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27 DE OUTUBRO DE 1994 125

propostas de resolução. Eis a razão de estarmos aqui a discuti-las.
Devo dizer que eu próprio também não gosto muito do texto deste Acordo, talvez seja pouco sensível à nossa linguagem.

0 Sr. Marques da Costa (PS): - Muito bem!

0 Sr. Presidente: - Ele foi feito, seguramente, a partir do castelhano, mas poderia ter sido burilado de outra maneira, a tradução poderia ter sido mais perfeita... Mas, enfim, também não vem qualquer mal ao mundo por isso. Apercebemo-nos das dificuldades e já foram aqui levantadas algumas questões. Parece, por isso, não haver qualquer razão para continuarmos indefinidamente este ponto.

Vozes do PCP: - Muito bem!

0 Sr. Rui Gomes Silva (PSD): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.

0 Sr. Presidente: - Faça favor.

0 Sr. Rui Gomes Silva (PSD): - Sr. Presidente, peço a palavra para, em primeiro lugar, salientar a dignidade da intervenção de V. Ex.ª, e a confirmação dada pelo Sr. Deputado Narana Coissoró, em relação à forma de agendamento, e, em segundo lugar, o Deputado Marques da Costa...

0 Sr. Presidente: - Sr. Deputado Rui Gomes Silva, a Mesa já deu uma explicação sobre o agendamento e não tem muito mais a acrescentar. Não se esqueça de que está a interpelar a Mesa, Sr. Deputado.

0 Orador: - Sr. Presidente, estou a interpelar a Mesa por uma razão muito simples: entendo que esta questão só pode ser levantada quando temos, em relação ao Partido Socialista, a imagem de vários coordenadores, de várias pessoas que divulgam e que, no fundo, tentam falar pela voz do Partido Socialista. É o Partido Socialista multifacetado. São os vários governos-sombra do Partido Socialista. São os tais três governos-sombra que aqui nos poupariam se tivessem coordenado as suas atenções e percebido que nada disto se passa sem o consenso na Conferência dos Representantes dos Grupos Parlamentares.
Uma última palavra, Sr. Presidente, só para dizer que não gosto de ser "muralha de aço"! Não sou, nunca fui nem nunca tive nada a ver com outras "muralhas de aço"!
A única coisa que o Partido Social Democrata tem feito na Comissão de Negócios Estrangeiros, Comunidades Portuguesas e Cooperação é viabilizar todos os pedidos de deslocação de membros do Governo à Comissão feitos pelo PS. Nunca, até hoje, votámos contra uma audiência a um membro do Governo. Portanto, não sou nenhuma "muralha de aço" e nunca gostei de o ser.
Sr. Deputado Marques da Costa, perdoar-me-á, mas não venho desses lados, nunca tive nada a ver com "muralhas", com "aços" e muito menos com "muralhas de aço" do camarada Vasco.

Aplausos do PSD.

0 Sr. Alberto Costa (PS): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.

0 Sr. Presidente: - Faça favor.

0 Sr. Alberto Costa (PS): - Sr. Presidente, só não desisti do uso da palavra por causa da última interpelação do Sr. Deputado Rui Gomes Silva, pois quero desfazer um equívoco.
Há pouco, eu não disse que nós, Partido Socialista, não tínhamos dado anuência às modificações da ordem do dia, como evidentemente teríamos de dar. Parece ter havido aí um mal entendido. Nós demos anuência.

0 Sr. Luís Geraldes (PSD): - Então, se deram, por que é que falaram?!

0 Orador: - Apenas pretendi dizer que as circunstâncias que conduziram às modificações dos agendamentos não tinham sido da nossa responsabilidade. Só isso! Portanto, parecia-nos...

0 Sr. Narana Coissoró (CDS-PP): - Foi por causa do debate que VV. Ex.ªs pediram!

0 Orador: - Era exactamente sobre isso que queria dar um esclarecimento.
A aceitação da ideia de um debate sobre o sistema de informações não implicava, a não ser do ponto de vista da estratégia do Governo, que os restantes diplomas vetados tivessem de ser desagendados.

0 Sr. Narana Coissoró (CDS-PP): - 15so foi feito por consenso!

0 Orador: - E foi só isso o que quis dizer há pouco. Não quero amplificar o incidente, de maneira alguma. Mas não há dúvida que não pus em causa a nossa anuência nem pretendi fazer um incidente em torno disto. Pretendi apenas esclarecer o facto de as circunstâncias não serem da nossa responsabilidade.

Vozes do PS: - Muito bem!

0 Sr. João Amaral (PCP): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.

0 Sr. Presidente: - Faça favor.

0 Sr. João Amaral (PCP): - Sr. Presidente, pedi a palavra porque até parecia mal não fazer também uma interpelação, de maneira que faço-a para podermos demorar um bocadinho mais esta conversa!...
Aproveito para perguntar ao Sr. Presidente se sobre a matéria em debate há mais alguma inscrição.

0 Sr. Presidente: - Aí está uma interpelação à Mesa.
Respondo-lhe dizendo que há uma inscrição do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, a quem dou, desde já, a palavra.

0 Sr. Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas: - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Ouvi todas as exposições com o maior interesse, mas permitam-me que me centre um pouco mais na questão de fundo colocada pelo Sr. Deputado Adriano Moreira.
Efectivamente, penso que vai um pouco à revelia da tradição portuguesa e, sobretudo, da nossa sensibilidade, como já aqui foi dito, nomeadamente pelo Sr. Presidente, a aplicação de alguma terminologia usada neste Acordo. Mas temos uma dificuldade, relativamente à qual devemos, em meu