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1478 | I Série - Número 025 | 28 de Novembro de 2003

 

O grande erro que cometeria era exactamente alterar a política no momento em que o seu tratamento está a dar efeitos.

O Sr. Carlos Carvalhas (PCP): -Está-se a ver!…

A Oradora: - Quando os senhores vêem que o desequilíbrio externo se reduziu para menos de metade em apenas ano e meio, quando os senhores vêem que iniciámos o processo de redução de impostos,…

O Sr. Carlos Carvalhas (PCP): - De alguns impostos.

A Oradora: - … o senhor vem dizer-me: "Pare! Aumente os impostos, aumente a dívida, aumente o desemprego, faça mais despesa pública". Srs. Deputados, não faço isso!!

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Muito bem!

A Oradora: - Para que o Sr. Deputado não me venha dizer que não lhe respondi, reafirmo o que quero para o Pacto de Estabilidade. Eu sei o que quer Portugal. Sei que Portugal só pode querer isto.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Srs. Deputados, chega a ser quase… "enternecedor" pensar-se que os problemas da França e da Alemanha são os mesmos de Portugal! A França e a Alemanha não têm problemas de desequilíbrio externo. A França e a Alemanha não têm problemas de competitividade.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - Com certeza!

A Oradora: - A França e a Alemanha são países ricos que estão a crescer. Nós somos um país pobre que precisa de avançar.

Protestos do PS, do PCP e de Os Verdes.

Sr.ª Deputada Elisa Ferreira, a senhora está a querer dizer-me que o País estava a crescer quando os senhores estavam no Governo e que agora é que está a decrescer? É isso que a senhora está a dizer?

Risos.

A Sr.ª Elisa Guimarães Ferreira (PS): - Claro que é verdade!!

A Oradora: - Deve ser verdade, com certeza…!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Aí não vale a pena discutir porque os números são os números, não é Sr.ª Deputada? Como os números são os números, ninguém é capaz de negar o endividamento do País, a sua falta de crescimento, o aumento de impostos, o aumento da dívida. Portanto, não vale a pena estar sequer a discutir com os senhores.
Srs. Deputados, os senhores estão preocupados com o desemprego, estão preocupados com o crescimento e pensam que isso se faz por decreto-lei. Não considero que isso se faça por decreto-lei. Nem eu nem ninguém. Nem mesmo os Srs. Deputados, fora daqui, do Parlamento, pensam dessa forma.
Quando o Sr. Deputado Lino de Carvalho diz: "Deve inflectir a política", eu digo categoricamente o mesmo que ando a dizer há ano e meio: a última coisa que faço é inflectir a política!!

Vozes do PCP: - Vai já fazê-lo em 2005!

A Oradora: - Não vou fazer qualquer inflexão de política porque pelos vistos os Srs. Deputados, mais uma vez reafirmo, estavam calados com medo de Bruxelas. Eu não tenho medo de Bruxelas. Eu traço a política em nome dos interesses do País. Bruxelas pode fazer o que entender que não tenho de