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5824 | I Série - Número 107 | 29 de Julho de 2004

 

E saiba, Sr. Primeiro-Ministro, que, tal como não nos resignámos com a continuação do Governo anterior até 2006, também não nos resignaremos com a continuação deste seu Governo, porque sabemos que o que há de mais urgente para Portugal e para os portugueses é a interrupção da sua política e a derrota do seu Governo.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: - Para a intervenção de encerramento em nome do grupo parlamentar do CDS-PP, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Ministros, Sr.as e Srs. Deputados: Se dúvidas houvesse - e nós nunca as tivemos -, este debate demonstrou que o País é governado e continua a ser governado por quem é mais capaz e que o papel da oposição continua a ser desempenhado por quem mais o merece. É certo que para o exercício legítimo deste Governo basta a vontade popular expressa em eleições legislativas e o controlo democrático constitucional, nomeadamente, aquele que é desempenhado pelo Sr. Presidente da República, tantas vezes invocado - e bem! -, com legitimidade também, pela oposição. Só que era suposto que, debatendo-se um programa de Governo, o Programa do XVI Governo Constitucional, para além do essencial deste programa, também se conseguisse retirar do exercício da oposição uma ideia de liderança alternativa ou até um único propósito claro para o País.
Infelizmente, assim não sucedeu. Admite-se até que, para uma esquerda extremista, que aqui também tem assento, todos os males do mundo e de Portugal em particular, se continuem a resumir ao off shore da Madeira, aos interesses dos grandes grupos económicos e a suspeições recorrentemente suscitadas, sempre com leviandade, diga-se, porque nunca provadas em qualquer momento.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - De um Dr. Louçã de dedo em riste…

O Sr. Francisco Louçã (BE): - De dedo em riste, não!… Isso é mais um tique do Dr. Paulo Portas.

O Orador: - … e com ar professoral a que já nos habituou, temos vindo a ouvir as mais graves acusações, que nunca demonstrou, porque, por definição, um mero exercício de imaginação não é susceptível de prova.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Só que do mesmo Dr. Louçã, também nunca ouvimos - e isso é que é grave - um único pedido de desculpas quando se enganou e até hoje, também em boa verdade, enganou-se sempre!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Recentemente e como bom exemplo por todos (podia dar vários outros, mas vou citar apenas um), para o Bloco de Esquerda, o "sinistro" Grupo Mello (à falta do Grupo Champalimaud), substituído por um "pérfido" Carlyle, com "ligações" à Al Qaeda e mancomunado com governantes deste país, seria vencedor num importante processo de privatização. Muitas "Primeiras páginas" depois - que o Bloco conseguiu como só o Bloco consegue… - e muitas honras lesadas, e bons nomes e considerações lesadas, o que é mais grave, afinal, a Carlyle nunca passou sequer da primeira fase do negócio. Mas do Dr. Francisco Louçã continuamos, ainda hoje, à espera do pedido de desculpas devido a quem, pelo caminho, pôs em causa no seu bom nome, na sua honra e na sua consideração.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Já do Partido Comunista tivemos o de sempre, mais do mesmo: em tudo, continua a ver ataques aos interesses dos trabalhadores, de quem, diga-se, há mais de 30 anos de democracia se vem arrogando, com muito pouca legitimidade, legítimo porta-voz. Do que já vai sendo tempo de o Partido Comunista perceber - do Dr. Carlos Carvalhas em particular - é que os trabalhadores deste país são muitos mais dos que aqueles que votam no PCP e são seguramente muitos mais do que aqueles que, motivados unicamente