelo Branco com os cidades de Lisboa, Porto e Coimbra - e respectivas zonas envolventes -, tendo considerado prioritário resolver aqueles problemas relativamente a capital.

Referi-me então a transportes por estrada, por caminho de ferro e por avião, mas as minhas palavras só encantoaram algum eco no ilustre presidente da Junta Autónoma de Estradas, que, em entrevista concedida no final do ano de 1971 a um vespertino lisboeta, disse merecer a zona da Cova da Beira especial atenção, num primeiro plano de investimentos rodoviários a apresentar ao Governo.

Agradeço e cumprimento o Sr. Engenheiro Manuel Duarte Gaspar pelas suas declarações, que vieram alentar as gentes da minha região.

Espero quê esse primeiro plano posso vir a concretizar-se dentro de pouco tempo, favorecendo as comunicações de, e para, aquela «prodigiosa, encantadora e ubérrima região» - segundo as palavras do ilustre Secretário de Estado da Agricultura, Sr. Engenheiro Vasco Leónidas, a quem rendo as minhas homenagens por ter sido um dos primeiros obreiros do desenvolvimento da Cova da Beira e pelas suas altas qualidades de governante.

Com a Cova da Beira será também beneficiada a Região da Serra da Estrela, onde tudo, ou quase tudo, parece querer congregar-se pura a tornar um dos grandes centros do turismo nacional dentro de poucos anos; e será ainda favorecido o projectado eixo urbano-industrial T. C. T., isto é, Tortoseudo-Covilhã-Teixoso, que já se prepara para transpor o século XX com uma população superior a 100 000 habitantes, em crescente desenvolvimento.

Toda esta zona, apoiada por uma agricultura em reconversão e industrialização, incentivada por um turismo em crescimento e impulsionada por uma indústria que já ultrapassou a fase dos primeiros ensaios nos mercados externos, deseja e espera poder contribuir validamente para uma indispensável regionalização ou interiorização do desenvolvimento.

Só isto possibilitará às novos gerações desfrutar de um país geograficamente menos desequilibrado, com rendimentos mais equitativamente repartidos e um produto nacional que nos afaste do final da lista dos países desenvolvidos. Na verdade, o esforço a fazer será necessariamente de tal magnitude que não é admissível partilhá-lo apenas pêlos portugueses que vivem no litoral.

Não deixara! ainda cie aludir a uma empresa que explora um serviço público no meu distrito, cujas deficiências se reflectem na rapidez, eficiência e espírito de bem-servir as populações.

Quero referir-me à Companhia, dos Caminhos de Ferro Portugueses.

Não esteva esta Companhia ainda satisfeita por rodar nu, linha da Beira Baixa à velocidade do início do século e resolveu abrasar mãos uma hora e dez minutos o horário de uni dos seus comboios, justamente o que é portador do correio para a minha região.

Esta alteração de horários foi feito, como é habitual, sem uma explicação pública dos motivos que a determinaram, sem um apelo à boa vontade dos utentes dos transportes ferroviários, sem atender a que a maioria deles são pessoas que trabalham, ou que estudam, que têm de cumprir horários, que têm de utilizar transportes, que organizaram a sua vida a contar com o comboio a determinada hora.

Para a C. P. parece ser completamente indiferente que o operário ou o aluno chegue ou não a horas a fabrica ou a escola e, pelo facto de o correio chegar mais tarde, que os actividades económicas os serviços, as profissões liberais e os pessoas, de um modo geral, iniciem tardiamente o expediente que dele depende.

Deveria aquela Companhia considerar que o comboio também transporte mercadorias e é indispensável que a