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0322 | I Série - Número 007 | 03 de Outubro de 2003

 

desempregados. Número arrepiante, Sr. Primeiro-Ministro: 100 000 novos desempregados!!

O Sr. João Rebelo (CDS-PP): - E a culpa é do PS!

O Orador: - E já não são só as vítimas habituais! Não! Agora, o desemprego sobe mais entre as pessoas com curso superior e sobe mais entre os jovens!!
O drama do primeiro emprego, que marcou boa parte do cavaquismo, está de volta. Os números não mentem e são, neste caso, particularmente elucidativos: só no ano passado, o desemprego juvenil aumentou 24%. E o pior, Srs. Deputados, é que este desemprego não é o preço a pagar por qualquer processo de modernização da nossa economia. Não! Este é justamente o desemprego que não podia nem devia acontecer.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Este é o desemprego que é apenas fruto do colapso das estruturas produtivas em Portugal. Nenhuma outra razão há que não seja esta!

Aplausos do PS.

A verdade é esta: depois de anos a descer, a chaga do desemprego regressou, e regressou de que forma!... Em apenas um ano e meio - o seu ano e meio, Sr. Primeiro-Ministro! -, o desemprego voltou a ser a questão social mais importante em Portugal. É por isso que, se há uma "imagem de marca" deste Governo, se há uma imagem que marca a governação desta maioria, ela é, sem dúvida, a marca do desemprego. Triste marca!

Aplausos do PS.

Não, Sr. Primeiro-Ministro! Isto não está a correr bem, isto não está a correr mesmo nada bem!
E o que é extraordinário é que, nos debates teóricos sobre a forma de governar, ainda há muito quem pense e teime em afirmar, apesar de tudo, que não vê grandes diferenças na governação do PS e do PSD.

Vozes do PSD: - Mas há, mas há!

O Orador: - Mas há, pelo menos, 100 000 pessoas para quem essa diferença é muito simples e muito dramática. Essas pessoas, antes, tinham emprego, agora, não o têm!

Aplausos do PS.

E esta não é uma subtil diferença, esta não é uma questão política de somenos. Não! Esta é a diferença entre considerar ou não considerar o emprego como a prioridade central da política económica.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - E o que temos visto deste Governo é que o emprego já não é um indicador económico valorizado na sua política.
Em matéria de desemprego, o Governo só tem tido uma preocupação: por um lado, inventar desculpas, por outro, procurar culpados.

O Sr. António Costa (PS): - Muito bem!

O Orador: - E vai logo aos suspeitos do costume: a culpa já foi da "pesada herança", já foi dos sindicatos, já foi das leis laborais e até da Constituição, tendo passado, depois, para a conjuntura internacional. Mas, até há poucos dias, ainda ninguém tinha tido a ousadia de introduzir uma nova versão: a de insinuar que, afinal de contas, a culpa do desemprego é dos imigrantes.

O Sr. José Magalhães (PS): - É o PP!

O Orador: - Sejamos claros, Sr. Presidente,…

Aplausos do PS.

Sejamos claros, Sr. Presidente, porque, nesta matéria, meias palavras não bastam! Quando um Ministro de Estado, num momento de tão grave crise económica, grita, num comício, que é preciso dar prioridade no emprego aos portugueses, em