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30 DE MAIO DE 2001 23

ticos em vez de menos soluções para problemas sociais O Sr. Fernando Rosas (BE): — Sr. Presidente, sucede dramáticos. que em momento nenhum nós dissemos que a Coligação

Isto porque há aqui uma diferença fundamental. É que Social Democrata Oliveira era pior do que a Casa da Li-a si só lhe serve uma solução para toda a humanidade; a berdade berlusconiana, que ganhou as eleições. mim basta-me uma solução que toque a alguns dos homens e das mulheres em concreto, para que estes possam ser O Sr. Presidente: —Sr. Deputado, isso são tudo maté-beneficiados pela nossa presença efectiva na acção gover- rias de opinião, mas não são ofensivas da honra de nin-nativa. guém! Não lhe posso dar a palavra.

Vozes do PS: —Muito bem! O Sr. Fernando Rosas (BE): — Mas as pessoas ouvem e eu não posso responder, pelo que isto fica no ar! O Orador: —E essa é uma questão decisiva perante a

qual o Bloco de Esquerda tem de fazer uma opção, dizen- O Sr. Presidente: —Mas o Sr. Deputado terá mais do o que quer no sistema político português. Pode «cris- oportunidades! Se algum dia tem tempo para esclarecer o mar» todos como sendo o inimigo, dizendo até que uns são que quer dizer, é hoje. Exactamente pela figura a que piores do que os outros, como acaba de fazer ao dizer que recorreram terá muitas oportunidades. pior do que Berlusconi é a esquerda italiana, é a Oliveira!

O Sr. Fernando Rosas (BE): — Lá voltaremos, Sr. O Sr. Fernando Rosas (BE): — Eu não disse isso! Presidente. O Sr. Sílvio Rui Cervan (CDS-PP): — Pior é a Emma O Sr. Presidente: —Para pedir esclarecimentos, tem a

Bonino! palavra o Sr. Deputado Manuel dos Santos. O Orador: — A Oliveira pode ter cometido muitos er- O Sr. Manuel dos Santos (PS): — Sr. Presidente, Srs.

ros, mas sejamos claros: não há qualquer comparação entre Deputados, Srs. Membros do Governo, julgo que não a Oliveira e aquilo que se lhe seguiu na vida política italia- podíamos nunca pôr em causa, do ponto de vista regimen-na. E não é sequer justo, sabendo o que é hoje o complexo tal e do ponto de vista político, a iniciativa do Bloco de poder económico, mediático e político, responsabilizar Esquerda. Todavia, pelo menos do ponto de político, apenas os erros da Oliveira por aquilo que aconteceu em devíamos ser um pouco mais exigentes em relação a esta Itália. iniciativa, porque ela está mal fundamentada, está errada-

mente fundamentada. Vozes do PS: —Muito bem! Esperei com alguma expectativa o discurso inicial do Sr. Deputado Luís Fazenda, mas confesso que esse discur-O Orador: —Não é sequer justo dizê-lo de uma forma so me desiludiu profundamente. O Sr. Deputado Luís Fa-

tão simplista, porque, em Itália, foram feitas muitas coisas zenda, se o Sr. Primeiro-Ministro bem se recorda, citou positivas pela Oliveira que também devem ser reconheci- basicamente cinco pontos que depois desenvolveu, embora das, independentemente dos seus erros, tal como nós aqui pouco, para justificar a apresentação da moção de censura. também cometemos muitos erros. O primeiro ponto referiu-se à apresentação daquilo a que

Mas esta questão é central e, em relação a ela, os se- chamou um orçamento não sério. Julgo que o Sr. Deputado nhores têm de escolher posicionar-se, porque com o vosso Luís Fazenda se estava a referir a uma política orçamental actual posicionamento aquilo que fazem é limitar ainda que se caracterizou e definiu à partida como uma política mais a nossa margem de manobra e é ajudar ainda mais de desagravamento fiscal com consciência social. Foi a aqueles que entendem que, de facto, neste mundo concre- isso que V. Ex.ª chamou um orçamento não sério. to, que existe, embora com a vontade reformista de o trans- formar, a esquerda não tem o direito de governar. A Sr.ª Maria Celeste Correia (PS): — Exactamente!

Aplausos do PS. O Orador: —Depois, falou nas reformas, que não ti- nham em conta o pleno emprego, a qualificação e a forma-O Sr. Fernando Rosas (BE): — Peço a palavra, Sr. ção. Bem, a verdade é que, a não ser que o Sr. Primeiro-

Presidente. Ministro tenha uma natureza aqui e outra lá fora, se algu- ma coisa foi por ele lançada no debate europeu – e sou O Sr. Presidente: —Para que efeito, Sr. Deputado? testemunha disso, porque ainda há uma semana vim de um fórum internacional onde isso foi citado e comprovado de O Sr. Fernando Rosas (BE): — Para, sem recorrer a forma muito clara – foi exactamente a discussão em volta

uma habilidade excessiva do ponto de vista regimental, de uma nova qualificação do emprego e de um novo mode-defender a honra ou o ponto de vista legítimo desta banca- lo de desenvolvimento para a Europa. Não acredito, por-da, que foi deturpado pela intervenção do Sr. Primeiro- tanto, que o Sr. Primeiro-Ministro defenda soluções euro-Ministro. peias que, obviamente, não procure implementar em Por-

tugal. E nós sabemos que as tem aplicado. O Sr. Presidente: —Mas agradecia que me dissesse O Sr. Deputado falou ainda nas obras sem concurso, e

qual foi a expressão que ofendeu a honra da sua bancada. aqui há algo de grave. O Sr. Primeiro-Ministro foi objecto de uma acusação, porque, se há obras concurso, digo eu, é