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professores, devo dizer-lhe que muitas das questões que colocou em relação à estabilidade e à vinculação implicam respostas de fundo na reorganização do sistema de colocação para serem resolvidas, sendo esta também uma prioridade política essencial e imediata deste Governo.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Rosado Fernandes.

O Sr. Rosado Fernandes (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr. Ministro da Educação, ontem tivemos aqui um debate sobre fogos florestais. E eu já insisti com o Dr. Guilherme d' Oliveira Martins na possibilidade de se utilizar a biomassa no aquecimento das escolas. Todos sorriem, porque não sabem o que é a biomassa; aliás, já conheci pessoas do Governo que também não sabem o que isso é.

Risos do CDS-PP e do PSD.

A biomassa, Sr. Ministro, é o produto da floresta e pode ser utilizada no aquecimento das escolas de uma forma relativamente barata, na medida em que é o resultado da limpeza da floresta e os aparelhos de aquecimento são relativamente baratos. Por exemplo, com 1000 contos já se consegue aquecer uma sala bastante grande.
Peço-lhe, Sr. Ministro, que pense numa destas hipóteses na medida em que a educação pode colaborar com a agricultura e com a limpeza da floresta.
Por outro lado, sei que, do ponto de vista psíquico, há dificuldades em fazer com que as famílias portuguesas gostem dos ensinos tecnológico e profissional, pois consideram-nos uma despromoção. Sabia-se no Quem tem farelos? que o fidalgo português preferia passar fome em casa e comer rábanos e sair com dois criados para a rua!
Sr. Ministro, não seria bom tentar-se fazer uma discussão pública sobre a necessidade de, a montante do ensino universitário, desviar-se alunos para os ensinos tecnológico e profissional, para profissões muito bem remuneradas, nobilitando-as? A verdade é que há muitas possibilidades de nobilitar essas profissões, basta dar-lhes a real importância, a importância que se dá a um licenciado, que, muitas vezes, não merece.
Esta é uma sugestão que faço ao Sr. Ministro e gostaria de saber o que pensa sobre ela. Sei que há dificuldades, mas não gostaria que houvesse a tal «canibalização» de que se falou há pouco entre os ensinos tecnológico e profissional, pois é uma situação absolutamente ridícula. Talvez até fosse bom que, em vez de haver tantas vertentes, se encontrasse maneira de haver só uma, mesmo com toda a filosofia que querem aplicar a todas essas vertentes tecnológicas, que são, para mim, o resultado do lobby dos filósofos. Se conseguem ter esse resultado, até os felicito por isso, mas os coitados dos alunos de mecânica é que não gostarão muito da graça. De qualquer modo, isso é convosco!

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

A Sr.ª Isabel Castro (Os Verdes): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Isabel Castro (Os Verdes): - Sr. Presidente, eu fiz três perguntas ao Sr. Ministro da Educação, mas ele só respondeu a uma. Não sei se isto aconteceu por um problema de tempo, mas, se assim foi, o Partido Ecologista «Os Verdes» cede algum tempo dos 4 minutos de que dispõe para que possa responder às duas questões em falta.

O Sr. Presidente: - Sr.ª Deputada, por várias vezes tenho esclarecido que essa não é matéria de interpelação, pela simples razão de, existindo o direito de fazer perguntas, não existir o direito à resposta a todas as perguntas.

A Sr.ª Isabel Castro (Os Verdes): - Ai não?!…

O Sr. Presidente: - Quem responde, fá-lo como entende e quem pergunta também o faz como entende.
Srs. Deputados, já por várias vezes temos focado este aspecto, e, portanto, peço-vos que não voltem a fazer interpelações com este conteúdo, porque não são verdadeiras interpelações.
Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Ricardo Fonseca de Almeida.

O Sr. Ricardo Fonseca de Almeida (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Ministro da Educação, começo por desejar-lhe toda a sorte, visto ser a primeira vez que está neste Plenário como Ministro, mas também tenho de dizer-lhe, com toda a frontalidade, que estava à espera de mais da sua intervenção, no mínimo de respostas para os problemas que todos sabemos existirem.
O Sr. Ministro referiu-se ao facto de estarmos num ciclo. Lembro que, no último ano, tivemos três ministros da Educação, pelo que não estamos perante um ciclo mas um «triciclo»!

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - O problema prende-se com a velocidade. O Sr. Ministro não consegue tirar o nosso país dos últimos lugares da União Europeia em termos de conhecimento, porque imprimiu uma velocidade muito lenta. O que é que o Sr. Ministro tem a dizer à forma medieval e arcaica dos miniconcurso, a que todos assistimos? Onde estão as novas tecnologias que todos os Ministros do Governo socialista têm apregoado? Onde é que estão os computadores? Pelos vistos, os computadores existem, mas os senhores não os sabem ligar! E o Sr. Primeiro-Ministro já demostrou aqui que não sabia o que era a @. Portanto, o que me parece é que os membros do Governo são uns «info-excluídos», mas esta realidade tem de mudar!

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - O que é que o Sr. Ministro tem a dizer face a esta realidade? O que é que vai mudar para o ano? Os miniconcursos vão ter o mesmo cenário deste ano? O Sr. Ministro sabe que a maior parte dos professores, se não a totalidade, que ficaram de fora são oriundos do ensino público?! O que é o Sr. Ministro tem a dizer sobre isto? Já anteriormente o Sr. Ministro era responsável por esta área e, obviamente, como Ministro, continua a ser. Qual é o caminho? Qual é a estratégia?
Mudando de área, pergunto: quais irão ser as consequências da avaliação, que surgiu há seis anos?