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5503 | I Série - Número 102 | 01 de Julho de 2004

 

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do PS.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Queixamo-nos muitas vezes do alheamento dos cidadãos em relação à política e aos políticos, só que nos esquecemos das nossas responsabilidades e do exemplo que temos de dar em cada momento, como pedagogia democrática e cívica.
Não é compreensível, nem aceitável, que, naquilo que é bom para Portugal, no que honra o País, não tenhamos todos a capacidade de convergir, regozijando-nos, independentemente das nossas opções ideológicas ou partidárias, pelos sucessos que são nossos, pelos êxitos que são de todos nós.
Não devemos ter esta convergência apenas no futebol, como tem acontecido, e bem, com as vitórias no EURO, da nossa Selecção - a que presto a mais sentida homenagem e na qual depositamos toda a esperança e confiança para os jogos que se seguem.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Temos de alargar esta convergência na defesa daquilo que é bom para Portugal, muito em particular no que na ordem externa afirma e projecta, de forma positiva, o nosso país.
Se o facto de virmos a ter um português, independentemente de quem ele seja, a presidir nos próximos cinco anos à Comissão Europeia, nesta hora difícil de profundas mudanças na Europa e no Mundo, não for motivo de regozijo para todos nós, acima das opções partidárias, estaremos a dar um infeliz sinal de imaturidade democrática, que os cidadãos não compreendem, nem aceitam.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Ficamos mesmo, às vezes, com a sensação de que subsiste entre nós, em pleno século XXI, e em alguns, uma visão de Portugal e do interesse nacional que parece inspirada no Conde de Andeiro ou em Miguel de Vasconcelos, o que é profundamente lamentável.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Não foi, com certeza, fácil a decisão do Dr. José Manuel Durão Barroso, e temos a obrigação de lhe manifestar o mais profundo reconhecimento por, pondo de parte o seu interesse pessoal e familiar, ter, por Portugal, aceite o honroso e difícil cargo de Presidente da Comissão Europeia.
Tendo a Constituição solução que garante a continuidade do projecto para o País que vimos desenvolvendo, legitimados pelo voto popular expresso nas eleições legislativas, entendeu, e bem, o Dr. Durão Barroso, que é possível continuar a assegurar a estabilidade política e o prosseguimento normal do programa da Legislatura, aceitando para Portugal um dos mais relevantes cargos internacionais.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Enquanto líder, nesta Câmara, do maior grupo parlamentar, que comunga integralmente, como tem demonstrado, o acordo político firmado entre os dois partidos da coligação, estou em condições de articuladamente com a direcção do Grupo Parlamentar do CDS-PP, assegurar - que isto fique bem claro - a coesão e firmeza da maioria parlamentar…

O Sr. António Filipe (PCP): - Têm aqui, mas não têm em mais lado algum!

O Orador: - … para garantir a continuidade de um projecto que emana, no essencial, do Programa sufragado pela maioria dos portugueses.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Forçar a interrupção da Legislatura, o que é, por natureza, excepcional, atentaria com os prazos fixados para cumprir programas, que estão acima e além das pessoas individualmente consideradas, por mais relevantes que elas sejam.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!