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0926 | I Série - Número 018 | 31 de Outubro de 2003

 

O Orador: - Relativamente à situação económica, deixe dizer-lhe, Sr. Deputado, que, independentemente de, na prática, com a habilidade que se lhe reconhece, ter repetido aquele que é o discurso oficial do Partido Socialista, a chamada de atenção que lhe fazia é que esse discurso oficial continua totalmente em desacordo com as opiniões, quer de todos os reputados economistas nacionais quer das instâncias internacionais,…

Protestos do PS.

… que são perfeitamente claras no sentido de apontar que o caminho da política económica do actual Governo é o único caminho útil e possível, e que, ao mesmo tempo, criticam, de uma forma perfeitamente clara e frontal, o caminho que foi percorrido anteriormente pelo governo de que o Sr. Deputado também fez parte e de que a sua bancada é responsável.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Sr. Deputado, é verdade que continua a haver dificuldades na área da saúde. Pudera! O estado em que o actual Governo encontrou este sector era calamitoso. Donde, seria totalmente impossível, num ano ou em ano e meio, conseguir a recuperação necessária para a melhoria dos cuidados de saúde dos portugueses.
O Sr. Deputado falou daquilo que, do seu ponto de vista, ainda está mal - e é verdade, em grande parte -, mas relativamente às listas de espera cometeu uma enorme injustiça. O Sr. Deputado sabe bem que, durante três anos a fio, o governo do Partido Socialista opôs-se, recusou e chumbou sistematicamente um programa proposto pelo PSD para atacar as listas de espera.

Aplausos do PSD.

Protestos do PS.

A responsabilidade dos atrasos é vossa e do governo socialista. O que está a acontecer com este Governo é que o programa posto em prática não só tem tido sucesso relativamente aos seus objectivos, como veio inclusivamente antecipar em cerca de seis meses o cumprimento do objectivo a que se propôs, ou seja, recuperar todo o atraso das listas de espera que os senhores acumularam durante seis anos, nos quais não só estiveram parados como recusaram sistematicamente que a oposição fizesse aprovar na Assembleia da República um programa de ataque às listas de espera.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, o seu tempo esgotou-se. Tem de concluir.

O Orador: - Vou já concluir, Sr. Presidente.
Gostaria ainda de agradecer a confiança que o Sr. Deputado deposita neste Governo quando diz que ainda tem três anos pela frente para fazer bem aos portugueses e para corrigir as suas políticas. A nossa bancada regista o seu voto de confiança, mas o Governo, independentemente de agradecer esse voto, não precisa dele porque está perfeitamente convicto da correcção das suas políticas em defesa dos portugueses.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Coelho.

O Sr. Jorge Coelho (PS): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Marques Guedes, muito obrigado pelas suas referências.
O que hoje aqui vim dizer é a minha opinião preocupada sobre aquele que penso ser o caminho errado através do qual o Governo está a conduzir o País. Mas, além de ser a minha opinião, é a opinião do meu partido. É normal. É assim que, há muitos anos, vem acontecendo no Partido Socialista.

O Sr. Guilherme Silva (PS): - Nem sempre!

O Orador: - Os senhores colocam sempre a questão de, cada vez que algum dirigente ou Deputado do Partido Socialista faz uma crítica ao que quer que seja, a culpa ser sempre do passado.