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5020 | I Série - Número 091 | 27 de Maio de 2004

 

O Sr. Honório Novo (PCP): - Bem lembrado!

O Orador: - … à sua incompetência, à sua arrogância e à sua intransigência face a estruturas sindicais ou associativas das forças de segurança.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Orador: - Pior ainda: o Sr. Primeiro-Ministro, enquanto líder do PSD, não teve a coragem de concretizar por que tipo de problemas de segurança o PCP seria responsável, porque optou por ser suficientemente calculista, cínico e perverso…

Vozes do PCP: - Muito bem!

Protestos do PSD.

O Orador: - … para prever que, na actual conjuntura internacional e a propósito do Euro 2004, a opinião pública nacional, em vez de associar problemas de segurança a umas quantas controláveis desordens provocadas por hooligans, pudesse ser levada a associar automaticamente problemas de segurança a acontecimentos bem mais terríveis e dramáticos e, eventualmente, sangrentos que estão na nossa memória com o que sucedeu em Espanha.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Orador: - Trata-se, sem dúvida, de afirmações que, em 30 anos da vida democrática do nosso país, ficam para a história como uma intolerável expressão de concepções autoritárias, brutalmente ofensivas de elementares valores de convivência democrática,…

O Sr. Honório Novo (PCP): - Exactamente!

O Orador: - … e que, merecendo uma viva condenação, não podem deixar de, com rigor e verdade, ser classificadas de puro terrorismo político.

Aplausos do PCP.

Sr. Primeiro-Ministro, se não é pedir demais à sua inteligência e cultura política - não o peço, naturalmente, ao CDS-PP -, entenda, de uma vez por todas, que estamos aqui sentados e intervimos na vida nacional não por generosa concessão do PSD ou sua, mas por força do regime democrático que decididamente ajudámos a conquistar e a fundar, por força da vontade dos portugueses que em nós confiaram.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Orador: - Se não é pedir demais à sua capacidade de entender a realidade, entenda, de uma vez por todas, que o PCP, no longo período da sua vida, enfrentou, sem ceder ou ajoelhar, ameaças, agressões, chantagens e perigos contra si desencadeados por quem dispunha de todo um arsenal ferozmente repressivo e de uma absoluta impunidade e que, por isso, é tão certo como o sol nascer todos os dias que, nem por um segundo, se deixará intimidar pelas ameaças, exigências ou provocações de um qualquer líder partidário, ainda que transitoriamente investido nas funções de Primeiro-Ministro.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Carlos Carvalhas, o seu tempo esgotou-se. Tenha a bondade de concluir.

O Orador: - Vou terminar, Sr. Presidente.
Do Governo exige-se não arrogância e chantagem mas, sim, que dê resposta aos problemas colocados pelos profissionais das forças e serviços de segurança - a quem o PCP manifesta solidariedade para com as suas reivindicações, que fazem parte das promessas feitas pelo Dr. Durão Barroso e pelo Dr. Paulo