O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

5290 | I Série - Número 097 | 18 de Junho de 2004

 

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Isto não significa, porém, que sejamos insensíveis aos sinais dados pelos cidadãos eleitores. Os portugueses disseram que têm problemas, que estão preocupados com o seu presente e o seu futuro, que querem respostas rápidas e eficazes para os seus anseios e as suas preocupações. Foi assim na generalidade dos países das Europa - com governos mais à esquerda ou mais à direita - e foi também assim em Portugal.
Pela nossa parte, sabemos e saberemos interpretar bem a mensagem dada pelos portugueses, com duas preocupações muito claras: a de não governar aos ziguezagues e a de nunca cair no autismo político.
Somos uma maioria e um Governo com uma estratégia, uma política e um rumo. Não fazemos navegação à vista. Governamos por convicção e não em função de conveniências. Governamos a pensar num futuro de desenvolvimento com solidez e com segurança para todos e não a pensar num presente de meras ilusões para alguns.
Governamos com a certeza de que levamos Portugal a bom porto, de que faremos a recuperação económica, de que combateremos o desemprego, de que promoveremos a justiça social e o combate à pobreza e à exclusão, com a certeza de que, em 2006, os portugueses julgarão um governo que cumpre e um país muito mais moderno, muito mais justo e solidário do que aquele que encontrámos.
Mas temos a obrigação de ir ao encontro do descontentamento legítimo que existe no País e de falar e agir, de forma especial, para os mais preocupados, angustiados e vulneráveis da nossa sociedade, como temos o dever de nunca cair na tentação da rotina ou da acomodação - o poder, em democracia, é para ser exercido em favor dos cidadãos, com humildade mas com determinação, gerando mobilização e combatendo o distanciamento - e como nos cabe a responsabilidade de corrigir erros, falhas, deficiências ou insuficiências, fazendo mais e melhor, agindo com mais exigência e maior sensibilidade social, mobilizando os sectores mais dinâmicos da sociedade e respondendo com eficácia aos legítimos anseios dos estratos mais carenciados do nosso país.
Tudo isto sabemos e saberemos fazer, com a firmeza de convicções que é apanágio da nossa maneira de ser, com o espírito de abertura que os portugueses merecem e a nossa cultura política reclama.
Nesta segunda fase do mandato, que vamos cumprir, ninguém espere desmotivação, insegurança, falta de vontade ou falta de confiança da maioria ou do Governo. Desiludam-se os que vão por aí.
Da nossa parte, encontrarão, hoje e cada vez mais no futuro, coragem, abertura, determinação e sensibilidade.

O Sr. José Magalhães (PS): - Palavra nova!

O Orador: - Temos um compromisso para cumprir. O compromisso com um país novo e diferente. O compromisso com um país mais rico e mais justo. O compromisso com um futuro de mais emprego e maior poder de compra para todos. O compromisso com um Portugal de maiores oportunidades para os mais jovens e de maior solidariedade para com os mais idosos. O compromisso com um país que tenha mais confiança em si próprio, mais esperança no seu presente, maior orgulho no seu futuro.
Um compromisso que vamos cumprir em nome de Portugal, em prol de todos os portugueses.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Igualmente para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado Bernardino Soares.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: As eleições do passado domingo tiveram como resultado principal a derrota estrondosa da coligação PSD/CDS, do seu Governo e da sua política.
Sendo certo que foram eleições para eleger Deputados ao Parlamento Europeu, a verdade é que não é apenas nessa eleição que se traduz a derrota da direita.
O que foi derrotado no domingo foi a política do Governo, foi a política anti-social, contra o desenvolvimento e o progresso que tem sido praticada. Foi a política de direita.
A direita pode inventar argumentos, pode tentar desvalorizar os resultados com o nível da abstenção, com os acontecimentos dramáticos e a interrupção da campanha ou com qualquer outro argumento de última hora, mas não conseguirá apagar a rejeição esmagadora que a sua política recebeu dos portugueses.
Nem vale a pena iludir os portugueses com o estafado discurso do momento difícil, das medidas supostamente necessárias que os portugueses que as sofrem na pele teriam de aceitar como um sacrifício