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3188 I SÉRIE - NÚMERO 85

condições. Aliás, conheço o problema da Amadora, porque já lá vivi, e lamento da mesma maneira tanto esse problema como o de toda a zona urbana de Lisboa e de todo o resto do País, assim como também lamento que sejam feitas passagens subterrâneas que não servem para nada, nas quais se gastam dezenas ou centenas de milhares de contos e que nem sequer são utilizáveis.
15to quer dizer, Sr. Deputado António Pedrosa, que o nosso respeito pela vida humana nos leva a criticar todos. Se quiser, critico o próprio Conselho de Ministros por não tomar decisões. No entanto, não foi minha preocupação fazer uma hierarquização dos responsáveis, mas fazer sim uma chamada de atenção para um início de obras que se impõe, que está prometido, que inclusivamente está projectado e no qual a Câmara Municipal de Cascais e a CP também têm responsabilidades: a Câmara não inicia a construção dos acessos porque diz que primeiro devem ser feitas as passagens subterrâneas, enquanto os responsáveis da CP pela linha do Estoril dizem o contrário.
Não referi isto, na minha intervenção porque não me quis alongar, não quis discutir quaisquer problemas técnicos, quis só fazer um alerta para uma situação que com certeza é dolorosa para todos nós em qualquer local que ela se verifique.

O Sr. - Presidente: - Tem a palavra a Sr. a Deputada Maria Emília de Melo.

A Sr.ª Maria Emília de Melo (PS): - Sr. Presidente, pedi a palavra para apenas dar um pequeno esclarecimento à Câmara.

Há uma ou duas semanas estiveram aqui na Assembleia alguns representantes da freguesia da Parede e eu e os meus camaradas Aquilino Ribeiro Machado
e Armando Bacelar tivemos uma conversa com eles, na qual o problema que tem estado em discussão foi levantado.
Infelizmente também tenho conhecimento desse mesmo problema noutros locais e é evidente que todos nós não podemos estar de acordo com este estado de coisas, na medida em que ele se traduz em perdas de vidas.
De qualquer forma, eu e os meus camaradas que referi tivemos a oportunidade de dizer a esses senhores que cá vieram que esse, é um problema que existe em todo o País, que vai exigir muito dinheiro, mas que terá de, ser resolvido e que obviamente a Câmara não pode começar com as obras sem que a CP arranque com elas em primeiro lugar e que, pela nossa parte, iríamos também junto da administração da CP diligenciar no sentido de tentarmos desbloquear esse processo, sabendo à partida que íamos, por outro lado, preterir outros que de algum modo são tão urgentes como estes e que o dinheiro não chega para todo o lado e que as coisas terão de se fazer a par e passo.

O Sr. António Pedrosa (PCP): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. António Pedrosa (PCP): - É só para dar um pequeno esclarecimento à Câmara.

O Sr. Presidente: - Faça favor.

O Sr. António Pedrosa (PCP): - Quando aqui se diz que estes problemas envolvem uma grande aplicação de verbas, apesar de na realidade assim acontecer não se pode esquecer um facto concreto: já existe uma esquematização de prioridades e já há verbas de certo modo distribuídas para essas, prioridades e o certo é que muitos desses projectos, alguns até já aprovados, não arrancam devido à burocracia dos diversos departamentos, quer governamentais, quer das outras estruturas, inclusivamente de alguns órgãos do poder local.
E aquilo que aqui foi dito de que nós temos de aceitar esta situação por falta de dinheiro não corresponde à realidade ou então fui eu que percebi- mal. Existem já verbas destinadas, existem projectos, e só a burocracia é que não permite o avanço deste processo. E quando nas passagens de nível em Lisboa se verifica uma medida de um morto por semana, penso que não há nada que justifique o não arranque destas obras.
As populações têm todo o direito de exigir que as obras se iniciem o mais rapidamente possível e não é só quando elas entram em formas de luta, que muitas vezes não nos parecem as melhores, que as obras se devem iniciar.
Pensamos que quando há projectos elaborados e verbas destinadas a burocracia tem de ser automaticamente anulada e que as obras têm de, ser iniciadas, porque o problema deixa de ser de ordem financeira para passar a ser de, má vontade contra as situações concretas que existem.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Robalo.

O Sr. Carlos Robalo (CDS): - Sr. Presidente, pedi a palavra para me associar àquilo que o Sr. Deputado António Pedrosa acabou de referir e para dizer à Sr.ª Deputada Maria Emília de Melo que espero bem que as pressões que venha a fazer junto da administração da CP tenham resultados positivos e que a definição de prioridades uma nova definição de prioridades não seja justificativa da perda de um número mais ou menos elevado de vidas.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra a Sr.ª Deputada Maria Emília de Melo.

A Sr.ª Maria Emília de Meio (PS): - Fico muito satisfeita por ver o Sr. Deputado do CDS em pleno acordo com o Sr. Deputado do Partido Comunista. É uma coisa que é bom ver registar-se de vez em quando ...

O Sr. Carlos Robalo (CDS): - Quando está em causa a vida das pessoas é assim, Sr.ª Dputada!

A Oradora: - Óptimo, Sr. Deputado. Penso que estou no direito de me regozijar. Não vejo nenhum mal nisso.
Simplesmente, gostaria aqui de sublinhar que eu não falei em pressões. O Sr. Deputado percebeu mal. O que eu disse, é que iríamos junto da CP servir, como Deputados que somos e na obrigação que temos de o fazer, de intérpretes desses desejos das populações e de tentarmos desbloquear um caso que é dos mais fáceis, dada a situação em que se encontra.