O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

2562 I SÉRIE-NÚMERO 74

Também gostaria de agradecer aos Deputados dos outros partidos que muito amavelmente se associaram a este voto, porque este acontecimento neste ano, em que todos estamos felizes por acontecimentos que, de um modo ou de outro, vêm enriquecer o nosso património colectivo comum, vem marcar decisivamente - esperamos que sim e para nós, do Porto, certamente que sim - o início do novo século.
Creiam, Sr. Presidente e Srs. Deputados, que este orgulho de ser portuense se traduz, muitas vezes, de formas nem sempre compreensíveis por todos. Neste momento, estou certo de que VV. Ex.as, os outros que não nasceram nem vivem no Porto, compreendem as fundadas razões que temos para o enaltecermos e vincarmos, e para que esta Assembleia da República assinale devidamente a possibilidade que nos foi conferida, depois de muito trabalho.
Uma palavra final para dizer que também gostaria de associar a esta congratulação a Vereadora da Cultura da Câmara Municipal do Porto, Dr.ª Manuela de Melo, e ó Professor Álvaro Domingos, que foi o encarregado do dossier que apresentámos ao Conselho de Ministros da Cultura da União Europeia e que acabou por merecer o apoio dos outros Estados membros.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro da Vinha Cosia:

O Sr. Pedro da Vinha Costa (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Peço a palavra para, em nome do Grupo Parlamentar do PSD, em nome de todos os Deputados do PSD eleitos pelo círculo eleitoral do Porto e, obviamente, também em meu nome pessoal, nos associarmos a este voto de congratulação por este importante acontecimento, aliás, já esperado, mas digno do nosso reconhecimento e da nossa congratulação.
É de facto motivo de orgulho e de satisfação, pela cidade e pela sua história, pelo reconhecimento da importância da cidade do Porto e da sua história, aquilo que hoje teve lugar com esta decisão. Por isso, evidentemente, todos nós, Deputados nesta Câmara, e muito em particular os Deputados do Porto, estaremos com certeza orgulhosos e satisfeitos com essa decisão, até porque, para além da importância do reconhecimento do papel do Porto e da sua história, este acontecimento pode ser um importante motor de desenvolvimento para a cidade e para a Área Metropolitana do Porto. Esperamos sinceramente que assim seja, sob pena de estarmos a perder e a adiar mais uma oportunidade.
O PSD já hoje, pela voz do seu presidente, o Professor Marcelo Rebelo de Sousa, teve ocasião de anunciar que está disponível para elencar uma série de necessidades que importa serem supridas, para as quais importa que o Governo encontre os meios de financiamento, e que irá, muito brevemente, apresentar este mesmo elenco de investimentos públicos que terão necessariamente de ser feitos na cidade do Porto e lia sua Área Metropolitana como única forma de conseguirmos potenciar esta importante decisão, que só terá de facto importância na vida das pessoas se se assumir como um motor de desenvolvimento, como catalisador do investimento que tanto tem fugido à cidade do Porto e à sua área metropolitana.
Mas, Sr. Presidente e Srs. Deputados, permitam-me que, socorrendo-me aqui daquele ditado popular que diz que "gato escaldado de água fria tem medo", faça aqui um apelo no sentido de que se resista à tentação de pessoalizar este evento.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Se não se resistir a essa tentação, correremos o risco de que o Porto Capital da Cultura venha a ter o mesmo destino que teve o metropolitano da cidade do Porto. Isto é, que se façam duas ou três exposições de cartão, à porta de um qualquer edifício público, sem que, disso a cidade e as suas gentes venham a beneficiar coisíssima nenhuma.

Vozes do PSD: - Muito bem!

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado João Amaral.

O Sr. João Amaral (PCP): - Sr. Presidente e Srs. Deputados, em primeiro lugar, em nome do Grupo Parlamentar do PCP, quero saudar a população do Porto e as suas autoridades, desde logo, a sua Câmara e todos os autarcas, pelo facto de o Porto ser uma das capitais europeias da cultura no ano 2001.
Creio que isso é importante para o .Porto porque esta cidade está numa região que merece, de todos nós, um olhar mais atento do que aquele que lhe tem sido dado.
Sei que, para muitos que vivem na área de Lisboa, muitas vezes, parecem excessivas as afirmações que vêm do norte de que é discriminado. Porém, creio que é prudente compreender que o norte se pode sentir discriminado e é importante que a acção política geral promova outras regiões do país, incluindo o norte. É importante não só investir-se como também dar-se capacidade a essas outras regiões, incluindo o Porto, para se tornarem pólos de desenvolvimento do nosso país.
Como disse o Sr. Deputado José Saraiva, associámo-nos ao voto subscrito pelo Partido Socialista - o que num ou noutro ponto sé nota, pela sua redacção - porque este era o momento de expressarmos em conjunto a nossa satisfação.

A Sr.ª Maria Celeste Correia ( PS): - Muito bem!

O Orador: - Todavia, quando, como se faz no voto do Partido Socialista, se invocam alguns nomes, corre-se sempre o risco de esquecer outros. Quem invocar escritores como Agustina e Eugénio de Andrade pode esquecer, por exemplo, Mário Cláudio. Quem invoca um arquitecto como Sisa Vieira pode esquecer Alcino Soutinho ou Fernando Távora, que são grandes arquitectos também. Quem fala de Júlio Resende pode estar a esquecer José Rodrigues.

O Sr. José Magalhães. - E muitos outros!

O Orador: - Quem fala de muitas artes, pode esquecer, por exemplo, a música e um intérprete como Burmester ou um criador e intérprete - por que não dizê-lo aqui - como o Pedro Abrunhosa, que tão bem caracteriza as gentes do norte.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Orador: - O Porto da cultura não há de ser só 0 Porto de uma forma de cultura, tem de ser também a afirmação da cultura popular, em todas as suas vertentes. Por isso, à gente e à Câmara do Porto, desejo que a realização de 2001 seja devidamente apoiada, nomeadamente em termos financeiros, para que possa ser uma grande expres