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3193 | I Série - Número 057 | 28 de Fevereiro de 2004

 

(é outro aspecto que às vezes os nossos adversários não compreendem) ainda não está, infelizmente, no mesmo patamar das economias francesa ou alemã.
Quando Portugal não cumpre, não é exactamente o mesmo do que economias mais evoluídas do que a nossa não cumprirem; há um problema de reputação económica, que Portugal tem de ganhar à custa do seu esforço. Por isso, foi muito importante, do ponto de vista da credibilidade externa, termos conseguido este objectivo.
V. Ex.ª também chamou a atenção para um aspecto importante que nem sempre tem sido sublinhado, que é o facto de o País ter conseguido esse resultado com o euro muito elevado e o dólar em baixa.
No passado, quando houve recessões em Portugal, a solução foi a de baixar o escudo; a nossa margem de competição ganhava-se através das chamadas desvalorizações competitivas.
O que se passou agora é extraordinário e mostra o vigor e a capacidade da nossa economia: numa situação tão difícil, não só não podíamos baixar a moeda, porque, obviamente, na zona euro, já nenhum país controla a taxa de câmbio, como o euro está a subir face às outras moedas internacionais, nomeadamente ao dólar. E, mesmo neste contexto, Portugal aumentou as suas exportações não apenas para a zona euro mas também para um mercado tão exigente, como é o norte-americano. Com certeza que isto penalizou, porque, como os nossos mercados principais, apesar de serem mercados euro, têm uma grande troca com os Estados Unidos da América, obviamente que a recessão na Alemanha, que foi pronunciada, prejudicou a recuperação da economia portuguesa. Aliás, é curioso verificar que as nossas exportações estão a subir muito para Espanha e a descer para a Alemanha.

A Sr.ª Elisa Guimarães Ferreira (PS): - É natural!

O Orador: - Ou seja, Portugal está, indirectamente, a ser penalizado pelo facto de o euro estar demasiado elevado; esta tem sido uma dificuldade adicional, e mesmo assim conseguimos bons resultados.

A Sr.ª Elisa Guimarães Ferreira (PS): - As exportações para a Europa fazem alguma diferença?

O Sr. Francisco Louçã (BE): - O que é que uma crise tem a ver com a outra?!

O Orador: - Por isso, termino mencionando a minha satisfação e a minha confiança.
Neste ponto, há uma diferença essencial entre nós e a oposição, é que nós acreditamos nos portugueses, nós acreditamos nos trabalhadores das empresas portuguesas, nós pensamos que não é o Estado que vai resolver o problema!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Risos do Deputado do PS António Costa.

O Sr. José Magalhães (PS): - Aí está um discurso realista!

O Orador: - Esta é a grande diferença! E a mensagem que quero transmitir ao País é de confiança. Eu não disse, nem nunca pretendi dizer que o momento é fácil, que tudo é cor-de-rosa. Nunca disse isto. É falso! Nunca o disse. Tenho tido um discurso extremamente realista e verdadeiro sobre a realidade,…

Risos do PS.

… mas quero que os portugueses saibam que as dificuldades foram ultrapassadas e vão continuar a ser ultrapassadas, que há razões para confiarmos e que graças ao apoio desta maioria, que quero saudar, vamos continuar, com a mesma determinação e o mesmo empenho, a conseguir vitórias importantes para Portugal e para os portugueses.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - No tempo regimental tem, agora, a palavra o Sr. Deputado João Cravinho, para defesa da sua honra pessoal.

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Oh!