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18 I SÉRIE — NÚMERO 88

objectivos para o País? Quando é que dá uma explicação ples: é a aquela que não deixa 65% dos estudantes do ensi-em relação à tal prometida reforma da despesa pública, ou no superior sem vaga no ensino superior público,… justifica por que razão é que, mais uma vez, adiou a pro- metida reforma da tributação do património? Quando é que Aplausos do PS. fixa objectivos credíveis para a inflação e para o cresci- mento económico? Quando é que tem a coragem de se … que investiu no ensino superior público e na acção comprometer pessoalmente e de assumir essa responsabili- social escolar, em vez de ter como paradigma e como dade perante o País? modelo a resolução do problema do ensino superior com

Sr. Primeiro-Ministro, não tire qualquer consequência cursos de papel e lápis feitos pelo sector privado à custa do optimista em relação a este debate. Se não há, hoje, um sacrifício das família, sobretudo das que, em Portugal, têm acordo em relação à moção de censura, não quer dizer que menos recursos. Esta é a nossa política. É a política que faz haja acordo em relação ao seu Governo. E se V. Ex.ª tem exames, ao contrário dos senhores, que acabaram com eles, dúvidas quanto a isso, tem uma forma de o clarificar. Sr. e que põe rigor nas escolas e na avaliação, ao contrário dos Primeiro-Ministro, se quer clarificar a sério, apresente uma senhores, que acabaram com ela. moção de confiança nesta Assembleia da República! As- suma essa responsabilidade! Aplausos do PS.

Devo dizer que o PSD não tem confiança na sua políti- ca nem no seu Governo e está preparado para, quando os Devo dizer-lhe, ainda, Sr. Deputado, em matéria de portugueses quiserem, oferecer uma alternativa, por um pintura, que gosto muito de pintura surrealista, sou um Portugal melhor. grande apreciador do surrealismo. Só que a nossa acção

governativa não tem a ver com o surrealismo. Mas a vossa Aplausos do PSD. acção de oposição tem a vantagem de ser claramente não figurativa, é arte abstracta pura, nunca se consegue perce-O Sr. Presidente: —Para responder, tem a palavra o ber o que é que os senhores querem!

Sr. Primeiro-Ministro, dispondo de 5 minutos para o efei- to. Aplausos do PS.

O Sr. Primeiro-Ministro: —Sr. Presidente, Srs. O Sr. Presidente: —Para pedir esclarecimentos, tem a

Deputados, Sr. Deputado Durão Barroso, devo dizer que palavra o Sr. Deputado Paulo Portas. esperava tudo menos ver o Sr. Deputado Durão Barroso apanhar esta «boleia» do Bloco de Esquerda para mostrar O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. que faz oposição e para recuperar algum atraso que no Primeiro-Ministro, gostaria de reservar para amanhã, último mês ganhou, ou perdeu, em relação ao Prof. Cavaco quando cá voltar, algumas questões estruturantes e vou Silva. contribuir para que o debate de hoje saia da política virtual

e regresse, como se diz agora, à vida real. Portanto, as Vozes do PS: —Muito bem! perguntas que tenho para lhe fazer têm a ver com a vida real. O Orador: —Aliás, devo dizer-lhe que o que há de

mais interessante nestas intervenções é ouvir o Bloco de Vozes do PS: —São os reallity shows! Esquerda dizer que temos um casamento com o PSD, em- bora vivendo em casas separadas, e ouvir o PSD dizer que O Orador: —E a primeira pergunta que lhe quero fa-estamos em união de facto com o Bloco de Esquerda, o zer diz respeito à preocupação, que, em vós, é recente, que me leva a perguntar se isto é um debate político ou sobre a situação das televisões. Não vou discutir se certos uma cena de ciúmes entre o PSD e o Bloco de Esquerda. programas são a causa ou o reflexo, porque, para mim, são

o reflexo de uma sociedade sem valores e sem heróis. Aplausos do PS. Vozes do CDS-PP: —Exactamente! É muito simples: nós temos políticas, e esse é o grande

problema do PSD. É que o PSD não tem políticas, diz mal O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Muito bem! daquilo que lhe convém em cada momento, mas não tem políticas nem tem estratégia. O Orador: —Não vou ter qualquer espécie de opti-

A nossa política de saúde, neste momento, está plas- mismo nem relativamente à regulação dos próprios, num mada numa lei de bases da saúde, que queremos saber se o mercado distorcido, nem em relação a uma tal Alta Autori-PSD vota a favor ou contra e quais as emendas tem em dade, que não é alta nem tem autoridade, como provam relação a essa proposta, ou se, como já foi dito pelo pró- largos anos de ineficiência. Já fui membro dela, por pouco prio Sr. Deputado Durão Barroso, no mesmo discurso, o tempo, e devo dizer-lhe que, desde esse momento, não PSD é simultaneamente a favor de um sector privado, que acredito naquela instituição. é complementar e concorrencial do sector público em Vou referir-me, com certeza, à circunstância de viver-matéria de Serviço Nacional de Saúde. Ou seja, é favor de mos num país onde, consabida e reconhecidamente, a Lei uma política e da sua contrária? Nós só temos uma! da Televisão não é aplicada ou, melhor, todos os dias, sob

Em matéria de educação, a nossa política é muito sim- a cumplicidade, conivência, inépcia e omissão do Estado, a