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2777 | I Série - Número 050 | 12 de Fevereiro de 2004

 

de uma cortina de fumo de faits divers do Big Brother mediático, ou lhes procura responder à bruta, sem qualquer sensibilidade social, ou com projectos de leis e mais leis e projectos, que tantas vezes nem sequer é capaz de fazer passar do papel.
O nosso país está a viver uma situação dramática: o emprego ou, melhor, o desemprego é hoje, de longe, a principal preocupação dos portugueses.
Os valores de desemprego actuais são dos mais elevados dos últimos anos, as empresas fecham umas atrás de outras sem que nada seja feito pelo actual Governo, a situação económica das famílias está cada vez mais comprometida, em muitos casos com situações de miséria em que numa família o desemprego já toca, em simultâneo, pai, mãe e outros membros do agregado familiar. Há uma completa ausência de planos de emprego para os mais jovens e, sobretudo, não se vislumbram nem incentivos para que as empresas empreguem jovens nem qualquer vontade dos os conceber e criar.

O Sr. Guilherme d'Oliveira Martins (PS): - Muito bem!

O Orador: - Estamos a transformar-nos num País de desempregados, num País que vive mal dos subsídios de desemprego recebidos tarde e a más horas.
O que podem esperar, neste quadro terrível, os ainda jovens trabalhadores da Brax, há poucos dias postos, implacavelmente, na rua? O que podem esperar estes trabalhadores, viver durante 20 anos do fundo de desemprego?!
Acresce a esta situação o drama que se está a viver no sector da educação.
Onde está a tão prometida e propagandeada reforma do ensino? Persiste um baixo nível escolar sem rendimento, com fragilidades no ensino do português, com taxas de abandono escolar que são as mais elevadas da União Europeia.
Governos anteriores, socialistas e não só, apostaram no pré-escolar, na ciência, na investigação e na cultura e procuraram dotar as escolas de computadores. O que tem feito este Governo para além de aumentar as propinas?

O Sr. António Costa (PS): - Bem perguntado!

O Orador: - Olhemos para os nossos vizinhos e apostemos em fórmulas simples, tais como garantir um computador com ligação à Internet para cada dois alunos, assegurar o funcionamento de escolas com menos alunos em cada sala de aula, sobretudo nas zonas mais problemáticas e desfavorecidas, e garantir escolas abertas mais tempo durante o dia.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Olhemos para o que se passa no sector da saúde, outra das mais sentidas preocupações dos portugueses.
O que fez este Governo? Onde está a sua política de saúde, que ninguém a vê? Onde estão os hospitais construídos por este Governo? O que se passa com as listas de espera, que aumentam a cada dia, como ainda há bem pouco aqui demonstrou, com límpida clareza, o Sr. Deputado, e meu querido amigo, Jorge Coelho?
Mas passemos para a área do ambiente e perguntemo-nos: o Ministro das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente existe?! Onde está a política de ambiente deste Governo?
Nós, socialistas, quando fomos poder, quando fomos governo, construímos estações de tratamento de lixo,…

O Sr. Jorge Nuno Sá (PSD): - O aterro do oeste é o melhor exemplo!

O Orador: - … avançámos com a recolha selectiva, acabámos com as lixeiras a céu aberto, fizemos centrais de incineração. Tínhamos uma política de ambiente coerente!
O que fez este Governo senão manter a situação dramática dos resíduos perigosos ou arranjar uma tremenda confusão à volta da tutela das florestas! E em matéria de segurança? As condições de trabalho das forças de segurança não melhoraram, pelo contrário, pioraram!
Os governos do PS abriram esquadras e quartéis da GNR por todo o País. Levámos segurança onde ela não existia.

Vozes do PS: - Muito bem!