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30 DE MAIO DE 2001 17

amente, não temos proposta de governo nem de candidato Primeiro-Ministro, na justificação que deu, procurando a Primeiro-Ministro, o que, aliás, não é extraordinário, afirmar uma política de esquerda — e nesse aspecto já foi porque o CDS-PP também não tem. útil a moção de censura do Bloco de Esquerda —, tenha

querido dizer não que tem uma política de esquerda, por-Vozes do CDS-PP: —Tem, tem! que nisso ninguém acredita, mas que tenha querido sugerir que tem uma política. Qual é a política do Primeiro-O Orador: —Não tem! E por mais que nos tentem Ministro?! Qual é a política de saúde?! É a política da ex-

iludir, não tem, porque nem se quer se conseguem aliar ao ministra Maria de Belém Roseira ou é a política da actual Partido Social Democrata, não conseguem sequer encon- Ministra, que vem agora, com a pretensa lei de bases, su-trar um ponto comum de encontro nas vossas aventuras e gerir que é por causa dela que não toma as medidas que se desventuras da chamada AD. impõem para pôr a saúde a funcionar no nosso país?!

Portanto, Sr. Deputado, como vê, essa pergunta, faz de boomerang, não tem qualquer sentido e não o vi aqui, nem Vozes do PSD: —Muito bem! pode invocar isso, quando apresentou uma moção de cen- sura, depois de ter feito o Orçamento com o Partido Socia- O Orador: —Qual é a política do Sr. Primeiro-lista, invocar uma alternativa de Governo, não o vi aqui Ministro em matéria de educação?! É a política do ex-propor qualquer candidato a Primeiro-Ministro. Aliás, não ministro Marçal Grilo, que critica a actual orientação esta-se trata disso. Trata-se de, através das eleições antecipadas, tista e centralizadora, ou é a política de um ministro como poder clarificar os campos, poder apresentar as propostas e o actual, que é incapaz de reconhecer aquilo que é o mais dar a palavra aos portugueses. importante, que é a liberdade de apreender e de ensinar e a

Não temos uma versão de «pronto a apresentar ao elei- competição entre os diversos sistemas de ensino?! torado», temos propostas. Sempre dissemos que somos candidatos à oposição e que queremos fazer uma oposição Vozes do PSD: —Muito bem! responsável, construtiva, lutadora e exigente, dentro da esquerda plural que nos compete e na qual estamos inte- O Orador: —Qual é a política do Sr. Primeiro-grados. Ministro em matéria de obras públicas e transportes?! É o

Sr. Deputado, efectivamente, não podíamos estar mais TGV do ex-Ministro Jorge Coelho ou é o TGV do Minis-nos antípodas. Lamento é que seja em consequência das tro Ferro Rodrigues, que sempre vai custando mais 1000 questões que me coloca, porque qualquer delas cai como milhões de contos?! Mas o que é que são 1000 milhões de um boomerang e com maiores razões, com todas as razões, contos para este Governo socialista?! sobre o CDS-PP.

Vozes do PSD: —Muito bem! O Sr. Fernando Rosas (BE): — Muito bem! O Orador: —Qual é a política do Sr. Primeiro-O Sr. Presidente: —Para pedir esclarecimentos, tem a Ministro nas finanças? É a política do actual Ministro, que

palavra o Sr. Deputado Durão Barroso. responsabiliza o ex-ministro pelo despesismo descontrola- do, ou é a política do ex-Ministro Sousa Franco, que con-O Sr. Durão Barroso (PSD): — Sr. Presidente, Srs. sidera este um Governo sem política económica e sem

Deputados, Sr. Primeiro-Ministro, os portugueses que qualquer coerência em relação aos objectivos que se pro-estão a seguir este debate, esta cena doméstica dentro da põe para o País? esquerda, devem perguntar-se: esquerda, mais à esquerda, Não temos, hoje, política! Não temos linha de rumo, mais à direita? Para que é que serve esta disputa dentro da não temos objectivos, não temos estratégia! Ao fim e ao chamada esquerda? Seja de esquerda ou não, há um aspec- cabo, não temos Primeiro-Ministro. to que os portugueses sabem: este Governo não serve os interesses da maioria dos portugueses. Aplausos do PSD.

Vozes do PSD: —Muito bem! Estas contradições entre os diversos ministros dos dois governos ou do mesmo Governo do Eng.º Guterres são, de O Orador: —Mas, de qualquer forma, é significativo facto, surrealistas! É a palavra de que me lembro. E, deixe-

que mesmo o partido que tem vivido em união de facto me dizer-lhe, Sr. Primeiro-Ministro, que está patente no com o Governo queira demarcar-se dele. Permita-me que Museu do Chiado, desde a semana passada, uma magnífica lhe diga, Sr. Deputado Luís Fazenda, que esta moção de exposição dedicada ao surrealismo português e só lá falta censura é quase uma pílula do dia seguinte. É o Bloco de um quadro, que é o quadro dos seus sucessivos governos, Esquerda que, um pouco tarde, quer evitar as consequên- chamado «governo sem primeiro-ministro, contribuição do cias da relação íntima que tem mantido com o Governo, Eng.º Guterres para o surrealismo português». até agora.

Aplausos do PSD. Aplausos do PSD. Sr. Primeiro-Ministro, quando é que, atrás das diferen-Mas, Sr. Primeiro-Ministro, é mais significativo ainda tes políticas dos seus diferentes ministros, V. Ex.ª assume

que, mesmo na esquerda, já ninguém queira aparecer ao as responsabilidades? Quando é que V. Ex.ª demite um seu lado na fotografia. E não deixa de ser curioso que o Sr. ministro das finanças em que ninguém acredita e assume