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3504 I SÉRIE - NÚMERO 97

internacional - que ouvisse o que o senhor disse, em 1995, face à dimensão do deficit e da dívida - não deixaria de se rir profundamente.
Mas vamos a outras questões as árvores conhecem-se pelos seus frutos, e eu quero que este Governo seja julgado pelos seus frutos, pela forma como os portugueses hoje vivem melhor, pela forma como Portugal está melhor.
Diz o Sr Deputado que nós não seremos conhecidos por nada, que ninguém recordará nada nem qualquer decisão deste Governo Olhe, dou-lhe dois exemplos simples, em duas áreas tão diversas um primeiro, por termos tido a coragem, contra a sua vontade, de instituir o rendimento mínimo garantido...

Aplausos do PS.

...que - e sendo o Sr. Deputado tão sensível às pessoas -, por acaso, atinge 400000 pessoas no nosso país. Penso que seremos recordados por essa medida e por essa decisão.

Aplausos do PS.

Noutro plano completamente diferente, estou certo de que o mundo não esquecera, como a UNESCO não esqueceu, o Governo que teve a coragem de mandar parar as obras de uma barragem em Foz Côa, onde já se tinham gasto mais de 20 milhões de contos, para preservar algo que, hoje, é reconhecido como património da humanidade.

Aplausos do PS.

E se o Sr. Deputado quer falar em estradas de alcatrão, e tão simples vá ate ao Algarve, o Algarve de que falou.

O Sr. Luis Marques Mendes (PSD): - A via do Infante!

O Orador: - Quando os senhores deixaram de ser Governo sabem até onde ia a auto estrada do Algarve? Até á Marateca. Ora hoje, diga lá se não lhe dá imenso jeito passar pela ponte de Grândola! E não me venha dizer que é uma ponte de papel porque, senão, já lá teria caído.

Risos e aplausos do PS.

E uma das obras mais notáveis da engenharia portuguesa e foi feita em tempo record. Mas há algo que quero dizer-lhe...

O Sr Presidente:- Agradeço lhe que termine, Sr. Primeiro Ministro.

O Orador - Vou terminar, Sr Presidente: Quero dizer lhe, com toda a clareza, que este Governo ao contrário do que anteriormente sucedia, não faz estradas de qualquer maneira! Hoje não se fazem estradas de qualquer maneira!

Protestos do PSD.

Quero que fique claro entre nós que o crime paisagístico e ambiental que é a travessia das serras de Aire e Candeeiros pela auto-estrada Lisboa/Porto, é algo que o meu Governo nunca fará, mesmo que isso obrigue ao atraso de obra importante.

Aplausos do PS.

Por isso se atrasou a auto-estrada do Algarve e a via do Infante. Por razões de natureza ambiental, que honram o Governo e honram Portugal na comunidade internacional.

Aplausos do PS.

Mas esteja descansado que os concursos estão abertos e em lançamento e as obras vão prosseguir.
Termino, dizendo-lhe, acerca da localização do aeroporto, que a Sr.ª Ministra do Ambiente proferirá um despacho, que, como sabe, está anunciado para o final deste mês, sobre a decisão final nessa matéria.

Aplausos do PS.

O Sr. Azevedo Soares (PSD): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr Deputado .

O Sr Azevedo Soares (PSD) - Sr Presidente,

Protestos do PS.

O Sr. Presidente:- Srs. Deputados, agradeço que façam silêncio - e dirijo-me a todos os Srs. Deputados Boicotar, pelo ruído, a palavra a quem está no uso dela, não é maneira de prosseguirem os nossos trabalhos.
Faça o favor, Sr Deputado Azevedo Soares.

O Orador: - Sr. Presidente, o Sr. Primeiro-Ministro fez aqui acusações graves ao Parlamento, nomeadamente à minha pessoa, enquanto presidente da Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar à Gestão Governamental dos Serviços de Informações e à sua relação com Actividades de Polícia.

Protestos do PS

O Sr Presidente: - Srs. Deputados, uma vez mais, peço que façam silêncio E não me obriguem a estar sempre a fazer este pedido, porque acho que devem ser os senhores a ter essa preocupação.
Faça favor de continuar, Sr Deputado.

O Orador: - Se o Sr. Primeiro-Ministro tem provas de que eu ou algum Deputado da comissão de inquérito violou a lei, tem a obrigação de denunciá-lo aqui e agora.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Se não tem, tenho de deduzir que o Sr. Primeiro-Ministro veio aqui a esta Casa lançar boatos, dúvidas e injúrias sobre uma comissão de inquérito e o seu presidente.

Aplausos do PSD.

O Sr Primeiro-Ministro: - Sr Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa