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O Sr. Presidente: - Mas, Sr. Deputado, sabe que as defesa da consideração pessoal e da bancada são exercidas em momentos diferentes.

O Sr. Manuel dos Santos (PS): - Exactamente!

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado remeteu para a minha memória, mas, apesar de tudo, agradecia-lhe que caracterizasse a matéria que considera ofensiva.

O Sr. Manuel dos Santos (PS): - Entre outras coisas, Sr. Presidente, o facto de o Sr. Deputado Paulo Pereira Coelho ter referido que a Sr.ª Deputada era «a voz do dono»,...

O Sr. Paulo Pereira Coelho ( PSD): - Eu não disse isso!

O Orador: - … que estava apenas a ler aqui…

Protestos do PSD.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, façam o favor de ouvir em silêncio!
Sr. Deputado Manuel dos Santos, faça o favor de prosseguir a sua explicação.

O Sr. Manuel dos Santos (PS): - Sr. Presidente, afirmei que o Sr. Deputado Paulo Pereira Coelho insinuou que a Sr.ª Deputada Teresa Coimbra estava a transmitir um recado que outros lhe tinham encomendado.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - A explicação é essa.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Manuel dos Santos (PS): - Sr. Presidente, a defesa da consideração está feita. Penso ser inaceitável e fora de todas as praxes parlamentares que o Sr. Deputado Paulo Pereira Coelho utilize este estilo de argumentação, sobretudo num debate desta natureza.

O Sr. Joel Hasse Ferreira (PS): - Ele não sabe fazer outra coisa!

O Orador: - O Sr. Deputado Paulo Pereira Coelho disse que o PS e o Governo querem rapidamente esquecer o pesadelo, tendo sido essa a única coisa certa que disse na sua intervenção. De facto, nós queremos rapidamente esquecer o pesadelo! Sabe como? Resolvendo os problemas, que foi o que o Governo fez até agora e continuará a fazer.

O Sr. Joel Hasse Ferreira (PS): - Muito bem!

O Orador: - É assim que nós queremos esquecer o pesadelo, Sr. Deputado Paulo Pereira Coelho. Foi a única coisa certa que o senhor disse!

O Sr. Paulo Pereira Coelho ( PSD): - Tem de lá ir para ver como é!

O Orador: - O senhor sabe perfeitamente que há imensos Deputados - aliás, qualificadíssimos -, de todas as bancadas, que utilizam muitas vezes o estilo de intervir com documentos escritos ou, pelo menos, com apontamentos. Não o farão os mais experientes, não o farão os mais conhecidos, mas, de uma maneira geral, essa prática é utilizada. E, pelo facto de se ler um documento - até porque as suas intervenções são previsíveis e, portanto, é fácil antecipar as respostas às suas questões -, nunca se viu ninguém insinuar que um Sr. Deputado ou uma Sr.ª Deputada estava aqui a falar em nome de outrem.
O Sr. Deputado foi, pois, muito deselegante, fez muito mal, e o apelo que lhe faço é que se levante e peça desculpa à Sr.ª Deputada.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Para dar explicações, se assim o entender, tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Pereira Coelho.

O Sr. Paulo Pereira Coelho ( PSD): - Sr. Presidente, naturalmente que vou referir-me à Sr.ª Deputada Teresa Coimbra porque, supostamente, ofendi a sua honra.
A Sr.ª Deputada sabe muito bem que, em circunstância alguma, me ocorreria agredi-la, fosse de que modo fosse.
Compreendo a incomodidade da bancada do PS nesta matéria. É evidente que, perante aquilo que se passou no Baixo Mondego, perante o que se está a passar, não é com palavras como as que ouvimos agora que as populações que lá estão e que sofreram na carne os efeitos daquela cheia nunca vista ficarão descansadas. Não é por os Srs. Deputados virem para aqui dizer que o Governo está a tratar do assunto - tomara que não estivesse a tratar, minimamente que fosse! É óbvio!... O problema é saber se está a tratar da maneira que deve ser tratado, se está a ouvir as pessoas que deve ouvir, se está a fazer participar quem deve participar e, mais - e a questão volta a ser colocada aqui com toda a pertinência -, como é que se pode tratar do assunto sem primeiro ter apurado as causas da catástrofe. Esta é que é a questão!
Até folgo em ver uma bancada que se diz laica, uma bancada que se diz fora de qualquer contexto religioso, apontar agora para S. Pedro como o causador de uma catástrofe! É evidente que o S. Pedro pode explicar muita coisa, mas não explica a dimensão das cheias que houve.
Para terminar, Sr.ª Deputada Teresa Coimbra, como é óbvio - a senhora conhece-me e sabe que, em circunstância alguma, não cometeria a indelicadeza de a beliscar, fosse de que modo fosse -, creia que, da minha parte, não houve qualquer intenção. Mas fica aqui o registo do seguinte: é que eu esperava, da sua parte, uma outra intervenção em defesa das populações do Baixo Mondego. Isso é que eu esperava! E lastimo imenso que a disciplina partidária seja mais forte e imponha outras regras.

Aplausos do PSD.

O Sr. Joel Hasse Ferreira (PS): - Essa foi uma baixa intervenção sobre o Mondego!

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Lino de Carvalho.

O Sr. Joel Hasse Ferreira (PS): - Agora, vem aí o marxista-leninista!

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - Sr. Presidente, Sr. Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Administração Interna, Srs. Deputados: A recente deslocação que