O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

0369 | I Série - Número 008 | 01 de Outubro de 2004

 

espírito; era o nosso Presidente apontado amiudadamente, com referências de agradecimento; eram as solicitações dirigidas a todos nós, ao nosso trabalho e à nossa intervenção.
Por ter sido assim, para que fique bem com a minha consciência, e de outra forma não poderia ser, entregarei ao nosso ilustre Presidente a medalha comemorativa alusiva, que a Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes teve a amabilidade de me oferecer.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Em causa esteve, e estará, a problemática do desporto para cidadãos portadores de uma qualquer deficiência. Sem querer repetir-me, face às duas referidas intervenções, que fiz em tempos anteriores, permitam-me aflorar um ou outro aspecto, que reputo de muito importante, para que o nosso raciocínio possa mais facilmente fluir em conjunto.
Primeiro, a importância do desporto e da prática desportiva, enquanto tal, consagrados na nossa Constituição e em toda a legislação específica internacional, com toda a sua determinada influência nos mais diversos aspectos, de ordem física, social, cultural e económica.

A Sr.ª Isilda Pegado (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Em segundo lugar, o mais do que merecido lugar que importa atribuir a todos aqueles, carentes ou portadores de uma qualquer deficiência, para que, cada vez mais iguais a quaisquer outros, possam desenvolver a sua actividade desportiva a todos os níveis, desde o lazer à alta competição.
Em terceiro lugar, a capacidade interventora da Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes, e também de tudo e todos que a rodeiam. É importante não abandonarmos esta tão importante estrutura a qual, diga-se em abono da verdade, é mais o que tem dado, a nós e ao País, do que aquilo que tem recebido: eles estão a representar Portugal e será conveniente que não o esqueçamos.
Em quarto lugar, a necessidade de esta Câmara continuar a intervir em defesa e prol do desporto para deficientes no nosso País.
Em quinto lugar, ainda, a confrangedora realidade portuguesa com um número muito diminuto de clubes a encararem esta realidade, a contribuírem para que menos de 0,5 % - meio por cento, Sr.as e Srs. Deputados! - pratiquem desporto entre os nossos deficientes.
Mais: apesar desta situação, conseguimos grandes feitos, a nível nacional e internacional, como foi o caso de Atenas com medalhas de ouro, de prata e de bronze.
Em sexto lugar, o tão importante e desejado Comité Paralímpico, já consagrado em lei e que, prevejo, esteja para muito breve, após a constituição da sua comissão instaladora.
Em oitavo lugar, muito importante: os apoios, bolsas, prémios e outras ajudas e incentivos que, importa dizê-lo, ainda têm um bom caminho a percorrer; inclusive, como disse em tempos, "é da mais elementar justiça criar aqui um universo de igualdade de oportunidades"!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Para tanto, o próprio Governo decerto continuará na senda dos seus propósitos, nesta tão delicada matéria; na questão das bolsas já se evoluiu muito e as mesmas consagram, já e felizmente, a problemática dos muito necessários e louváveis guias de que muitos atletas carecem.
Também o carinho que nos merece o denominado projecto "Super Atleta", que em Atenas atingiu quase que a sua plenitude dos seus objectivos.
Por fim, a sempre imprescindível e pressuposta prioridade, que é o aumento da prática desportiva, entre nós, dos cidadãos portadores de deficiência, com especial atenção aos jovens, em particular num quadro de desporto escolar.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Importa, agora, depois de Atenas, voltar a apurar esta estatística, pois, tal como anteriormente, decerto que o exemplo destes tão briosos atletas de alta competição produziram os seus frutos, incentivando outros portadores de deficiência a praticarem o seu desporto.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Regressei de Atenas, como disse e sabeis, e sobre esta deslocação queria falar-vos um pouco, até para que lhe possamos retirar algumas conclusões.
Enquanto lá estava, muitas vezes me lembrei do nosso Presidente e de todos vós. Fazendo-o, dei comigo a pensar em duas coisas, que quero partilhar convosco: a primeira, referindo-vos que se, porventura, me pedissem para, em três palavras, descrever o que fui fazer a Atenas, vos responderia: aprender uma lição!
A segunda, recordando eu próprio uma frase que vos disse, a 6 de Fevereiro de 2003, e foi, tão-só: "estou certo, ser este um tema que abala as nossas consciências".