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24 DE JUNHO DE 1999 3525

vez por todas, se abandonou o método da decisão casuística e quase sempre inapropriada e optou-se por um trabalho de fundo, tendo em vista dotar o País das infra-estruturas realmente necessárias. Não dos «elefantes brancos», que o Dr. Durão Barroso veio aqui reclamar mas, sim, das infra-estruturas reais que servem para resolver os problemas concretos com que o País se defronta e que concorrem decisivamente para a modernidade, para o desenvolvimento e para a melhoria das condições de vida dos portugueses.

Aplausos do PS.

Fomos capazes, no essencial, de levar a cabo, também nesse domínio, simultaneamente, uma política rigorosa mas ambiciosa/empreendedora. E se dúvidas subsistissem quanto a isso, a intervenção do Primeiro-Ministro foi esclarecedora. Fizemos mais e fizemos melhor! Fizemos mais, e basta uma pura comparação quantitativa para retirar essa ilação, mas fizémos melhor, porque fizémos de forma planeada, porque fizémos de forma rigorosa, porque fizémos de forma a ir ao encontro das reais necessidades do País e não para garantir inaugurações em vésperas de eleições legislativas, como acontecia, infelizmente, no passado, quando o PSD tinha responsabilidades governativas em Portugal!

Aplausos do PS.

Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Sr.ªs e Srs. Deputados: Um balanço do estado da Nação há-de ser, como recordou também o Sr. Primeiro-Ministro, de alguma forma, um balanço do estado da oposição. E o que hoje pudemos aqui observar, ouvindo atentamente o Sr. Deputado Durão Barroso, é que, pretendendo ele ser o sucessor do Sr. Eng.º António Guterres como Primeiro-Ministro de Portugal, não logra, afinal, ser mais do que um mero aspirante a sucedâneo do Sr. Eng.º António Guterres!
Verdadeiramente, o Sr. Dr. Durão Barroso não trouxe hoje, aqui, nada de novo. Quando pensava trazer algo de novo, quando pensava inovar, estava apenas a plagiar e, quanto ao resto, trouxe as mesmas características, a mesma arrogância, a mesma incapacidade de compreender o País em que se encontra, a mesma incapacidade de olhar com sentido crítico para a realidade.
No passado, quando estavam no poder, construíram a teoria do oásis; hoje, que estão na oposição, constróem a teoria absolutamente contrária.
Sr. Dr. Durão Barroso, Portugal não é um oásis, mas também não é, nem nunca foi, um pesadelo! Portugal é o esforço constante dos portugueses, é a iniciativa constante de todos os portugueses! Portugal é este esforço, nas mais diversas áreas, que nos permitiu, ao longo de séculos e séculos de história, vencer tantos desafios, superar tantas dificuldades e garantir a ocupação de um lugar privilegiado no concerto das nações!

Aplausos do PS.

Sr. Deputado Durão Barroso, esse é que é o verdadeiro Portugal! E é para esse Portugal que falamos e é em função desse Portugal e dos portugueses que este Governo tem agido e tem governado.
Sr. Deputado Durão Barroso, nós não cairemos no vosso erro, o erro do autismo. Quem exerce o poder tem, muitas vezes, tendência para ceder à tentação do autismo. Quando estão no poder, tudo está no melhor dos mundos, mas nós temos a noção de que não vivemos no melhor dos mundos possível.
Nós temos a noção que ainda há muitos problemas. Nós temos a noção que ainda há muitas dificuldades. Nós temos a noção que ainda há um esforço enorme à nossa frente. E essa é a razão de ser da nossa acção quotidiana e foi certamente por isso que o Sr. Primeiro-Ministro não quis fazer aqui um discurso de balanço e fez também um discurso prospectivo em relação ao futuro.
Do que os senhores gostariam - e o senhor, particularmente - seria de encontrar aqui um Governo esgotado, sem iniciativa, sem perspectiva, mas enganaram-se! Encontram um Governo orgulhoso do que fez, tranquilo em relação ao que foi realizado mas voltado para o futuro e empenhado em resolver os problemas que se colocam ao País.

Aplausos do PS.

Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Sr." e Srs. Deputados: Temos razões para encarar o trabalho que foi levado a cabo nos últimos quatro anos com a consciência tranquila. Cumprimos os objectivos que nos tínhamos proposto alcançar. Aquilo que tínhamos dito que seria uma prioridade materializou-se, de facto, numa prioridade da acção do Executivo liderado por V. Ex.ª. Desautorizando as previsões apocalípticas da oposição, o Governo esteve à altura das expectativas nele concentradas e cumpriu, alcançou os objectivos que se tinha proposto alcançar.
Há razões para olharmos para este passado com sentido da realização política, mas há, sobretudo, razões para, olhando para o passado, encontrarmos um lenitivo para enfrentar com mais convicção o futuro!
O povo português vai, dentro de alguns meses, ser, de novo, chamado a pronunciar-se acerca dos destinos de Portugal. Cumpre-se uma legislatura e, no final da mesma, o País terá oportunidade de avaliar e de julgar - de julgar o que se fez e o que não se fez e de avaliar as propostas que serão apresentadas.
Vamos partir para esse combate tranquilos e empenhados, sem altivez e sem arrogância. O País já percebeu, os portugueses já compreenderam que essas não são as características do PS, essas são, precisamente, as características do PSD, que as tinha quando estava no poder e que, pelos vistos, as mantém integralmente, agora que está na oposição!

Aplausos do PS.

Sr. Primeiro-Ministro, as minhas últimas palavras neste debate são palavras de incentivo do Grupo Parlamentar do PS em relação ao futuro. Por muito que se tenha feito, há ainda mais coisas para fazer. Por muitos problemas - e muitos foram, certamente - que tenham ficado resolvidos, haverá novos problemas a enfrentar no futuro, e nós estamos absolutamente certos de que o Sr. Primeiro-Ministro, o Sr. Eng.º António Guterres, é hoje o português mais habilitado, como era há quatro anos, para liderar o Governo de Portugal, no momento em que o Pais se prepara para enfrentar os maiores desafios, neste momento simbólico de transição de século!

Aplausos do PS.