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5288 | I Série - Número 097 | 18 de Junho de 2004

 

Seguir com a mesma política não é compreender os portugueses.
Estas eleições também serviram para avaliar não só as políticas mas também as estratégias. Durante dois anos - e esta Casa foi um palco privilegiado -, sob a direcção do Primeiro-Ministro, a coligação que está no Governo tentou responsabilizar o PS e os governos anteriores pelos males do País: foi o "discurso da tanga", foi o discurso do défice e da herança.
Nestas eleições, os portugueses deram-vos a resposta e disseram, claramente, que os responsáveis pela situação do país são o Governo e os senhores, cuja legitimidade para governar não questionamos. Por isso ficam desautorizados. Rir-nos-emos, inclusivamente, cada vez que tentarem (julgo que não o farão) voltar ao "discurso da tanga", ao discurso do défice e ao discurso da herança. "Pela boca morre o peixe"!

Aplausos do PS.

Mais: estas eleições têm outra leitura política importante: pela primeira vez, o Partido Socialista ganhou estas eleições à direita unida. Este é um sinal político que o PS interpreta e do qual tira uma lição. E tira essa lição com muita humildade e, sobretudo, com acrescido sentido de responsabilidade.

O Sr. Guilherme d'Oliveira Martins (PS): - Muito bem!

O Orador: - Os portugueses viram-se agora para o PS para que este lhes devolva a esperança, acreditando que, no decurso dos próximos dois anos, o PS saiba reforçar a confiança que os portugueses nele depositaram para voltar a governar Portugal, para voltar a trazer a esperança e, sobretudo, a ser portador de um projecto para o País.

Aplausos do PS.

Um projecto para Portugal, um projecto de rigor nas contas públicas, mas que traga mais investimento - investimento público e privado, investimento em capital humano, investimento na ciência, investimento de qualidade.
Precisamos de um governo que seja capaz de protagonizar, que lidere e que seja capaz de incutir confiança nos investidores e nas capacidades dos portugueses.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, os seu tempo esgotou-se. Tenha a bondade de concluir.

O Orador: - Vou terminar, Sr. Presidente, nas condições em que o Sr. Presidente pôde testemunhar, com a arrogância, o autismo com que os partidos da direita olham para o resultado destas eleições.
Os senhores não aprenderam esta lição.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

O Partido Socialista saberá estar ao nível das suas responsabilidades e, sobretudo, compreende a mensagem. Os portugueses podem contar com o PS, com humildade, com serenidade e com tranquilidade.
Este resultado eleitoral, esta vitória do PS, esta relação de confiança que os portugueses quiseram, de novo, dar ao Partido Socialista será interpretada por nós com grande elegância, com grande tranquilidade e serenidade, com grande humildade e, particularmente, com um grande respeito pelos portugueses e pela sua capacidade de trabalho.

Aplausos do PS.

Saberemos ser nós próprios a protagonizar esse projecto de esperança, esse projecto alternativo que estabelece a diferença entre nós e a direita.
Os senhores perderam estas eleições. Tirem daí as vossas conclusões.

Aplausos do PS, de pé.

O Sr. Presidente: - Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Miranda Relvas.

O Sr. Miguel Miranda Relvas (PSD): - Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Nas eleições europeias do passado domingo, os portugueses deram ao Partido Socialista a maioria de votos e a maioria de