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5018 | I Série - Número 091 | 27 de Maio de 2004

 

convocação de greves gerais que acabam em greves parciais de meio-dia; é a fraqueza do sindicalismo que já não mobiliza ninguém e faz com que se substitua aquilo que seria uma legítima luta dos trabalhadores por manifestações radicais e inaceitáveis,…

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - Como é evidente!

O Orador: - … que faz com que, hoje, em vez de manifestações de rua de trabalhadores tenhamos meia dúzia de sindicalistas orquestrados com o PCP para fazer protestos nas galerias.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Tenha juízo!

O Orador: - É pela fraqueza do sindicalismo que isto acontece, como é pela fraqueza do sindicalismo…

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, o seu tempo esgotou-se.

O Orador: - Vou terminar, Sr. Presidente.
Como dizia, é pela fraqueza do sindicalismo que se marcam greves cirúrgicas em dias fundamentais do Euro 2004.
Isso não é aceitável!
Sabemos quem está por detrás disso. E não temos dúvida alguma, porque é o PCP que dirige a CGTP.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Tenha juízo! Não seja fascista!

O Orador: - Não é admissível que se instabilizem as Forças Armadas ou as forças de segurança.
O que pedimos ao Governo, Sr. Primeiro-Ministro, é disponibilidade para garantir que o Euro 2004, em qualquer circunstância, decorra por forma a garantir a segurança dos portugueses.
Pedimos-lhe essa firmeza, e esperamos que ela seja equivalente àquela com que o CDS-PP apoia este Governo e este projecto para Portugal.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: - Sr. Deputado Telmo Correia, em relação à questão que me colocou sobre a ciência e a sua ligação ao desenvolvimento, é hoje claríssimo que há uma relação estreita, ou seja, podemos quase dizer que é uma correlação perfeita: quanto maior é o investimento em ciência, tecnologia e inovação, maior é o desenvolvimento económico e social de um país. Isso está perfeitamente claro!
Também queria aqui deixar clara outra ideia: a meu a ver, a prioridade na ciência como, aliás, a prioridade na cultura - não tem apenas que ver com desenvolvimento económico. Na minha escala de prioridades, a ciência e a cultura estão acima do desenvolvimento económico. E o que nós, políticos e responsáveis políticos, podemos fazer, estando conscientes do carácter precário da nossa função, com humildade, é o possível para que nas nossas sociedades haja o melhor ambiente para a promoção da cultura, para a promoção da ciência, para além, obviamente, da promoção da justiça social.

A Sr.ª Ana Benavente (PS): - Sem esquecer a educação!

O Orador: - Esta é a minha visão sobre o papel da ciência. A ciência não se esgota num mero carácter instrumental em relação ao desenvolvimento económico, mas é verdade que na situação do nosso país precisamos hoje muito de crescimento económico.

O Sr. José Magalhães (PS): - Foi o que andámos a dizer nestes meses!

O Orador: - Precisamos do desenvolvimento assente num modelo de ciência, investigação e inovação, sendo certo que não se consegue isso funcionalizando os cientistas ou à custa do Estado. O Estado está muito próximo de conseguir um investimento comparável, em termos relativos, àquele que é feito por outros países. Onde estamos efectivamente muito atrás dos nossos parceiros é no investimento