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2972 I SÉRIE - NÚMERO 90

que foi atingido este nosso direito em pleno exercício, sem que nada tivéssemos feito para o merecer.
Nesse sentido, desistimos da interpelação, agradecimento, no entanto, a cortesia do Governo, e retiramo-nos para apresentar à comunicação social, em conferência de imprensa, as nossas conclusões e as nossas propostas.

Neste momento, os Deputados do CDS-PP presentes abandonam a Sala.

O Sr. Presidente: - Para interpelar, a Mesa tem a palavra o Sr. Deputado Lino de Carvalho.

O Sr. Lino do Carvalho (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados. Como já tivemos ocasião de dizer, o PSD usou um direito regimental com expediente para interromper e desvalorizar, de forma insólita, um debate que não lhe interessava.
Insólito, em nossa opinião foi também o procedimento que rodeou as votações, tal como tivemos ocasião de referir, na medida em que a Mesa fez uma Segunda contagem em condições que, quanto a nós, não seriam legítimas, porque a fez com base num universo diferente.
A verdade é que o intervalo foi imposto nestas condições, criando um clima absurdo de desvalorização do debate e impedindo que a Câmara e os Deputados prosseguissem a discussão dos problemas da política agrícola portuguesa.
Além do mais, Sr. Presidente o PSD revela com esta atitude, medo do debate sobre os problemas da agricultura portuguesa.

Vozes do PCP e PS: - Muito bem!

O Orador: - O PSD, com esta atitude traz aqui a prova mais, que provada de uma irrecusável constatação, que é a falência da política agrícola do Governo e, por isso, o PSD procura esconder, interrompendo e procurando desvalorizar o debate.
Este é o sentido político da forma como o PSD se comportou neste debate, aliás, impedindo o Sr. Ministro de continuar a dar as explicações que tão pouco convincentemente estava a dar.
Nestas condições, Sr. Presidente, como o partido interpelante entendeu desistir da interpelação, pensamos que não estão reunidas as condições políticas para continuar o debate com a dignidade, que a matéria em discussão e que a Assembleia da República exigem e por isso, também abandonaremos a Sala.

Neste momento, os Deputados do PCP presentes abandonam a Sala.

O Sr. Antunes da Silva (PSD): - Quem é que tem medo?!

O Sr. Presidente: - Para interpelar a Mesa, tem a palavra o Sr. Deputado Almeida Santos.

O Sr. Almeida Santos (PS): - Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados. Quero também lamentar globalmente, sem fazer a exploração de tudo o que aconteceu. Penso que o partido maioritário demonstrou com se pode através de um incidente regimental, faltar ao respeito à Assembleia da República e aos adversários.
E na medida em que uma interpelação, sem interpelante não faz sentido, também abandonaremos a Sala, sem prejuízo de voltarmos para as votações que estão agendadas à hora que V. Ex.ª designar.

Neste momento, os Deputados do PS presentes, abandonam a Sala.

O Sr. Presidente: - Para uma interpelação, tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Castro.

A Sr.ª Isabel Castro (Os Verdes): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Tendo o Grupo Parlamentar do PSD conseguido, claramente, os seus objectivos nesta sessão plenária, ao desrespeitar uma iniciativa parlamentar importante de um grupo parlamentar da oposição, tendo conseguido desvirtuar a importância que ao Plenário deveria ser dada, como local privilegiado de debate e de confronto de opiniões; tendo demonstrado que convite tão mal com as críticas e com a diferença, e tendo o partido interpelante optado por não continuar a participar neste debate, julgo que faz sentido - e é essa a nossa posição - que todos os demais partidos da oposição se retirem desta interpelação, que assim, o PSD conseguiu boicotar.

Neste momento, os Deputados de Os Verdes Presentes abandonam a Sala.

O Sr. Presidente: - Para uma interpelação, tem a palavra o Sr. Deputado Pacheco Pereira.

O Sr. Pacheco Pereira (PSD): - Sr. Presidente, e Srs. Deputadas - e espero que aqueles que não estão aqui estejam a ver pela televisão -, quero, em primeiro lugar, recusar liminarmente, o processo de intenção feito pelos partidos sem particular pelos da oposição. Ainda por cima incidia sobre matéria que não tinha directa relevância com o que se estava a discutir no Plenário, mas que tinha actualidade, contrariamente à prática de outros partidos da oposição, como o CDS-PP, que já tem interrompido os trabalhos parlamentares para fazer conferências de imprensa sobre a matéria que, nessa altura, está a ser discutida no Plenário, o que do nosso ponto de vista, significa, isso sim, uma desvalorização dos trabalhos parlamentares.
Em segundo lugar, quero afirmar a nossa inteira disponibilidade para continuar este debate em qualquer altura e, nesse sentido, informámos o Sr. Presidente que tomaremos a iniciativa ao abrigo do artigo 245.º do Regimento, de pedir a realização de um debate sobre a mesma matéria, exactamente para que os partidos da oposição não tenham o pretexto de dizer que pretendemos fazer com que não se discutam as matérias relevantes. Pelo contrário, queremos que as discutam e estamos dispostos a dar-lhes o tempo que necessitaram para a fazerem. Porém, só espero que, nessa altura tenham a coragem de vir aqui fazê-lo e não a cobardia que agora mostraram em relação a esta matéria.

Aplausos do PSD.

Sr. Presidente, a nossa conferência de imprensa, que, aliás, decorreu no tempo que programámos, 15 minutos, no máximo, e que, evidentemente, apenas perturbou os trabalhos parlamentares devido às questões que, a seu respeito, foram colocadas e pelas quais, obviamente, não somos responsáveis.
Lamentamos que a oposição, à falta de debate político, que, pelos vistos, não deseja não deseja não só quando não quer que