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5500 | I Série - Número 102 | 01 de Julho de 2004

 

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Louçã.

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Sr. Presidente, Sr. Deputado António José Seguro, sabemos, desde a comunicação do Primeiro-Ministro feita ontem à hora do almoço, que o Dr. Durão Barroso se foi embora. Creio que agora, quando o Parlamento reúne, pela primeira vez, depois dessa declaração e quando começa o debate acerca da crise política, grave, que se arrastou nos últimos dias e que foi confirmada pelo abandono do Primeiro-Ministro, ficámos a saber que não foi só ele que se foi embora; pelos vistos, os Deputados e as Deputadas do PSD e do PP também se foram embora.
Hoje, a menos de duas semanas depois de ter sido castigada nas urnas com um terço dos votos favoráveis e dois terços dos votos críticos, parece que esta maioria não percebeu ainda que é a causa desta crise política e que é esta a razão pela qual já não representa o País - o Primeiro-Ministro percebeu e foi-se embora - e a grande maioria dos portugueses critica o Governo e pretende a única solução democrática, que é a das eleições gerais, para que possam decidir segundo a soberania do povo.
O que certamente não é possível - e aguardo, com curiosidade, para saber se algum Deputado da maioria sobe hoje à tribuna para defender o impossível - é que 70 conselheiros do PSD, ou 200 ou 300 delegados do PSD, possam entender que têm capacidade para decidir em nome dos portugueses. E é por isto que, nesta questão fundamental, a escolha entre a democracia e o "continuismo", a nossa opção é também a da democracia.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado António José Seguro.

O Sr. António José Seguro (PS): - Sr. Presidente, gostaria de responder a todas as perguntas em conjunto.

O Sr. Presidente: - Não há mais perguntas, Sr. Deputado.

O Sr. José Magalhães (PS): - Não há mais perguntas?! Isto é espantoso!

Risos do PSD e do CDS-PP.

Já nem vão aos penalties!

Neste momento, registou-se burburinho na Sala.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, agradeço que façam silêncio. Todos terão ocasião de se exprimir, pois há inscrições de todas as bancadas para declarações políticas.
Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. António José Seguro (PS): - Obrigado, Sr. Presidente, e agradeço também a informação de que não há mais pedidos de esclarecimento. Aliás, compreende-se: a maioria está tão decadente que já nem reage!

Aplausos do PS.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

E já não é a primeira vez, Sr. Deputado Francisco Louçã, que não reage. A seguir às eleições europeias de 13 de Junho também não reagiu.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Factor que demonstra claramente a necessidade de refrescarmos este Parlamento, para que haja uma maioria com capacidade não só de reacção mas também de acção e que seja portadora de um projecto de esperança para Portugal.

O Sr. José Magalhães (PS): - Muito bem!

O Orador: - Mas julgo que um dos elementos mais significativos por que esta maioria já não reage tem a ver com a entrevista que o líder parlamentar desta maioria - o Dr. Guilherme Silva - deu,