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0676 | I Série - Número 014 | 21 de Outubro de 2004

 

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Foi a possibilidade de, em parte e progressivamente, o povo da Madeira ir tomando em suas mãos o próprio destino que lhe abriu o caminho para alcançar patamares de desenvolvimento e de progresso inimagináveis. Construímos, no Atlântico, um Portugal de paz, de bem-estar e de progresso de que todos os Portugueses devem orgulhar-se.
É esta leitura da autonomia que explica as sucessivas vitórias eleitorais do Partido Social-Democrata na Madeira e que o manterá na senda de novas vitórias, não só para a Madeira mas também para Portugal.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos ao orador, tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Louçã.

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Correia de Jesus, referiu-se na sua intervenção às eleições nos Açores e na Madeira, que foram ganhas num caso pelo PSD, na Madeira e, noutro, pelo Partido Socialista. O Bloco de Esquerda, aliás, não elegeu qualquer Deputado na Região Autónoma dos Açores e regista uma derrota na Região Autónoma da Madeira, onde perdemos um Deputado.
No entanto, os seus comentários são de ordem política e é sobre essa matéria que quero coloca-lhe três questões.
A primeira é que se referiu abundantemente na sua intervenção ao "usufruto" da comunicação social por dirigentes políticos da oposição.

O Sr. Carlos Rodrigues (PSD): - Está enganado!

O Orador: - Suponho que terá sido por falta de tempo que não trouxe a este Parlamento o testemunho da mágoa e da indignação de Alberto João Jardim acerca da censura de que tem sido vítima…
Aliás, o Presidente do Governo Regional costuma dizer que os próprios Deputados do PSD quando chegam ao Continente ficam contaminados, e a verdade é que têm uma linguagem na Madeira e não a têm aqui, e por isso felicito-o.
Na Madeira, sobre comunicação social, João Jardim diz que é alvo de uma indignante censura, da qual, Sr. Deputado, gostava que nos falasse, para a combatermos em conjunto.
A segunda questão que quero colocar-lhe tem a ver com o facto de, na Madeira, haver um estilo de campanha muito particular. Alberto João Jardim, no sábado, dia de reflexão, fez duas inaugurações - o que é uma média modesta face às quatro a seis por dia que fez durante a campanha, pois inaugurou parques industriais, que não têm uma única empresa…, inaugurou placas toponímicas de ruas que estão por construir…
Só lhe pergunto, Sr. Deputado, se acha que Pedro Santana Lopes deve fazer a próxima campanha eleitoral com inaugurações deste estilo, a esta média e com este conteúdo.
Quero ainda colocar-lhe um problema mais de fundo, aliás solidarizando-me consigo de um determinado ponto de vista. Quero agradecer às bancadas da maioria o facto de terem constituído uma coligação entre o PSD e do PP nos Açores e lamentar que tal não tenha acontecido na Madeira. Aliás, na Madeira, Alberto João Jardim explicou que não fazia a coligação porque o PP é um partido "velho, fascista e reaccionário".
Suponho que o Sr. Deputado comunga deste ponto de vista e que, certamente, repetirá aqui as mesmas afirmações feitas por Alberto João Jardim!

Risos do BE.

É, pelos vistos, muito vantajoso para a oposição que o PSD se alie, nos Açores, a um "partido velho, fascista e reaccionário" como é o Partido Popular. Mas, por favor, Sr. Deputado, seja portador do meu agradecimento, ou do de todos aqueles que se opõem a este Governo, ao Ministro da Agricultura, Pescas e Florestas, à Ministra do Ensino Superior, ao Ministro da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, ao Ministro da Presidência e ao Primeiro-Ministro por terem participado na campanha dos Açores e, dessa forma, terem dado testemunho daquilo que é o Governo, com o resultado que se viu, finalmente, nas eleições.
Muito obrigado, Sr. Deputado, e transmita, por favor, os meus agradecimentos ao Governo por esta participação!

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Correia de Jesus.