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0326 | I Série - Número 007 | 03 de Outubro de 2003

 

O Orador: - A política de cortes cegos e sem critério no investimento público teve, desde logo, um efeito muito negativo no crescimento e no dinamismo da nossa economia mas levou também ao adiamento e à suspensão de projectos que são estruturantes para o desenvolvimento do País e teve como consequência a paralisia, senão mesmo o colapso, de vários organismos e serviços públicos.
A lista de adiamentos, de hesitações e de projectos cancelados é verdadeiramente impressionante e a ideia que fica, sinceramente, é de que em matéria de desenvolvimento o Governo passou um ano com uma única opção: nada fazer, nada!! Não fazer obra! Nada, absolutamente nada!!

Aplausos do PS.

Pergunta-se por qualquer grande projecto nacional e a resposta é sempre a mesma: adiado.
Do novo aeroporto da OTA o Governo já disse tudo e o seu contrário, mas uma coisa é certa: nada mexeu, nada avançou!
O TGV, neste ano e meio, já se transformou num folhetim triste de atrasos, de bloqueios e de indefinições. E é absolutamente extraordinário, é bem revelador, é um grande sinal dos tempos, que tenha de ser a Comissão Europeia a lembrar a Portugal que este projecto tem uma importância estratégica para o nosso país.

O Sr. José Magalhães (PS): - Espantoso!

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - Muito bem!

O Orador: - Mas o pior é que idêntico bloqueio se verifica um pouco por todo o lado. Alqueva? Parado. Polis? Parado. Aeroporto de Beja? Parado. Acessibilidades a Sines? Paradas. Duplicação do IP 4? Parada.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

O Orador: - A impressão que fica, Srs. Deputados, é que o Governo decidiu levar à letra a ideia da Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças que dizia que para combater a crise devemos esperar sentados pela retoma europeia e cruzar os braços.

O Sr. António Costa (PS): - Exactamente!

O Orador: - Pois, Sr. Primeiro-Ministro, acontece que cruzar os braços e ficar à espera nunca foi boa forma de governar; parar o País nunca foi solução para qualquer problema; adiar projectos é comprometer o futuro do País!

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - E se é verdade que o adiamento generalizado dos grandes projectos tem origem nos cortes sem critério no investimento público, também é preciso dizer que em muitos casos os atrasos, os adiamentos e os bloqueios se devem, pura e simplesmente, à inépcia política, à falta de impulso, à falta de orientação, à falta de comando dos responsáveis políticos, que tem provocado o completo desnorte e paralisação nos mais variados sectores da nossa Administração.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Já todos percebemos que há muitos "buracos negros" no Governo. Mas não é um Governo fraco que torna um Primeiro-Ministro forte! Pelo contrário, isto mostra que o Primeiro-Ministro falhou naquilo que é a sua primeira responsabilidade: formar um Governo forte e eficaz.

Aplausos do PS.

Porque só um Governo fraco explica o absurdo e injustificado desinvestimento que se tem verificado nas instituições científicas do Estado; só isso explica o estrangulamento financeiro inadmissível e a desorientação que se vivem no sector da cultura; só essa razão explica o enorme "apagão" em que vive hoje a política de ambiente em Portugal;…

O Sr. José Magalhães (PS): - Exacto!

O Orador: - … só essa razão explica a descoordenação e o desinvestimento nas áreas vitais de prevenção e combate aos fogos florestais;…

Vozes do PS: - Muito bem!