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5017 | I Série - Número 091 | 27 de Maio de 2004

 

O Sr. José Magalhães (PS): - Quem é que aprovou a "Estratégia de Lisboa"?

O Orador: - V. Ex.ª anunciou aqui o maior investimento alguma vez feito nesta área - um bilião de euros -, e a primeira questão que lhe coloco, como oportunidade para reflectirmos, é sobre a relação entre este mesmo investimento e a economia, ou seja, em relação aos países mais desenvolvidos e ao investimento que eles fizeram. Estou a pensar, por exemplo, no caso irlandês e, sobretudo, ao peso que nestes países têm a iniciativa e a capacidade privadas na área da ciência e da tecnologia e, sobretudo, na necessidade dos estímulos fiscais e do grande objectivo da baixa de impostos como incentivo a um novo modelo de desenvolvimento, à ciência e à tecnologia.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - O extraordinário, Sr. Primeiro-Ministro, é que a oposição que nós temos e que ouvimos, meio cibernética meio à procura de um quantum de bom senso que lhe falta, andou não sei quanto tempo a dizer que não havia investimento na ciência e tecnologia e hoje, que há investimento nessa área, não é capaz de o reconhecer e continua a criticar.
Pura e simplesmente, é inaceitável, como é evidente!
É também extraordinário que o Partido Socialista esteja, na sua linguagem, reduzido à linguagem que é usada pela extrema esquerda. Hoje, a única diferença entre a linguagem do Partido Socialista e a da extrema esquerda é o facto de o Partido Socialista, como anda entretido a "soprar nos apitos", levar mais tempo - normalmente mais uma semana - para chegar às mesmas conclusões da extrema esquerda,

O Sr. José Magalhães (PS): - Veja lá se leva um "cartão amarelo"!…

O Orador: - Aliás, é extraordinário que o Partido Socialista venha falar na remodelação, que venha falar nos lobbies, que venha fazer críticas, por exemplo, ao Ministério das Cidades, do Ordenamento do Território e Ambiente, porque também aí a questão é a mesma. Os senhores foram os primeiros e os mais duros a criticar o Ministro do Ambiente, houve a sua substituição, foi nomeado um novo Ministro e agora as críticas vão todas para o novo Ministério das Cidades, do Ordenamento do Território e Ambiente!
O Secretário-Geral do PS chegou ao ponto de dizer, nesta linguagem que é o léxico preferido do Dr. Ferro Rodrigues - anda entre a manigância, a cabala…

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - A cabala é mais vossa!

O Orador: - … e a maquinação - que havia uma estratégia, combinada entre o Sr. Primeiro-Ministro e os ministros do seu Governo, para fazer uma remodelação desesperada.

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - Nada percebeu, nada!

O Orador: - Isto é ridículo! Se o ridículo pagasse imposto, o PS, sozinho, dava para equilibrar as contas públicas.

Aplausos e risos do CDS-PP e do PSD.

Não tenhamos dúvida alguma!
Além disto, Sr. Primeiro-Ministro, quero ainda falar-lhe rapidamente de uma segunda questão, que tem a ver com uma referência que o Sr. Primeiro-Ministro fez a uma certa linha de sindicalismo radical que o País vem conhecendo.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Somos a favor de sindicatos fortes, de sindicatos livres e do direito à greve, mas sabemos que é que, em 1975, queria impedir a existência de sindicatos livres e não nos esquecemos de que, em 1975, o PCP era contra o sindicalismo livre.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Tenha juízo!

O Orador: - Somos a favor do sindicalismo livre, mas é a fraqueza do sindicalismo que leva à