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24 I SÉRIE — NÚMERO 88

porque não resistiu aos negócios. Era bom que isso ficasse Não posso citá-lo totalmente, mas dir-lhe-ei o seguinte: esclarecido e que o Sr. Primeiro-Ministro nos dissesse se, ele afirmou de forma clara, há menos de um mês, com base efectivamente, há obras públicas sem concursos e se este em dados reunidos até Março, que o crescimento económi-Governo não resistiu aos negócios. co foi revisto e é superior àquilo que tinha sido previsto;

que a alteração da estrutura da procura interna é mais favo-O Sr. Sílvio Rui Cervan (CDS-PP): — Vejam lá que rável àquilo que tinha sido previsto; que, consequentemen-

escândalo! te, o défice da balança de transações está a melhorar, sobretudo se forem eliminados os efeitos de transferências O Orador: —Falou, depois, no TGV, e essa é uma menores que se verificaram no primeiro ano do III Quadro

discussão recorrente, porque já vamos na quinta ou sexta Comunitário de Apoio; que (veja lá, foi um dos pontos que versão da discussão sobre o TGV. Era bom que essa dis- o Sr. Deputado salientou!) o rendimento disponível das cussão se fizesse na opinião pública, onde está lançada, famílias cresceu 7%, nos dois últimos anos. porque já fizemos aqui, na Assembleia da República, qua- Sr. Primeiro-Ministro, queremos, em nome da bancada tro ou cinco discussões sobre o TGV. Mas faremos quantas do Partido Socialista, salientar a qualidade excepcional do mais VV. Ex.as quiserem, não é verdade, Sr. Ministro Ferro seu discurso. Rodrigues?

E, depois disso, ficou tudo na mesma e essa não enten- Risos do PSD e do CDS-PP. di. Não entendi como é que a quinta razão para se apresen- tar uma moção de censura é a de que ficou tudo na mesma! Mas, mais do que a qualidade excepcional do seu dis-

Bem, ouvindo agora o Sr. Deputado Fernando Rosas, curso, queremos salientar o verdadeiro programa político compreendi melhor a sua asserção sobre as duas linhas, que aqui apresentou. porque há, de facto, duas linhas claras e inequívocas.

O Sr. Presidente: —Terminou o seu tempo, Sr. Depu-O Sr. Fernando Rosas (BE): — Há mais! tado. Tem de concluir. O Orador: —Só que a intervenção do Sr. Deputado O Orador: —Termino imediatamente, Sr. Presidente.

Fernando Rosas, com o devido respeito, devia ser proferi- Queremos salientar, Sr. Primeiro-Ministro, o verdadei-da na Sala do Senado, durante um colóquio sobre o futuro ro programa político que aqui apresentou, em continuidade da esquerda e as ideologias envolventes da esquerda e não do que tem sido a sua acção, nos últimos anos, ao serviço num debate sobre uma moção de censura. de Portugal e dos portugueses.

O que está aqui em causa, Srs. Deputados do Bloco de É exactamente ao serviço dos portugueses e não pelo Esquerda, é saber se valeu a pena VV. Ex.as abdicarem de país real, que é uma concepção de extrema-direita, que V. um agendamento potestativo, que era caracterizado pela Ex.ª deve governar. É para os portugueses que V. Ex.ª apresentação de um conjunto vastíssimo de alterações à deve governar! legislação laboral, para fazerem este «número» ou esta prova de vida que aqui acabaram por fazer. Aplausos do PS.

Mas boa parte da vossa fundamentação está relaciona- da com questões económicas. Também aqui é preciso que O Sr. Sílvio Rui Cervan (CDS-PP): — O Sr. Primeiro-nos preparemos, sobretudo quando se apresenta um docu- Ministro até já está envergonhado! mento que sustenta uma moção de censura. E o que é dito sobre política económica no documento que justifica a O Sr. Presidente: —Apesar de o Sr. Deputado Manuel vossa moção de censura é completamente errado e desqua- dos Santos ter interpelado mais o Sr. Deputado Fernando lificado, do ponto de vista técnico, naturalmente, não do Rosas do que o Sr. Primeiro-Ministro, tenho de dar a pala-ponto de vista político. vra ao Sr. Primeiro-Ministro. Não posso dá-la ao Sr. Depu-

Bastava, aliás, que V. Ex.ª tivesse lido – leu tanta coisa, tado Fernando Rosas. e não leu o que devia ler! – e, já agora, ouvido o que o Tem a palavra, Sr. Primeiro-Ministro. Governador do Banco de Portugal, que é, obviamente, uma autoridade tecnicamente qualificada e independente em O Sr. Primeiro-Ministro: —Sr. Presidente e Srs. De-relação ao Governo, tem dito sobre… putados, gostaria de agradecer a prova de confiança do Sr.

Deputado Manuel dos Santos e do Grupo Parlamentar do O Sr. Fernando Rosas (BE): — Independente?! Partido Socialista,… O Orador: —Exactamente! O Sr. Deputado está a Risos do PSD e do CDS-PP.

ofender o Sr. Governador do Banco de Portugal! O Sr. António Capucho (PSD): — Foi inesperada! Risos do Deputado do BE Fernando Rosas. O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Uma verdadei-O Orador: —E não se devia rir! ra surpresa! Dizia eu que V. Ex.ª devia ter ouvido o que essa enti-

dade independente em relação ao Governo tem dito relati- O Orador: —… que, aliás, permite aos Srs. Deputa-vamente à situação económica. dos um momento de boa disposição, o que é sempre bom!